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Previous issue date: 2010 === A Serra da Barriga ficou conhecida como local da mais longa luta de resistência contra a
escravidão nas Américas. No entanto, ao longo das pesquisas arqueológicas verificou-se
um desconhecimento, por parte da comunidade local, do valor dos bens arqueológicos da
localidade. Sua valorização mundialmente ocorreu por ser considerada lugar de negros, o
que provocou o apagamento das outras etnias que a habitaram. Considerada lugar de
negros, a Serra deixa de ser incorporada como parte importante do patrimônio local e
passa a ser vista como algo exterior, indiferente aos anseios e orgulho da comunidade.
A escolha pela temática da Arqueologia Pública se deu por perceber o distanciamento que
há entre a comunidade e as pesquisas arqueológicas, apesar dos esforços para atingir os
diversos segmentos sociais através de atividades e ações de educação patrimonial. Essa
constatação possibilitou a reflexão de que ações imediatistas não provocariam a
comunidade nem mudariam seu comportamento diante do patrimônio arqueológico.
Entendendo que a Arqueologia Pública não deveria ser vista apenas como uma forma de
divulgação de pesquisas, é apresentada uma proposta de implantação de um Programa de
Educação Patrimonial, que com base na pesquisa arqueológica e dados obtidos da
população local, busca apresentar a Serra da Barriga como um lugar multivocal, embora
ela seja reconhecida apenas por seu passado Palmarino
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