Cultura e clima organizacional no TRF-5. Região: na perspectiva dos servidores da Diretoria Geral
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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Motivação Cultura Clima organizacional Organização TRF- 5ªRegião Maria de Moura Braz Diniz, Rosilene Cultura e clima organizacional no TRF-5. Região: na perspectiva dos servidores da Diretoria Geral |
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Previous issue date: 2008 === Tribunal Regional Federal da 5ª Região === O cerne desta pesquisa é a investigação da cultura organizacional no TRF-5ª Região,
através do uso da ferramenta pesquisa de clima para compreender o clima
organizacional da Diretoria Geral com sede em Recife, Pernambuco.
O quadro teórico tomou como base as reflexões de autores como Maslow, Herzberg e
Bergamini, no manejo das teorias motivacionais. De modo análogo, foram utilizados
teóricos reconhecidos como: Sérgio Alves, Schein, e Fleury Fischer na formulação dos
conceitos de cultura organizacional e suas variáveis.
Após contextualizar o TRF-5ªR no âmbito abrangente do Poder Judiciário e no serviço
público nacional, volta-se um olhar retrospectivo aos primórdios da cultura burocrática
brasileira, onde detecta-se uma profunda influência patrimonialista em suas raízes,
dito de outra maneira, um amálgama cultural com repercussões até os dias atuais.
Por meio do estudo das teorias motivacionais, procurou-se entender um pouco mais
sobre o fenômeno da desmotivação funcional dentro do universo organizacional. De
fato, a Nova Administração Pública - NAP tem direcionado o foco para um outro
paradigma de funcionalismo, inclinado para a competência de suas atribuições, a
qualificação e a relação funcional harmoniosa entre seus pares.
A etnografia utilizada permitiu uma maior densidade na elaboração de perfis físicos e
culturais, concomitantemente à utilização de outras fontes de evidências como
entrevistas semi-estruturadas com servidores identificados, entrevistas espontâneas
anônimas e questionários com perguntas fechadas e abertas, além das fontes
documentais. Com este procedimento metodológico obtêm-se uma triangulação na
pesquisa ao tempo que se faz convergir vários olhares para a interpretação de artefatos
e mitos.
A análise dos questionários é o esteio para apontar possíveis disfunções à Diretoria
Geral. Ao tempo que se ambiciona contribuir para o debate acadêmico, espera-se,
também, subsidiar os gestores a ela subordinados, com um conhecimento mais
minucioso da cultura organizacional e do clima da instituição.
Tal procedimento representa um passo importante na implementação de novas políticas
institucionais, onde o novo e o velho se manifestam de forma heterogênea e as
inovações resultantes de um mundo globalizado convivem, simultaneamente, com a
arraigada cultura burocrática e paternalista nacional.
Mais do que um conjunto de regras, hábitos e artefatos - cultura significa a construção
de significados partilhados pelo coletivo de pessoas pertencentes a um mesmo
contexto social, agindo e interagindo numa inter-relação contínua com o ambiente
circundante. Do que foi registrado, os principais resultados apontam que a dificuldade
de comunicação, a ausência de uma política de gestão de pessoas institucionalizada e
a carência de reconhecimento por trabalhos realizados, alimentam uma cultura
centralizadora, autoritária, verticalizada e extremamente burocratizada, o que provoca
um clima de desconfiança, desconforto e desmotivação |
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