Toré e identidade etnica: os pipipã de kambixuru : ( índios da Serra Negra)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:04:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4655_1.pdf: 9343471 bytes, checksum: 03dd2721caa6e7e72bfe1c58d8edad64 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2003 === Esta dissertação é sobre a Danç...
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufpe.br-123456789-7122019-01-21T19:01:28Z Toré e identidade etnica: os pipipã de kambixuru : ( índios da Serra Negra) ARCANJO, Jozelito Alves ATHIAS, Renato Monteiro Toré grupos indigenas dança Made available in DSpace on 2014-06-12T15:04:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4655_1.pdf: 9343471 bytes, checksum: 03dd2721caa6e7e72bfe1c58d8edad64 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2003 Esta dissertação é sobre a Dança do Toré entre os Pipipã de Kambixuru, grupo indígena do Sertão da Serra Negra, Floresta PE, onde identificamos os sinais diacríticos que distinguem a identidade étnica dos Pipipã. Este estudo foi precedido de uma pesquisa de campo em que procuramos observar as performances dancísticas do Toré. Procuramos identificar e analisar as categorias que integram o sistema simbólico elaborado pelos Pipipã, para compreender como o Toré está integrado na estrutura social dos Pipipã, povo ressurgido , outrora vivendo juntamente com os Kambiwá e que hoje se autodenomina através de um etnônimo historicamente conhecido, porém de um povo oficialmente extinto. Procuramos mostrar, neste trabalho, como os Pipipã processam a construção de sua identidade e de sua organização social. Analisamos a dança como uma linguagem e um fenômeno específicos dos povos indígenas no Nordeste brasileiro, que comunica, tanto aos dançadores quanto aos espectadores, uma identidade étnica, uma vez que os dançadores passam a constituir um discurso de sua identidade, relacionado com o Toré. Os Pipipã, ao anunciar sua identidade, desencadeiam uma série de relações interétnicas marcada pelo conflito e pela barganha do reconhecimento tanto por seus parentes quanto pelo órgão indigenista oficial e a sociedade envolvente. Assim a Dança do Toré revela-se como uma performance de natureza ao mesmo tempo política, ritualística e lúdica. Apesar da imposição, essa dança encontra significação no contexto do processo de etnogênese. Ao ser instituída e se afirmar em situações históricas, sociais, culturais, políticas e ecológicas diferentes, sua análise revela códigos inconscientes que explicam ou ajudam a compreendê-la. A Dança do Toré revela-se, portanto, capital cultural, moeda corrente na relação de inclusão e exclusão entre os Pipipã. Trata-se de uma identidade política no processo de produção da indianidade Pipipã. A ressurgência étnica, nesse caso, torna-se uma variante dentro do movimento de etnogênese 2014-06-12T15:04:56Z 2014-06-12T15:04:56Z 2003 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis Alves Arcanjo, Jozelito; Monteiro Athias, Renato. Toré e identidade etnica: os pipipã de kambixuru : ( índios da Serra Negra). 2003. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/712 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |
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Previous issue date: 2003 === Esta dissertação é sobre a Dança do Toré entre os Pipipã de Kambixuru,
grupo indígena do Sertão da Serra Negra, Floresta PE, onde identificamos os
sinais diacríticos que distinguem a identidade étnica dos Pipipã. Este estudo foi
precedido de uma pesquisa de campo em que procuramos observar as
performances dancísticas do Toré. Procuramos identificar e analisar as categorias
que integram o sistema simbólico elaborado pelos Pipipã, para compreender como o
Toré está integrado na estrutura social dos Pipipã, povo ressurgido , outrora
vivendo juntamente com os Kambiwá e que hoje se autodenomina através de um
etnônimo historicamente conhecido, porém de um povo oficialmente extinto.
Procuramos mostrar, neste trabalho, como os Pipipã processam a construção de sua
identidade e de sua organização social. Analisamos a dança como uma linguagem
e um fenômeno específicos dos povos indígenas no Nordeste brasileiro, que
comunica, tanto aos dançadores quanto aos espectadores, uma identidade étnica,
uma vez que os dançadores passam a constituir um discurso de sua identidade,
relacionado com o Toré. Os Pipipã, ao anunciar sua identidade, desencadeiam uma
série de relações interétnicas marcada pelo conflito e pela barganha do
reconhecimento tanto por seus parentes quanto pelo órgão indigenista oficial e a
sociedade envolvente. Assim a Dança do Toré revela-se como uma performance de
natureza ao mesmo tempo política, ritualística e lúdica. Apesar da imposição, essa
dança encontra significação no contexto do processo de etnogênese. Ao ser
instituída e se afirmar em situações históricas, sociais, culturais, políticas e
ecológicas diferentes, sua análise revela códigos inconscientes que explicam ou
ajudam a compreendê-la. A Dança do Toré revela-se, portanto, capital cultural,
moeda corrente na relação de inclusão e exclusão entre os Pipipã. Trata-se de uma
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