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Previous issue date: 2009 === INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF FERNANDO FIGUEIRA === Esta tese, apresentada em dois artigos, teve por objetivo comparar dois tratamentos para
Vaginose Bacteriana, utilizando metronidazol e aroeira, em aplicação tópica vaginal e estudar o
perfil clínico, epidemiológico e bacteriológico das mulheres participantes, antes de serem
submetidas ao tratamento. O primeiro artigo consistiu de um ensaio clínico randomizado,
duplamente mascarado, que comparou a eficácia entre os dois tratamentos em mulheres com
vaginose bacteriana diagnosticada, concomitantemente, pelos critérios de Amsel e Nugent. Foi
utilizada a Análise por Intenção de Tratar. Do total de 277 participantes do ensaio clínico, 137
mulheres foram tratadas com gel de Aroeira e 140 tratadas com Metronidazol. Na avaliação de
cura pelos critérios de Amsel, 21,2% das pacientes que utilizaram aroeira e 62,1% que usaram
metronidazol obtiveram cura. Quando o Escore de Nugent foi utilizado foram curadas 13,9% das
mulheres do grupo da aroeira e 56,4% do grupo metronidazol. A cura total (com a utilização dos
dois critérios) foi observada em 12,4% do total de pacientes no grupo da aroeira e 56,4% das
mulheres que usaram metronidazol. O segundo artigo constou de uma série de casos onde foram
estudados os achados clínicos, epidemiológicos e microbiológicos das participantes do ensaio
clínico antes do tratamento, além da presença de lactobacilos nas citologias oncóticas e a
população bacteriana componente das microbiotas vaginais identificadas por culturas de secreção vaginal. Entre as queixas clínicas, as mais frequentes foram o corrimento genital, observado em
74,4% das participantes e o odor de peixe da secreção vaginal, que ocorreu em 68,6% dos casos.
As culturas de conteúdo vaginal permitiram a identificação de Gardnerella vaginalis em 96,8% e
de Mobiluncus em 53,1% dos casos. Apenas em uma terça parte dos exames (32,1%) havia a
presença de Lactobacillus. Como conclusões dos estudos, foram observados índices de cura
menores com a utilização de Aroeira do que com Metronidazol; os efeitos colaterais foram pouco
frequentes e sem maior gravidade em ambos os grupos e continuam necessários novos estudos
que melhor elucidem as inter-relações entre os achados microbiológicos e a expressão clínica da
doença
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