Poder Nacional e produção do espaço na Amazônia : o 5º pelotão especial de fronteira : vetor estatal e suas funcionalidades na Cabeça do Cachorro.
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:04:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3557_1.pdf: 2232085 bytes, checksum: 02b04386d884ea6d3dda3689a8043cc8 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 === A pesquisa destaca que, histori...
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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Brasil Forças Armadas Fronteira Amazônia Globalização |
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Brasil Forças Armadas Fronteira Amazônia Globalização AMADOR, Maria Betânia Moreira Poder Nacional e produção do espaço na Amazônia : o 5º pelotão especial de fronteira : vetor estatal e suas funcionalidades na Cabeça do Cachorro. |
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Previous issue date: 2008 === A pesquisa destaca que, historicamente, o Brasil não sabe aproveitar seu extenso território.
São mais de 183.000.000 de habitantes distribuídos por, aproximadamente, 8.500.000 km2. É
uma histórica distribuição desigual. Fruto da ação indutora (errada) do Estado, a população
encontra-se localizada na faixa litorânea. O interior do território e, mais precisamente, a
Amazônia tem ficado à margem dos sucessivos processos de integração. E a chave para
entender o início desse processo está lá no Renascimento e no sucessivo processo de expansão
comercial europeu, fato que culminou no descobrimento do Novo Mundo , quando uma
nova sociedade era formada no continente americano, mesclada por modos, valores e hábitos
ibéricos e nativos, inicialmente, e posteriormente, sendo adicionados também elementos da
cultura negra. Uma sociedade se fez no território que hoje é conhecido como Brasil. Um País
que ainda não pode ser caracterizado como uma Nação, em seu sentido mais amplo. Um
território que viu o Estado nascer antes da Nação. A pesquisa aponta que a falta de
planejamento pode ser um dos fatores que indicam um Estado sem Nação. A base territorial
que o País dispõe foi conquistada durante as poucas fases de planejamento. Na Amazônia,
espaço não-integrado, a questão ganha mais dramaticidade. Com o advento da globalização,
os espaços a ser inseridos na dita economia-mundo seguem uma cartilha pré-determinadas
pelos centros do poder mundial. No entanto, nesta região, um ator tem estado presente mais
que os demais: as Forças Armadas. No município de São Gabriel da Cachoeira/AM, também,
conhecido como Cabeça do Cachorro , o Exército Brasileiro, representado pela Brigada
Ararigbóia e Batalhão Forte São Gabriel, materializa uma das parcas presenças do Estado
nacional. Porém, ainda mais destacados da sede do município de São Gabriel da Cachoeira,
distante 850 km de Manaus, estão os Pelotões Especiais de Fronteira (PEF). Na comunidade
de Maturacá, sopé do Pico da Neblina, e distante 100 km da cidade está localizado o 5º PEF,
com uma população aproximada de 100 indivíduos. A proximidade da fronteira com a
Venezuela e Colômbia torna a escala continental um possível campo de futuras pesquisas. No
entorno do PEF, gravitam duas aldeias indígenas, com 900 indivíduos, aproximadamente. É
nessa problemática relacional, (indígenas, militares, globalização, Estado, dentre outros
atores) que a pesquisa analisa como o poder nacional tem agido para produzir seu espaço de
atuação, tendo no poder um elemento que impregna as diversas relações que acontecem.
Outro elemento presente nas análises é o atual processo de globalização, que se faz presente
por intermédios dos ditos vetores da pós-modernidade. Para a análise são utilizados alguns
dos conceitos básicos da Geografia, como espaço, território, região e lugar. A pesquisa lançamão de extenso levantamento bibliográfico, assim como de uma pesquisa de campo elaborada
por intermédio de entrevistas e questionários. Conclui que o Estado ainda detém o poder para
modificar o espaço sob seu domínio. Não obstante, no caso do Brasil, essa organização não
soube utilizar o planejamento para a total integração do território, antes, tal fato (o território)
tem sido encarado como um legado dos antecessores. O histórico da formação do Estadonação
traduz, igualmente, o descaso com que a sociedade, em geral, e a classe dirigente, em
particular, associam a Amazônia ao Brasil. As Forças Armadas ainda é a única instituição que
se faz presente na região, o que, de modo algum, resolve os diversos conflitos territoriais |
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