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Previous issue date: 2005 === O objetivo desta dissertação é discutir a concepção de natureza humana em
Hobbes - apoiada, principalmente, no Leviatã -, procurando demonstrar que
esta natureza é imutável para aquele pensador, não importando se este homem
esteja num estado de natureza ou num estado civil. A instância política não tem
alcance na esfera ontológica, a sua função não é reformar a natureza deste
homem mas, apenas procura controlar e coibir os excessos das tendências e
egoísmos particulares. Para isso, parte-se de uma investigação sobre qual era o
significado ou o conceito de natureza humana para a Grécia antiga, depois para
a medievalidade, com o intuito de mostrar as diferenças e aproximações com a
concepção de Hobbes. É apresentado também, o conceito de contrato no mundo
grego antigo e na Idade Média, confrontando-as com a visão hobbesiana, que
também, é analisado nas obras Elementos e De Cive até sua forma definitiva no
Leviatã. Faz-se um breve desvio da linha de raciocínio da dissertação para
mostrar a repercussão e influência da teoria política de Hobbes até os dias
atuais, destacando alguns pensadores críticos como Locke, Montesquieu e
Rousseau, e alguns intérpretes da contemporaneidade. Por fim, discute-se a
problemática central desse trabalho, confrontando as posições de alguns
teóricos. Conclui-se assim, com a defesa de que a proposta da teoria política de
Hobbes é efetivar um Estado controlador e coibitivo das tendências humanas,
não um Estado reformador da natureza deste ser. Esta natureza é imutável para
o Leviatã. Como Hobbes desconfia deste homem, pois sabe do que é capaz, cria
esta instituição artificial legítima e com autoridade soberana, exatamente, para
conter as transgressões às leis da boa convivência social
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