Summary: | Made available in DSpace on 2014-06-12T18:00:43Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo2149_1.pdf: 2799721 bytes, checksum: 2be53a173ee1b2e937800895461b7c83 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2007 === A construção civil é reconhecida como atividade de forte influência na economia brasileira e
por utilizar vários recursos naturais de maneira perdulária. No Recife chama atenção por sua
intensidade e verticalização, afetando uma grande parte dos bairros. A Avenida Beira Rio, às
margens do rio Capibaribe, foi intensamente modificada, mesmo com o aprimoramento da
legislação urbana e ambiental. A região é nobre pela localização, vista definitiva e valorização
imobiliária e abrange os bairros Torre, Madalena e Ilha do Retiro. O mangue foi inibido,
desmatado e aterrado, em seu lugar há jardim, e a margem do rio virou cais com largas
calçadas. Já as torres em construção, também à beira-rio, no bairro de São José, no Cais de
Santa Rita, se enquadram numa situação de mais grave impacto urbanístico. São José é um
bairro antigo, tradicional de casario baixo e cercado de monumentos históricos. Nos últimos
dez anos, a indústria da construção civil em Pernambuco se tornou pródiga, pois com a busca
da praticidade e da maior necessidade de segurança, morar em edifícios se tornou comum nas
grandes cidades. Foram analisadas oito construtoras presentes na área da pesquisa quanto às
atividades mitigadoras de impactos ambientais, além de dez engenheiros e cinco arquitetos
responsáveis por seis edificações multifamiliares em execução, e de treze edificações
ocupadas. Isso ocorreu através de visitas às obras, entrevistas, pesquisa bibliográfica e entrega
de questionários a dez moradores em cada edifício ocupado. Nas edificações ocupadas, foi
investigado o uso de opções mais sustentáveis com economia de energia e de água, assim
como as noções ambientais e urbanas de quem escolheu morar na beira-rio. Segundo os
questionários, entrevistas em quatro imobiliárias mais representativas de Recife e o presidente
da Ademi-PE, os consumidores pernambucanos ainda não se influenciam pelos aspectos
ambientais no momento da compra do imóvel, apesar de perceberem a poluição do rio e
diminuição de áreas verdes. Foram também entrevistados e pesquisados os representantes do
Poder Público de órgãos municipais e estaduais, tanto ambientais quanto urbanos. Nas
construtoras pesquisadas, foi verificado o respeito às leis trabalhistas e de segurança do
trabalhador. Há coleta e envio dos resíduos sólidos de classe A sem reaproveitamento para
terreno legalmente habilitado pelo município, e nas obras já iniciaram a coleta seletiva dos
resíduos de classe B, mas ainda é muito insípida a utilização de opções tecnológicas e de
iniciativas de construção sustentável entre as maiores construtoras no mercado de
Pernambuco
|