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Previous issue date: 2006 === A forma de disposição final utilizada para os resíduos sólidos urbanos
domiciliares no Brasil e no mundo têm sido os aterros sanitários, que podem ser
aplicados tanto para pequenas como para grandes comunidades. Neste método é
importante destacar o tratamento dos líquidos que são gerados no interior da massa de
lixo, denominado de chorume, que ao se juntar com a água de chuva forma o percolado,
o qual possui características próprias que devem ser diagnosticadas.
Este trabalho tem como objetivo a caracterização e o estudo comparativo entre a
qualidade do percolado gerado no Aterro Sanitário Metropolitano de João Pessoa e no
Aterro da Muribeca - Recife. O Aterro Metropolitano está localizado na zona sul da
cidade de João Pessoa e é considerado um aterro novo , com inicio de operação em
2003, possuindo uma área de 100 ha, enquanto o Aterro da Muribeca, com uma área de
60 ha, localiza-se na Região Metropolitana do Recife sendo considerado um aterro
velho , com 20 anos de operação, mais que ainda recebe diariamente lixo novo. O
período adotado para o desenvolvimento da pesquisa foi janeiro de 2004 a julho de
2005. Foram analisados os parâmetros físico-químicos pH, condutividade elétrica,
alcalinidade total, cloreto, fósforo, DBO5, DQO, sólidos totais, sólidos totais voláteis e
sólidos totais dissolvidos; metais pesados ferro, cobre, zinco, cádmio, cobalto,
manganês, níquel, chumbo e cromo; e microbiológicos coliformes totais e coliformes
termotolerantes.
Os resultados mostraram que os dois aterros em estudo não apresentaram
diferenças significativas, apesar de possuírem idades bem diferenciadas, como por
exemplo, o pH para ambos os aterros variaram de 7,5 a 8,5, assim como para os metais
pesados, apenas o ferro apresentou valores relevantes, enquanto os parâmetros
microbiológicos, em grande parte do tempo estudado, apresentaram uma variação de
106 a 108. Em termos de DBO5 e DQO o percolado do Aterro da Muribeca variou de
138 a 6.746 mgO2/L e 1.718 a 10.097 mgO2/L respectivamente, e no caso do percolado
do Aterro Metropolitano houve uma variação para a DBO de 178 a 13.157 mgO2/L e
para a DQO de 2.604 a 21.166 mgO2/L. Os parâmetros analisados, também foram
relacionados com a precipitação e com a idade dos aterros, enquanto a composição
gravimétrica de cada aterro foi considerada em relação aos parâmetros de maior
influência na caracterização do percolado
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