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Previous issue date: 2011 === Existe no mundo uma crescente competição, entre os diversos setores da sociedade, pelo uso da água onde a agricultura se apresenta como uma grande
consumidora dos recursos hídricos disponíveis. Nesse contexto, é essencial a
racionalização do uso desses recursos, de modo a favorecer a demanda de outros
setores, principalmente o abastecimento público. Desde que realizada de forma
controlada, a irrigação com efluentes de estação de tratamento de esgoto - ETE é
uma prática muito atrativa, pois possibilita uma maior oferta de água para fins mais
nobres, além de fornecer água e nutrientes essenciais aos cultivos agrícolas.
Esse trabalho teve como objetivo geral fazer uma avaliação da produção de esgoto
dos 122 municípios inseridos no semiárido pernambucano, como forma de viabilizar
o planejamento estratégico na gestão dos recursos hídricos do Estado, com vistas
ao reúso agrícola. Foram avaliados, principalmente, os municípios atendidos por
serviços de esgotamento sanitário, destacando aqueles que contemplam o
tratamento de esgoto, além das demais cidades não atendidas por esses serviços,
em cenários populacionais e considerando os municípios de Petrolina, Pesqueira e
Salgueiro como estudos de caso. A avaliação e proposição de formas de reúso
agrícola, adaptadas às condições locais, foram subsidiadas através de dados
secundários de consumo per capita de água e monitoramento de qualidade dos
efluentes das ETEs existentes. Também foi observada, por meio de pesquisa de
campo, o conhecimento de uma comunidade rural, quanto à prática do reúso
agrícola; e a avaliação dos principais custos envolvidos na implantação de
esgotamento sanitário, tratamento de esgoto e projeto de reúso agrícola. Os
resultados mostraram que apenas 13 municípios apresentavam esgotamento
sanitário, dos quais nove desses possuíam, além do sistema de coleta, o sistema de
tratamento de parte dos esgotos produzidos. O custo para a instalação de um
projeto de reúso agrícola foi de aproximadamente R$ 130,00 por habitante, que
representou em torno de 17,5% do total investido em todo projeto de saneamento e
reúso. O potencial de reúso agrícola do semiárido pernambucano poderá ser de
6.767 hectares irrigados com água residuárias, principalmente nos municípios do
agreste pernambucano, possibilitando o aumento na produção de culturas como
milho, feijão e algodão. A percepção da população rural avaliada mostrou uma
aceitação para o cultivo e consumo de produtos através de reúso agrícola,
sobretudo, com informações seguras da qualidade apropriada dos efluentes
utilizados
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