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Previous issue date: 2006 === Esse trabalho teve por objetivo desenvolver metodologia analítica aplicada nos
estudos de pré-formulação do comprimido (Metformina-Glibenclamida). Os estudos
termoanaliticos foram realizados para caracterização térmica, compatibilidade
fármaco-excipientes, fármaco-fármaco e determinação da estabilidade dos pré-
formulados. A segunda etapa do projeto teve como propósito o desenvolvimento e
validação de uma nova metodologia analítica de quantificação utilizando a
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), para ambos os fármacos
estudados. As amostras analisadas foram: Comprimidos de Glucovance®,
metformina, glibenclamida, lactose, PVP K30, estearato de magnésio, amido,
celulose microcristalina (Microcel®), glicolato de amido sódico (Explosol®) e
croscamelose sódica (Explosel®). As curvas DTA da metformina, glibenclamida,
excipientes e misturas binárias foram obtidas, utilizando um analisador térmico
diferencial de marca Shimadzu, modelo DTA-50, numa atmosfera de nitrogênio de
50mL.min-1, sendo a massa das amostras analisadas em torno de 8,0mg,
acondicionadas em um cadinho de alumina nas razões de aquecimento de 10ºC/min
até 900ºC. As curvas DSC da metformina, glibenclamida e misturas binárias foram
obtidas utilizando um calorímetro Shimadzu, modelo DSC-50, utilizando uma
atmosfera de nitrogênio, fluxo de 50mL.min-1, com razão de aquecimento de
5oC.min-1, até a temperatura de 500oC e massa em torno de 2,0mg acondicionadas
em um cadinho de alumínio. As imagens dos processos calorimétricos foram obtidas
através do sistema fotovisual, modelo VCC-520, conectado a um microscópio da
marca Olympus e a uma câmara fotográfica da marca Sanyo acoplada ao
calorímetro, nas mesmas condições de análises do DSC convencional. As curvas
TG das misturas binárias, metformina e glibenclamida foram obtidas utilizando uma
termobalança Shimadzu, modelo TGA 50H, sob fluxo de ar sintético de 20mL.min-1,
usando uma atmosfera de nitrogênio de 50mL/min., com razão de aquecimento de
10oC.min-1, até 900oC. As amostras foram acondicionadas em cadinho de alumina
com uma massa em torno de 5,5 ( 0,5) mg. Os dados de DTA, DSC e DSCFotovisual
mostraram que os excipientes estudados não evidenciaram mudanças no
comportamento térmico das misturas binárias metformina-excipiente e
glibenclamida-excipiente, com exceção das misturas binárias de metformina com
amido e lactose. Este fato foi confirmado através dos dados de diagrama de fase,
que evidenciaram grau de interação nas diferentes proporções estudadas. Os
estudos termogravimétricos (TG) das misturas binárias metformina-excipiente e
Glibenclamida-excipiente mostraram diferentes comportamentos térmicos em
relação ao número de etapas e perdas de massas. Os estudos calorimétricos dos
pré-formulados A, B e C mostraram que o pré-formulado A apresentou uma melhor
estabilidade em relação aos demais, apresentando pureza de 98,67%. O método
analítico por CLAE desenvolvido mostrou-se adequado para a quantificação de
ambos os fármacos estudados, baseando-se nos parâmetros de validação da
resolução da ANVISA (899/2003). A implementação da análise térmica e a aplicação
de novos métodos analíticos têm sido consideradas importantes ferramentas nas
diferentes áreas da indústria farmacêutica, fornecendo informações que determinam
os parâmetros de qualidade tecnológicos do medicamento, visando o
desenvolvimento de novas formulações
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