Cordel informativo : tecendo a trama entre cultura popular e cultura midiática

Made available in DSpace on 2014-06-12T16:31:47Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4767_1.pdf: 1438283 bytes, checksum: 2ed21bce9038d4f902f492660f0fb345 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 === A afirmação de que o cordel, visto...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Paulino da Silva, Thiago
Other Authors: Freire Prysthon, Ângela
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2014
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3532
Description
Summary:Made available in DSpace on 2014-06-12T16:31:47Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4767_1.pdf: 1438283 bytes, checksum: 2ed21bce9038d4f902f492660f0fb345 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 === A afirmação de que o cordel, visto como voz do povo , é um mediador entre cultura popular e cultura hegemônica não é nova. Esta dissertação, no entanto, investiga os fios desta mediação. Para tal recupera, inicialmente, a construção do complexo e contraditório conceito de cultura popular, examina as estratégias do cordel em luta por sua sobrevivência, enfoca a linguagem enquanto mediação homem/mundo e a mídia como fonte de informação. Usando a cultura midiática como recorte da cultura hegemônica, a investigação se delimita a cordéis informativos que tratam do 11 de setembro e fatos correlatos. A influência da cultura midiática nos folhetos aparece, não só como fonte noticiosa, mas também destaque dado aos líderes políticos, à espetacularização e enfoque sensacionalista das tragédias. Mais do que reproduzir o já noticiado, o cordel apresenta a sua versão rimada dos fatos através de uma linguagem que transita entre o padrão e variedades sociais/regionais de linguagem próprias das classes populares. Na disputa por legitimidade, o cordel reafirma, através destes usos da linguagem, sua identificação com as classes populares diante da desqualificação imposta pela cultura hegemônica. Mais subjetiva do que objetiva, a linguagem assume, por vezes, um tom satírico, mordaz, irreverente, presente também na paródia, na carnavalização dos fatos. Há, reiteradamente, uma ressignificação da tradição reinventando, em temáticas novas, formas coletivas consagradas pelo uso