Uma análise do discurso dos jornais carnavalescos de Pernambuco: a movimentação dos enunciados em torno do acontecimento discursivo

Made available in DSpace on 2014-06-12T16:28:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1919_1.pdf: 1292825 bytes, checksum: 2069f0c2cc464abf316f7f93a77e8971 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 === Coordenação de Aperfeiçoamento de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rampazo Diniz, Talita
Other Authors: Teixeira Vieira de Melo, Cristina
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2014
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3162
Description
Summary:Made available in DSpace on 2014-06-12T16:28:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1919_1.pdf: 1292825 bytes, checksum: 2069f0c2cc464abf316f7f93a77e8971 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Pouco conhecida, o Brasil possuiu uma imprensa estreitamente ligada ao carnaval. Em Pernambuco, a manifestação foi conservada no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje) com edições entre 1877 a 1987. Neste trabalho, é feita uma Análise do Discurso dos 236 exemplares lançados no Estado neste período de 110 anos. Como aparato analítico, foram utilizadas categorias relacionadas pelo teórico Michel Foucault para a compreensão do campo do discurso. Por se constituir em um momento especial, o carnaval pertenceria a uma ordem discursiva diferente da observada no cotidiano. Assim, os conceitos segregação da loucura, palavra proibida e vontade de verdade, três possibilidades do discurso da zona de exclusão, orientaram o desenvolvimento dos capítulos como forma de questionar o espaço ocupado pelos dizeres da folia. Ao contrário de confirmar a utilização do discurso interdito, a análise demonstrou uma movimentação nos enunciados dos jornais carnavalescos. Ao longo dos anos, a imposição de um poder retirava o caráter crítico das publicações, colocando-as como uma oportunidade comercial. Devido a essas diferenças, os periódicos foram agrupados em duas formações discursivas sucessivas. A alternância da primeira formação discursiva para a segunda decorreu de um acontecimento discursivo, que inverteu as positividades. Nesse processo, os jornais carnavalescos passaram a possuir enunciados formados por uma verdade que não questionava a ordem discursiva do cotidiano, como ocorria na primeira positividade