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Previous issue date: 2004 === Em geral, a reprodução dos piprídeos é bem conhecida. Todavia, e apesar de estar
ameaçada de extinção, pouco se sabe a respeito da Antilophia bokermanni. O objetivo desta
pesquisa foi determinar seu período reprodutivo, levantando os principais comportamentos
associados. O estudo desenvolveu-se na Chapada do Araripe (7°18'44''S/39°23'49''W e
7°15'42''S/39°28'14''W), com dois dias de coleta mensal de dados entre junho de 2002 e
maio de 2003, totalizando 288 horas de contagem das vocalizações entre a aurora e o
crepúsculo. Utilizou-se a freqüência mensal de emissões de canto como indicador da
atividade reprodutiva. Observações ad libitum dos comportamentos associados como uso
diferenciado de estratos florestais por machos, fêmeas e jovens, comportamentos
agressivos, estratégias de alimentação e nidificação, foram anotados e analisados
posteriormente. Correlações foram evidenciadas através da Correlação de Postos de
Spearman (P ≤ 0.05, bilateral). Contabilizaram-se 8.858 cantos organizados de acordo com
os doze meses do ano, havendo correlação negativa com a precipitação local média e do
período de estudo. O maior pico de atividade vocal ocorreu entre setembro e outubro, e os
menores entre março e maio. O uso preferencial de horário teve os dois maiores picos entre
12:00h e 13:00h e entre 14:00h e 16:00h. Machos adultos ocuparam extratos florestais
inferiores em menor freqüência que as fêmeas e jovens, que por sua vez, ocuparam os
extratos superiores menos que os machos adultos. Análises das fezes apontaram uso
principal de frutos na dieta com presença de insetos. Foi encontrado um ninho atribuído à
espécie e descrito um tipo de vôo supostamente exibitório. Sugere-se o período reprodutivo
de Antilophia bokermanni de agosto a março, a incubação dos ovos de setembro a
dezembro, comparando-se os resultados com os conhecidos para a outra espécie do gênero,
Antilophia galeata
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