Frequencia de casais sorodiscordantes para o HIV e de parceiros candidatos a quimioprofilaxia pré-exposição em Campina Grande, PB

Submitted by Pedro Barros (pedro.silvabarros@ufpe.br) on 2018-08-31T19:36:02Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO Maíra Gomes Monteiro.pdf: 3197271 bytes, checksum: 63baab0a59587c8b1a876d1ce922a5a4 (MD5) === Approved for entry int...

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Bibliographic Details
Main Author: MONTEIRO, Maíra Gomes
Other Authors: http://lattes.cnpq.br/7596693172107120
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
HIV
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26629
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AIDS
Soropositividade para HIV
Soronegatividade para HIV
Controle de doenças transmissíveis
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MONTEIRO, Maíra Gomes
Frequencia de casais sorodiscordantes para o HIV e de parceiros candidatos a quimioprofilaxia pré-exposição em Campina Grande, PB
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No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO Maíra Gomes Monteiro.pdf: 3197271 bytes, checksum: 63baab0a59587c8b1a876d1ce922a5a4 (MD5) Previous issue date: 2017-08-02 === Introdução: A sorodiscordância para HIV entre casais estáveis pode contribuir com até 30,4% do total de novas infecções pelo vírus na população geral, a exemplo da região subsaariana. Adotar medidas comportamentais e biomédicas, como quimioprofilaxia, reduz a transmissibilidade do HIV entre esses casais. Entretanto, a profilaxia com antirretroviral para o parceiro soronegativo ainda não está estabelecida no Brasil. O presente estudo se propôs, portanto, a avaliar a frequência de casais sorodiscordantes atendidos em Campina Grande que se beneficiariam da quimioprofilaxia pré-exposição. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal e descritivo entre fevereiro de 2016 e março de 2017. Indivíduos HIV positivos em relacionamento sorodiscordante estável (“Índex”) foram avaliados por questionários estruturados e testados para sífilis e hepatites B e C. Também foram solicitados a convidar seus companheiros soronegativos. Estes, denominados “Parceiros”, passaram por entrevista, aconselhamento e testagem para HIV, sífilis e hepatites B e C. Para estes soronegativos foi realizada classificação de risco para aquisição de HIV por meio do escore de Kahle et al. Os dados foram analisados a partir do SPSS 23.0. Resultados: 632 pessoas que vivem com HIV/aids atendidos em Campina Grande foram consultadas. Verificou-se uma frequência de 90 (14,25%) casais sorodiscordantes para o HIV. Deles, somente 17 (18,88%) autorizou incluir seu parceiro soronegativo, dentre os quais 53% apresentavam alto risco para aquisição de HIV e, portanto, candidatos a quimioprofilaxia pré-exposição. As parcerias foram predominantemente heterossexuais (62%), monogâmicas (68,9%) e o “Índex” do sexo masculino em 68.9%. Apenas 17,8% eram casados, mas 41% estava em relacionamento estável há mais de 3 anos ou moravam juntos em 38,9% dos casos. Os participantes tinham idade média de 39.21anos (±10.92). A maioria tinha cor parda, ensino fundamental e não-empregados. Identificou-se baixa frequência de consumo de drogas ilícitas ao contrário do alto consumo de álcool. O tempo de diagnóstico do HIV no caso “Índex” foi em média de 6,4 anos. Pelo menos 20% deles não revelou diagnóstico de HIV para seu “Parceiro”. 87,8% estava em TARV sendo há mais de 6 meses em 91,2% e com viremia suprimida em 77,2% dos casos. A mediana de contagem de linfócitos T CD4+ foi 701,5 células/mm3. A coinfecção com sífilis foi verificada em 34,4% e hepatites em 3.3% dos “Índex”. Entre os soronegativos foram identificados 3 novos casos de HIV. Verificou-se, ainda, alto grau de conhecimento entre os participantes sobre medidas para redução da transmissão do vírus. Conclusão: Este estudo permitiu a determinação da frequência de casais sorodiscordantes em Campina Grande, bem como a identificação de parceiros em alto risco de aquisição do HIV, para os quais a quimioprofilaxia pré-exposição seria indicada. O estudo corrobora atuais estratégias na prevenção à transmissão e aquisição do HIV, que poderá resultar em menor incidência desta infecção. === Introduction: Among couples who share a stable relationship, serodiscordance can contribute with 30.4% overall new annual HIV cases in general population, as described on sub-Saharan region. Identifying serodiscordance helps to adopt behavioural and biomedical interventions for preventing HIV transmission. Although efficient, the oral pre-exposure prophylaxis is not widely distributed at Brazil. This study aimed to evaluate the frequency of serodiscordant couples and candidates to pre-exposure chemoprophylaxis on specialized services at Campina Grande, PB. Methods: A descriptive study was designed for people who live with HIV in Campina Grande, from February 2016 to march 2017. The HIV infected partner was named “Index” and were evaluated by structured questionnaires, received counselling session and rapid tests for syphilis, hepatitis B and C, their retrospective medical data were examined and finally they were asked to invite their(s) seronegative partner(s). Then, those seronegative included were named “Partner” and also evaluated by questionnaires, counselling session and were tested for HIV, hepatitis B and C and syphilis. SPSS 23.0 was used for analysis. Results: we examined 632 people living with HIV/aids at Campina Grande and obtained a frequency of 90 (14.24%) for HIV serodiscordant couples. From all “Index”, only 17 (18.88%) allowed us to include their seronegative spouse. Among these we identified a frequency of 53% under high-risk of HIV acquisition for whom the pre-exposure chemoprophylaxis should be performed. The median age was 39.21 (SD10.92) for all participants. The majority of the couples were heterosexual (62%), monogamist (68.9%) and male was the HIV-infected partner (68.9%). However, just 38.9% were cohabiting, 17.8% were married and in relationship for more than 3 years (41%). A great number of participants had mixed skin colour, primary schooling, unemployment or under social benefits. We could identify low illicit drugs consume grade in contrast to a high alcohol beverages intake level. “Index” had been diagnosed as HIV positive for an average of 6.4 years, however, at least 20% of them had never disclosure their HIV positive status for “Partner”. Less than 90% (87.8%) of then are in antiretroviral treatment (ART), in which non-nucleoside reverse transcriptase inhibitors were slightly predominant (57%). The median of CD4+ lymphocytes count was 701.5cels/mm3, but, only 70% of them had supressed viral load, besides taking ART for more than six months for 91.2% of participants. Syphilis coinfection was diagnosed in 34.4% and hepatitis in 3.3% of “Index”. HIV test never had been performed for 17.6% of “Partners”, of whom we could verify three new HIV cases. Indeed, two of them were classified as high-risk for HIV acquisition. We also could find out that participants had a good knowledge level about behavioural procedures for reducing virus transmission. Conclusion: Determining the frequency of HIV serodiscordant couples at Campina Grande and identifying highest risk partner should be an important strategy to reinforce additional care, as oral chemoprophylaxis, for couples who live with HIV/aids and might also contribute for reducing HIV transmission.
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