Avaliação das atividades moluscicida, cercaricida e artemicida de Myracrodruon unrundeuva Allemão e Schinus terebinthifolius Raddi e suas frações acetato de etila
Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-08-16T22:02:03Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO José Luís Ferreira Sá.pdf: 1838209 bytes, checksum: 214e45a37adc68e30ab74a39e398cc2c (MD5) === Approved f...
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Química vegetal Esquistossomose Biomphalaria glabrata SÁ, José Luís Ferreira Avaliação das atividades moluscicida, cercaricida e artemicida de Myracrodruon unrundeuva Allemão e Schinus terebinthifolius Raddi e suas frações acetato de etila |
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Previous issue date: 2016-02-23 === CNPq === A esquistossomose é uma doença endêmica que afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Uma das principais estratégias de combate à doença é por meio do combate aos moluscos B. glabrata, hospedeiro intermediário, desta enfermidade. Este controle é realizado utilizando o moluscicida sintético, a niclosamida, substância autorizada pela OMS. No entanto, este produto tem apresentado elevado custo e baixa seletividade, provocando danos ao ecossistema aquático. Portanto, a necessidade de moluscicidas eficientes e ecologicamente aceitáveis acompanhou a tendência das pesquisas com plantas, visando extrair substâncias ativas para o desenvolvimento de produtos com capacidade de atuar como moluscicidas. Extratos naturais com atividade moluscicida têm que apresentar baixo índice de toxicidade para o ambiente, pelo fato de serem naturais e, por isso, serem biodegradáveis. M. urundeuva e S. terebinthifolius são plantas da família Anacardiaceae, conhecidas popularmente como aroeira-do-sertão e aroeira-da-praia, sendo amplamente encontradas na Caatinga. Esse trabalho tem como objetivo avaliar a atividade moluscicida do extrato bruto e fração acetato de etila das folhas de M. urundeuva e casca de S. terebinthefolius. Os extratos foram obtidos a partir extração a frio. A prospecção fitoquímica foi realizada por meio de cromatografia em camada delgada e CLAE. Em seguida foram realizados os ensaios moluscicidas com embriões e moluscos adultos de B. glabrata, expostos por 24 horas a diferentes concentrações do extrato bruto e fração acetato de etila de ambas as espécies. Também foi feito ensaio ecotoxicológico com Artemia salina e atividade cercaricida. Como resultados das análises fitoquímica foram encontrados esteroides, saponinas, flavonoides, taninos, açucares, terpenoides, fenóis, catequinas, ácido elágico e gálico. O extrato bruto (EB) e fração acetato de etila (F. AE) da folha de M. urundeuva foram tóxicos para os moluscos adultos de B. glabrata, onde as concentrações 100, 150 e 200 μg/mL do EB apresentaram 80; 93,3 e 100% de mortalidade para os moluscos adultos. A concentração 100 μg/mL da FAE apresentou 93,3% de mortalidade para os moluscos adultos. O EB da casca de S. terebinthefolius foi letal para os moluscos adultos de B. glabrata, causando 100% de mortalidade para os moluscos adultos, nas concentrações de 100, 150 e 200 μg/mL, respectivamente. A FAE também foi tóxico para os moluscos adultos de B. glabrata, nas concentrações de 50, 75 e 100 μg/mL apresentando 100% de mortalidade para os moluscos adultos. E a concentração de 25 μg/mL apresentou 60% de mortalidade. O EB e FAE de ambas as espécies, não foram tóxicos para embriões do molusco de B. glabrata. O EB da folha e casca de ambas as espécies causaram 76,6 e 32,6% de mortalidade para as cercárias de S. mansoni na concentração de 200 μg/mL, respectivamente. O EB e FAE de ambas as espécies, não foram letais para A. salina. Portanto, pode-se concluir que o EB e FAE da folha M. urundeuva e casca de S. terebinthefolius mostraram-se viáveis como moluscicidas de origem vegetal nas concentrações de 150 (EB folha), 100 μg/mL (FAE folha) e 100 (EB casca), 50 μg/mL (FAE casca). === Schistosomiasis is an endemic disease that affects more than 200 million people worldwide. One of the main strategies to combat the disease is through combating molluscs B. glabrata, intermediate host of this disease. This control is performed using the synthetic molluscicide the niclosamida, substance authorized by the WHO. However, this product has presented high cost and low selectivity, causing damage to the aquatic ecosystem. Therefore, the need for efficient and ecologically acceptable molluscicides followed the trend of research with plants, aiming to extract active substances for the development of products with capacity to acting as molluscicides. Natural extracts with molluscicidal activity must present low index of toxicity to the environment, by the fact being natural and therefore are biodegradable. M. urundeuva and S. terebinthifolius are plants of the Anacardiaceae family, popularly known as aroeira-do-sertão and aroeira-da-praia, being widely found in the Caatinga Bioma. This work has as objective to evaluate the molluscicidal activity from the crude extract and ethyl acetate fraction of the leaves and bark of M. urundeuva and S. terebinthifolius. The extracts were obtained by cold extraction. The phytochemical screening was performed by thin-layer chromatography (TLC) and HPLC. Then were performed molluscicides trials with embryos and adult molluscs B. glabrata exposed for 24 hours to several concentrations of crude extract and fractions enriched for both species. It was also made ecotoxicological test with Artemia salina and cercaricide activity. As results of phytochemical analyzes were found steroids saponins flavonoids tannins sugars terpenoids phenols catechins ellagic and gallic acid. The crude extract (CE) and ethyl acetate fraction (EAF) of the leaves M. urundeuva were toxic to adults mollusc Biomphalaria glabrata, where the concentrations 100, 150 and 200 μg/mL of the CE presented 80; 93.3 and 100% mortality for adult molluscs. The 100 μg/mL concentration of the EAF presented 93.3% mortality for adult molluscs. The CE of the bark S. terebinthifolius was lethal for adult mollusc Biomphalaria glabrata, causing 100% mortality for adult molluscs at the concentrations of 100, 150 and 200 μg/mL, respectively. And EAF was also toxic to adults mollusc Biomphalaria glabrata, concentrations of 50, 75 and 100 μg/mL presenting 100% mortality for adult molluscs. And the concentration of 25 μg/mL presented 60% mortality. The CE and EAF of both species Aroeira were not toxic to mollusc embryos of B. glabrata. The CE of the leaf and bark of both species caused 76.6 and 32.6% mortality for the cercariae Schistosoma mansoni in the concentration of 200 μg/mL respectively. The CE and EAF of both species were not lethal to A. salina. Therefore it can be concluded that the CE and EAF of M. urundeuva leaf and S. terebinthefolius bark shown to be viable as a molluscicide of plant origin at concentrations of 150 (CE leaf), 100 μg/mL (EAF leaf), and 100 (CE bark), 50 μg/mL (EAF bark). |
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