Summary: | Submitted by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2018-04-11T17:56:29Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO André Ricardo dos Santos Tabosa.pdf: 1519684 bytes, checksum: ff2d770f5348a81f4b50b17b7e73b6dc (MD5) === Made available in DSpace on 2018-04-11T17:56:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO André Ricardo dos Santos Tabosa.pdf: 1519684 bytes, checksum: ff2d770f5348a81f4b50b17b7e73b6dc (MD5)
Previous issue date: 2016-08-31 === Referencial: Nos últimos anos a disfunção erétil (DE) vem ganhando grande destaque por seu impacto na Qualidade de Vida (QV) e por sua relação próxima com a Doença Arterial Coronariana (DAC). Em virtude da disfunção erétil e da doença arterial coronariana compartilharem os mesmos fatores de risco que levam ao prejuízo na qualidade de vida, a presença da disfunção pode ter um impacto negativo adicional, seja nos componentes físico ou mental. Além disso, a DE parece ser um poderoso marcador de isquemia silenciosa ou aterosclerose e, portanto, é sugerida como um sinal atípico de DAC ou como um risco equivalente para a doença. Os objetivos deste estudo foram avaliar a disfunção erétil como indicador de comprometimento da qualidade de vida em portadores de doença arterial coronariana e avaliar o efeito da duração da disfunção no comprometimento coronariano. Métodos: Foram recrutados 304 pacientes de dezembro de 2014 a abril de 2016, encaminhados para cineangiocoronariografia em 03 hospitais do Estado de Pernambuco -Brasil. A DE foi avaliada pela forma abreviada do Índice Internacional de Função Erétil (IIEF-5), enquanto a qualidade de vida pelo questionário Short Form-36 (SF-36). Foi utilizada uma ficha clínica para coleta das variáveis clínicas e sociodemográficas. Quando houve distribuição normal, as variáveis foram apresentadas como média e desvio padrão e quando não, como mediana e valores máximo e mínimo.Foram realizadas análises estatísticas descritivas e comparativas.Para testar quais variáveis entrariam nos modelos finais de regressão múltipla foi considerado significante p ≤ 0,2. Para todas as outras análises realizadas o valor de p ≤ 0,05 foi considerado estatisticamente significante. Resultados: A prevalência da DAC angiográfica na população total foi de 74%. Na população total a prevalência de DE foi de 76,3% e naqueles com DAC foi de 77,3%. Análise comparativa de pacientes com DE e sem DE revelou: ensino superior 3,9% vs 18% (p<0,001), renda inferior a 3 salários-mínimos 79,7% vs 59,7%(p=0,004),Insuficiência Renal Crônica não-dialítica 9,5% vs 1,4%(p=0,045) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) 83,6% vs 72,2%(p=0,039).Após regressão multivariada no grupo com DAC, a disfunção erétil (p<0,001), indivíduos mais jovens (p=0,012), depressão (p=0,031), HAS (p=0,049) e uso de betabloqueador (p=0,019) influenciaram negativamente a QV, sendo a DE o fator que mais influenciou aquele aspecto. Houve piora significativa em todos os domínios de QV, com exceção do domínio aspectos sociais, conforme a progressão da DE. A piora nos componentes físico e mental foi significativamente maior nos pacientes com DAC do que no grupo sem DAC (p=0,022 e 0,021, respectivamente). Não foi constatada associação significativa entre o tempo maior de DE e a DAC (p=0,395), porém houve uma correlação significante entre os maiores tempos de DE e a presença de DAC severa (estenose ≥70%) (r=,276 p=0,033). Conclusões: A disfunção erétil teve impacto negativo da qualidade de vida dos pacientes. Houve uma associação entre a maior duração da disfunção erétil e o padrão obstrutivo coronariano, principalmente nos pacientes com maior comprometimento coronariano, onde foi constatada uma correlação moderada. === Reference: In recent years erectile dysfunction (ED) has gained great prominence for its impact on quality of life (QOL) and its close relationship with coronary artery disease (CAD). Because of ED and CAD share the same risk factors that lead to impairment in QoL, the presence of dysfunction may have an additional negative impact, either in physical or mental components. Furthermore, DE may be a powerful marker of silent ischemia or atherosclerosis and thus is suggested as an atypical signal DAC or as an equivalent risk for the disease. The objectives of this study were to evaluate the association between ED and commitment of QoL in patients with CAD and evaluate whether there is an association between duration of ED and coronary involvement. Methods: We recruited 304 patients referred for coronary angiography in 03 hospitals in the State of Pernambuco - Brazil. ED was evaluated by the abbreviated form of the International Index of Erectile Function (IIEF-5). QOL was assessed by the Short Form-36 (SF-36), a clinical record for collection of clinical and sociodemographic variables was used. When there was normal distribution, the variables were presented as mean and standard deviation, and when not, as median and maximum and minimum values. Analysis descriptive and comparative statistics were performed. To test which variables enter the final multiple regression models was considered significant p ≤ 0.2. For all other analyzes the value of p ≤ 0.05 was considered statistically significant. Results: The prevalence of angiographic CAD was 74%. In total population the prevalence of ED was 76.3% and those with CAD was 77.3%. Comparative analysis of patients with ED and without ED revealed: higher education 3.9% vs 18% (p <0.001), income below 3 minimum wages 79.7% vs 59.7% (p = 0.004), renal failure chronic nondialytic 9.5% vs 1.4% (p = 0.045) and systemic arterial hypertension (SAH) 83.6% vs 72.2% (p = 0.039). Multivariate regression in the CAD group, erectile dysfunction (p <0.001), younger subjects (p = 0.012), depression (p = 0.031), hypertension (p = 0.049) and beta-blockers (p = 0.019) adversely affected the QV, DE is the factor that most influenced that aspect. We had significant worsening in all domains of QOL, except for the social functioning domain, as the progression of ED. The deterioration in the physical and mental components was significantly higher in patients with CAD than in the group without CAD (p = 0.022 and 0.021, respectively). We found no significant association between longer ED and CAD (p = 0.395), but there was a significant correlation between the greatest times of ED and the presence of severe CAD (≥70% stenosis) (r =,276 p = 0.033). Conclusions: The erectile dysfunction had a negative impact of QOL of patients. We found an association between higher DE intervals and coronary obstructive pattern, especially those with severe injuries, where there was a moderate correlation.
|