Petrologia e geoquímica do Plúton Pilõezinhos, domínio central, Província Borborema.
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Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Geociências Plúton Pilõezinhos Província Borborema Magmatismo extensional LIMA, Jefferson Valdemiro de Petrologia e geoquímica do Plúton Pilõezinhos, domínio central, Província Borborema. |
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Previous issue date: 2016-07-25 === CAPES === O Plúton Pilõezinhos (PP) compreende uma intrusão alongada, de ~ 100 km2, no
Domínio Central (Subprovíncia Transversal) da Província Borborema e caracterizada por
sienogranito e monzogranito equigranular a porfirítico, contendo raros enclaves e xenólitos. O
PP intrude metassedimentos brasilianos e ortognaisses tonianos, num contexto estrutural
gerado pela movimentação sincrônica das zonas de cisalhamento Remígio-Pocinhos (ZCRP)
de direção E-W e cinemática destral, e Matinhas de direção NE-SW e cinemática sinistral. Os
granitos do PP apresentam química mineral caracterizada por fases máficas enriquecidas em
halogênios e em Fe, com biotitas ricas na molécula de siderofilita e anfibólios com
composição variando de hastingsita a Fe-tchermakita. São classificados quimicamente como
granitos aluminosos e ferro-potássicos com alto teor de álcalis totais. Apresentam alto
conteúdo de HFSE e ETR, com exceção do Eu, que apresenta uma anomalia negativa
característica de granitos tipo-A. O contexto estrutural, associado às feições mineralógicas e
químicas sugere que são granitos tipo-A2. Dados de U-Pb em zircões por LA-ICP-MS
indicam que esses granitos foram colocados, a 566 ± 3 Ma. As condições termobarométricas
de cristalização, definidas a partir dos dados de química mineral são: temperatura variando de
745 a 1003,7 °C e pressão de 4,28 a 5,95 Kbar, que corresponde a profundidades de 15 a 20
km, próximo ao limite crosta média/crosta superior. A mineralogia máfica rica em ferro e a
presença de ilmenita primária sugerem cristalização sob condições de baixa fO2 (abaixo do
tampão FMQ). As assinaturas químicas e isotópicas obtidas nesses granitos (εHf = -16,0 a 18,6
e εNd = -14,73 a –15,81) sugerem origem a partir de fusão parcial de material
infracrustal, entretanto os valores TDM determinados para o PP (1,9 a 2,03 Ga por Sm-Nd e
1,74 a 1,86 Ga por Lu-Hf ) são mais baixos que os observados no embasamento da região
estudada, sugerindo pequena contribuição de material juvenil. A partir de comparações
químicas e isotópicas com outros granitoides e rochas do embasamento, foi definido que o
material crustal envolvido na formação do PP corresponde aos gnaisses tonalíticos do
Complexo Serrinha Pedro Velho, enquanto que o componente juvenil se assemelha ao mesmo
material que participou da origem do Plúton Curral de Cima, intrusão tonalítica alojada a leste
na mesma zona de cisalhamento. O modelamento químico, associado a feições petrográficas
sugere cristalização fracionada como um processo atuante durante a evolução magmática
desses granitos. Em relação ao mecanismo de transporte, o magma granítico que gerou o PP
ascendeu desde a crosta inferior até um nível crustal mais superficial através das estruturas de
cisalhamento, por meio do mecanismo chamado fluxo penetrativo, onde o elevado conteúdo
de halogênio pode ter facilitado este processo. Esses granitos são semelhantes aos do
Complexo Solânea, intrudidos a norte da ZCRP, no Domínio Norte da Província Borborema,
sugerindo não haver fortes diferenças entre esses dois domínios, ou estes apresentam a mesma
assinatura isotópica, e evoluíram juntos durante o Ediacarano. Ambas as intrusões são
comparáveis aos granitoides transalcalinos Fe-K do leste da Nigéria, sugerindo que esse tipo
de magmatismo esteja relacionado a um evento extensivo associado a zonas de cisalhamento
transtensionais durante a consolidação do Supercontinente Gondwana, que se estende desde a
Borborema até o lado Africano de Gondwana na Nigéria oriental. === The Pluton Pilõezinhos (PP) comprises an elongate intrusion, ~ 100 km2, located in the
Central domain (transversal subprovince) of the Borborema Province and characterized by
equigranular to porphyritic, syenogranite and monzogranite containing rare enclaves and
xenoliths. The PP intrude in Brasiliano metasediments and Tonian orthogneisses, in a
structural context related to the synchronic movement of the E-W-striking dextral RemigioPocinhos
Shear Zone and the NE-SW-striking dextral Matinhas Shear Zone. These granites
have mineral chemistry characterized by mafic assemblage enriched in halogens and Fe, with
siderophillite-rich biotite and amphibole with composition ranging from hastingsite to Fetschermakite.
They are classified chemically as ferro-potassic, aluminous granites, with high
content of total alkalis. They have high content of HFSE and REE, except Eu, which display
an negative anomaly characteristic of granites type-A. The structural context associated the
mineralogical and chemical features suggest that are A2-type granites. U-Pb data on zircons
by LA-ICP-MS indicate that these granitic rocks were emplaced to 566 ± 3 Ma. The
crystallization conditions defined from the mineral chemical data are: temperature ranging
from 745 to 1003.7 °C and pressure from 4.28 to 5.95 kbar, corresponding to depths of 15 to
20 km, close to the intermediate crust/ upper crust limit. The Fe-rich mafic mineralogy and
the presence of primary ilmenite suggest crystallization under conditions of low fO2 (below
the FMQ buffer). The chemical and isotopic signatures evidenced in these granitic rocks (εHf
= -16.0 to -18.6 and the εNd = -14.73 to -15.81) suggest originating from partial melting of
infracrustal material, however TDM values determined for the PP (1.9 to 2.03 Ga from Sm-Nd
and 1.74 to 1.86 Ga from Lu-Hf) are lower than those observed in the basement of the study
area, suggesting small contribution of juvenile material. From chemical and isotopic
comparisons with other granitoids and basement rocks it was defined that the crustal material
involved in the formation of PP corresponds to tonalitic gneiss of Serrinha Pedro Velho
Complex, while the junenile component is similar to the same material which gave rise to
Curral de Cima Pluton, tonalitic intrusion housed to the east in the same shear zone. The
chemical modeling, combined with petrographic features suggests fractional crystallization as
an active process during the magmatic evolution these granitoids. In relation to the transport
mechanism, the granitic magma of PP ascended from the lower crustal to a shallower crustal
through the shear structures, by the mechanism called pervasive flow where the high halogen
content may have facilitated this process. These granites are similar to Solânea Complex,
intruded the northern the ZCRP in Central domain of the Borborema Province, suggesting no
strong differences between these two subprovinces, or these two have the same isotopic
signature, and evolved together during the Ediacaran. Both intrusions are comparable to
transalkaline, Fe-K granitoids of the eastern Nigeria, suggesting that this type of magmatism
is associated with an extensive event related with transtensional shear zones in the
consolidation of Gondwana Supercontinent, which extends from the Borborema to the
African side of Gondwana in eastern Nigeria. |
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São classificados quimicamente como granitos aluminosos e ferro-potássicos com alto teor de álcalis totais. Apresentam alto conteúdo de HFSE e ETR, com exceção do Eu, que apresenta uma anomalia negativa característica de granitos tipo-A. O contexto estrutural, associado às feições mineralógicas e químicas sugere que são granitos tipo-A2. Dados de U-Pb em zircões por LA-ICP-MS indicam que esses granitos foram colocados, a 566 ± 3 Ma. As condições termobarométricas de cristalização, definidas a partir dos dados de química mineral são: temperatura variando de 745 a 1003,7 °C e pressão de 4,28 a 5,95 Kbar, que corresponde a profundidades de 15 a 20 km, próximo ao limite crosta média/crosta superior. A mineralogia máfica rica em ferro e a presença de ilmenita primária sugerem cristalização sob condições de baixa fO2 (abaixo do tampão FMQ). As assinaturas químicas e isotópicas obtidas nesses granitos (εHf = -16,0 a 18,6 e εNd = -14,73 a –15,81) sugerem origem a partir de fusão parcial de material infracrustal, entretanto os valores TDM determinados para o PP (1,9 a 2,03 Ga por Sm-Nd e 1,74 a 1,86 Ga por Lu-Hf ) são mais baixos que os observados no embasamento da região estudada, sugerindo pequena contribuição de material juvenil. A partir de comparações químicas e isotópicas com outros granitoides e rochas do embasamento, foi definido que o material crustal envolvido na formação do PP corresponde aos gnaisses tonalíticos do Complexo Serrinha Pedro Velho, enquanto que o componente juvenil se assemelha ao mesmo material que participou da origem do Plúton Curral de Cima, intrusão tonalítica alojada a leste na mesma zona de cisalhamento. O modelamento químico, associado a feições petrográficas sugere cristalização fracionada como um processo atuante durante a evolução magmática desses granitos. Em relação ao mecanismo de transporte, o magma granítico que gerou o PP ascendeu desde a crosta inferior até um nível crustal mais superficial através das estruturas de cisalhamento, por meio do mecanismo chamado fluxo penetrativo, onde o elevado conteúdo de halogênio pode ter facilitado este processo. Esses granitos são semelhantes aos do Complexo Solânea, intrudidos a norte da ZCRP, no Domínio Norte da Província Borborema, sugerindo não haver fortes diferenças entre esses dois domínios, ou estes apresentam a mesma assinatura isotópica, e evoluíram juntos durante o Ediacarano. Ambas as intrusões são comparáveis aos granitoides transalcalinos Fe-K do leste da Nigéria, sugerindo que esse tipo de magmatismo esteja relacionado a um evento extensivo associado a zonas de cisalhamento transtensionais durante a consolidação do Supercontinente Gondwana, que se estende desde a Borborema até o lado Africano de Gondwana na Nigéria oriental. The Pluton Pilõezinhos (PP) comprises an elongate intrusion, ~ 100 km2, located in the Central domain (transversal subprovince) of the Borborema Province and characterized by equigranular to porphyritic, syenogranite and monzogranite containing rare enclaves and xenoliths. The PP intrude in Brasiliano metasediments and Tonian orthogneisses, in a structural context related to the synchronic movement of the E-W-striking dextral RemigioPocinhos Shear Zone and the NE-SW-striking dextral Matinhas Shear Zone. These granites have mineral chemistry characterized by mafic assemblage enriched in halogens and Fe, with siderophillite-rich biotite and amphibole with composition ranging from hastingsite to Fetschermakite. They are classified chemically as ferro-potassic, aluminous granites, with high content of total alkalis. They have high content of HFSE and REE, except Eu, which display an negative anomaly characteristic of granites type-A. The structural context associated the mineralogical and chemical features suggest that are A2-type granites. U-Pb data on zircons by LA-ICP-MS indicate that these granitic rocks were emplaced to 566 ± 3 Ma. The crystallization conditions defined from the mineral chemical data are: temperature ranging from 745 to 1003.7 °C and pressure from 4.28 to 5.95 kbar, corresponding to depths of 15 to 20 km, close to the intermediate crust/ upper crust limit. The Fe-rich mafic mineralogy and the presence of primary ilmenite suggest crystallization under conditions of low fO2 (below the FMQ buffer). The chemical and isotopic signatures evidenced in these granitic rocks (εHf = -16.0 to -18.6 and the εNd = -14.73 to -15.81) suggest originating from partial melting of infracrustal material, however TDM values determined for the PP (1.9 to 2.03 Ga from Sm-Nd and 1.74 to 1.86 Ga from Lu-Hf) are lower than those observed in the basement of the study area, suggesting small contribution of juvenile material. From chemical and isotopic comparisons with other granitoids and basement rocks it was defined that the crustal material involved in the formation of PP corresponds to tonalitic gneiss of Serrinha Pedro Velho Complex, while the junenile component is similar to the same material which gave rise to Curral de Cima Pluton, tonalitic intrusion housed to the east in the same shear zone. The chemical modeling, combined with petrographic features suggests fractional crystallization as an active process during the magmatic evolution these granitoids. In relation to the transport mechanism, the granitic magma of PP ascended from the lower crustal to a shallower crustal through the shear structures, by the mechanism called pervasive flow where the high halogen content may have facilitated this process. These granites are similar to Solânea Complex, intruded the northern the ZCRP in Central domain of the Borborema Province, suggesting no strong differences between these two subprovinces, or these two have the same isotopic signature, and evolved together during the Ediacaran. Both intrusions are comparable to transalkaline, Fe-K granitoids of the eastern Nigeria, suggesting that this type of magmatism is associated with an extensive event related with transtensional shear zones in the consolidation of Gondwana Supercontinent, which extends from the Borborema to the African side of Gondwana in eastern Nigeria. 2018-01-24T17:32:43Z 2018-01-24T17:32:43Z 2016-07-25 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23307 br Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco Programa de Pos Graduacao em Geociencias UFPE Brasil reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |