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Previous issue date: 2006 === O efeito da influência da lesão cortical contralateral sobre a Depressão Alastrante (DA) foi
estudado em 19 ratos adultos bem-nutridos (alimentados por uma dieta comercial com 23% de
proteína) e 18 desnutridos (amamentados por mães que receberam uma dieta deficiente dieta
básica regional, com 8% de proteína). A DA foi deflagrada no córtex frontal direito em
intervalos de 20 min e sua propagação foi monitorada em dois pontos da superfície parietal.
Após um período de registro basal (2h), o córtex contralateral foi longitudinalmente cortado,
com um bisturi elétrico, com a finalidade de interromper as fibras que vão em direção ao
outro hemisfério através do corpo caloso (6,7mm de extensão, 3-5mm de profundidade e 1-2
mm da linha média, de acordo com o Atlas de Paxinos e Watson). Logo após a lesão, o
registro foi continuado por mais duas horas. A lesão das fibras calosas foi histologicamente
confirmada em todos os animais. Em comparação aos valores basais, as velocidades após a
lesão aumentaram significativamente nos animais bem-nutridos e desnutridos (bem-nutridos,
3,34 ± 0,09 vs 4,03 ± 0,14 mm/min; desnutridos, 4,08 ± 0,20 vs 4,23 ± 0,29; P0,05, teste t
pareado). Transcorridos 3-7 dias (período de recuperação), um segundo registro da DA (2h),
realizado nos mesmos animais, revelaram uma persistência no aumento da velocidade da DA,
indicando que este efeito é duradouro. Nenhuma diferença foi encontrada nos ratos controles
(21 bem-nutridos e 21 desnutridos). O aumento na velocidade foi também observado num
grupo adicional (n=8) submetido a lesão na linha média (calosotomia), sugerindo o
envolvimento de fibras calosas sobre o efeito observado. Os resultados dão respaldo à
hipótese de um papel inibitório da atividade cortical contralateral sobre a DA, que parece ser
duradouro e que não é influenciado pela desnutrição precoce
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