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Previous issue date: 2012 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Embora seja um lugar-comum falar-se em identidade latino-americana , poucas pesquisas
políticas foram feitas no sentido de medir essa identidade, entender seu conteúdo e investigar
seu papel na construção da região. Particularmente, estudos sobre a integração regional na
América Latina ou do Sul tendem a negligenciar discursos identitários e sua relação com
questões de poder e interesses. Partindo de perspectiva discursiva do estudo identitário, o
presente trabalho busca demonstrar como a construção social da integração da América do Sul
se dá através de práticas comunicativas voltadas para forjar uma identidade regional.
Utilizando-se de método discursivo quali-quantitativo, a pesquisa examina discursos de chefes
de Estado e ministros das Relações Exteriores sul-americanos no quadro de
institucionalização da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), bem como as normas
que regem a organização. A hipótese testada é que os líderes nacionais proativamente
promovem processos discursivos de identificação social na construção da UNASUL, embora
as narrativas identitárias variem entre os países segundo os valores aos quais são relacionadas.
A pesquisa procura assim mover-se para além de um entendimento do discurso identitário
como a mera expressão de interesses exógenos, dentro de um marco teórico construtivista e
neo-institucionalista discursivo. Nesse contexto, empenha-se em mapear os discursos da
integração regional sul-americana desde 2000, identificar o uso de construções identitárias
alternativas ( latino-americana e sul-americana ), observar a que símbolos e valores essas
identidades coletivas são associadas e como se relacionam com as nacionais, e finalmente
analisar como essas construções se inserem no contexto institucional da Unasul. As
conclusões apontam para a consideração da Unasul como uma formação discursiva de
mediação entre o discurso sul-americanista em comum e o discurso baseado nos interesses
nacionais
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