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Previous issue date: 2006 === Punica granatum L. é popularmente conhecida como romã e pertence à família Punicaceae.
É um arbusto denso, de coloração verde brilhante, folhas ovais, flores vermelhas ou
laranjas e frutos caracterizados pela presença de pericarpo carnoso-coriáceo, polpa
suculenta e sementes irregularmente facetadas, sendo largamente utilizada na medicina
popular com diversos propósitos terapêuticos. Este estudo teve o objetivo de avaliar os
efeitos biológicos do extrato aquoso de romã sobre a regulação do metabolismo e
morfologia do sistema reprodutor em ratas Wistar jovens e adultas. Para preparação do
extrato aquoso de romã, foram pesadas 50g da casca do fruto, cortadas em pequenos
pedaços e fervidos por 10 minutos em 500mL de água destilada, produzindo uma solução
final com concentração comum de 0,1g/mL e que foi injetada por via IP nos animais. Após
o tempo de administração de 0 (zero), 2 (duas), 4 (quatro) e 8 (oito) horas, os animais
foram sacrificados, para obtenção do sangue, do qual foi obtido o soro, a fim de avaliar as
concentrações metabólicas de: insulina pelo método de radioimunoensaio; glicose e cálcio
pelo método fotocolorimétrico. Para avaliar a regulação do extrato aquoso de romã sobre as
gônadas, foram utilizadas ratas de linhagem Wistar, saudáveis, com um mês de idade e
peso médio de 128,5g. Os animais foram divididos em 3 grupos: controle (C, tratadas com
salina a 0,9%); experimentais G1 e G2 (sendo G1=10mg/mL e G2=20mg/mL do extrato).
Os animais foram submetidos a um tratamento crônico de 10 dias, por via oral, após este
período foram sacrificados para retirada, dissecação e pesagem dos ovários e úteros para
análise histomorfológica. O extrato de romã induziu uma alteração significativa na
concentração de insulina após 4 horas de tratamento, sendo verificado um aumento de
1563,06% com relação ao percentual controle, e após 8 horas de tratamento com o extrato,
verifica-se uma redução da concentração de insulina. Por outro lado, observando a
concentração sérica de glicose, verifica-se que após 4 horas de tratamento ocorre uma
redução de 35.65% e que o cálcio sérico aumenta de 10% quando comparado ao controle.
Outros resultados mostram que o extrato de romã não só modifica a concentração de
insulina, mas também altera a morfologia de células foliculares. Nos animais tratados com
o extrato de romã na concentração de 20mg/mL a análise histomorfológica identificou um
aumento na produção folicular e grande quantidade de corpos lúteos quando comparado
com os animais controle. No entanto, não foi observada alteração histomorfológica nos
úteros dos animais. Conclui-se que o extrato aquoso de romã modifica o processo
metabólico liberando grandes quantidades de insulina e reduzindo a concentração de
glicose. No entanto, o tratamento crônico com o extrato, na concentração de 20mg/mL,
durante dez dias, provavelmente, aumenta a quantidade de folículos ovarianos e corpos
lúteos, indicando uma ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário e/ou que a insulina
liberada pode modificar a atividade gonadal
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