Summary: | Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2017-05-25T16:22:44Z
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Previous issue date: 2014-03-27 === Hidrocorais ramificados do gênero Millepora desempenham importantes papéis ecológicos nos
recifes de corais do Atlântico Sul. De acordo com estudos anteriores uma grande proporção de
espécies de peixes recifais usam as ramificações das colônias como abrigo, reprodução e / ou
fonte de alimento. No entanto, pouca atenção tem sido dada à importância ecológica do coral-
de-fogo em relação à ecologia da comunidade de peixes que vivem a eles associados e na
competição intra / inter-específica de algumas espécies que ocorrem dentro do coral. O
estudo foi divido em dois capítulos, sendo o primeiro com o objetivo de analisar como o
volume das colônias de M. alcicornis e a competição exercida pelos indivíduos de Stegastes
fuscus pode afetar a comunidade de peixes associadas ao hidrocoral. O segundo capítulo teve
como objetivo comparar a eficiência do uso de diferentes metodologias (censo visual e câmera
de vídeo) na observação da abundância e riqueza da comunidade de peixes associadas ao
coral-de-fogo M. alcicornis. Para análises do primeiro capítulo, o presente estudo analisou a
influência do tamanho das colônias do coral (volume - m3) e a presença competitiva da espécie
Stegastes fuscus na comunidade de peixes recifais associados às ramificações dos corais-de-
fogo. De setembro de 2012 a abril 2013 estudos foram realizados no recife “Ilha do Norte”
localizado no litoral de Tamandaré-PE. 20 colônias do corais-de-fogo M. alcicornis foram
marcadas e medidas, buscando assim relacionar o volume da colônia com abundância e a
riqueza das espécies associadas. Os resultados mostraram que a abundância e a riqueza dos
peixes foram diretamente correlacionadas com volume colônias. Dentre as espécies
associadas, Stegastes fuscus foi a mais abundante. Essa espécie mostrou visíveis mudanças de
comportamento, quando associadas às colônias, a depender do tamanho do corpo. Por
exemplo, indivíduos menores de 6 cm foram vistos com maior frequência abrigando-se e
alimentando-se de corais e indivíduos maiores de 6 cm realizando interações agonísticas,
alimentando-se de algas e nadando ao redor do coral. Herbívoros errantes, onívoros e
comedores de invertebrados sésseis foram as guildas tróficas que os indivíduos de S. fuscus
preferiram manter interações agonísticas, provavelmente devido à sobreposição alimentar.
Colônias muito grandes mostraram ser importantes locais de abrigo para os indivíduos de S.
fuscus de menores que 6 cm. O comportamento agonístico foi mais frequente em colônias
categorizadas como muito grandes. Os demais padrões também variaram a depender do
volume da colônia. O presente estudo forneceu a primeira evidência de que através da
competição, a presença S.fuscus pode afetar na comunidade de peixes associadas com as
colônias de M. alcicornis. Os resultados também indicam que os indivíduos de S. fuscus usam
as colônias de corais-de-fogo como parte de seu território, abrigo e recurso alimentar. Para
análises do segundo capítulo, observações foram realizadas a partir de setembro de 2012 a
abril de 2013, também no recife “Ilha do Norte”. Nove colônias de M. alcicornis de diferentes
tamanhos foram escolhidas para análise e os dois tipos de metodologias (censo visual e
câmera de vídeo) foram utilizadas. Três réplicas de cada método de análise foram utilizadas
em cada colônia estudada. A fim de evitar possíveis erros metodológicos, os dois tipos de
metodologias foram realizadas sob as mesmas condições de maré, hora do dia e época do ano.
A riqueza e abundância dos peixes recifais associados às colônias do coral-de-fogo foram
analisadas tanto pelo censo visual quanto pelo uso de câmera de vídeo. Os resultados indicam
que ambas as metodologias registraram números semelhantes de abundância e riqueza de
espécies em cada colônia, não havendo assim diferença significativa a depender do método
utilizado. Contudo, pequenas diferenças relacionadas com a capacidade do uso de cada
método foram observadas. Pode-se afirmar que os dois tipos de metodologias utilizadas foram
eficazes na observação dos peixes associados às colônias de M. alcicornis. === Branching hydrocorals from the genus Millepora play important ecological roles in South
Atlantic reefs, where branching scleractinians are absent. According to previous studies, a high
proportion of reef fish species use branching fire-coral colonies as shelter, breeding and/or
feeding sites. Nevertheless, little attention has been given to the ecological importance of
branching fire-corals in regards to determinants of fish association and intra/interspecific
competition. The study was divided into two chapters, the first being with the aim of
examining how the volume of colonies of M. alcicornis and the competition performed by the
individuals Stegastes fuscus can affect the fish community associated with hydrocoral. The
second chapter aimed to compare the efficiency of using different methodologies (visual
census and video camera) on the observation of abundance and richness of the fish
community associated with the fire coral M alcicornis. The first chapter analyzed the influence
of coral colony size (colonies volume - m3) and presence of a high-competitive and extremely
aggressive damselfish (Brazilian endemic Stegastes fuscus) on the reef fish community
associated with branching fire-corals M. alcicornis. From September 2012 to April 2013 surveys
were conducted on tagged fire-coral colonies at Tamandaré Reefs, Northeast Brazil. The
abundance and richness of coral-associated fish was directly correlated with M. alcicornis coral
colonies volume. S. fuscus was the most abundant species associated with colonies showing
noticeable behavioral ontogenetic shifts according to body size (e.g. individuals smaller than 6
cm sheltering and feeding on corals and individuals larger than 6 cm performing agonistic
interactions, feeding on algae and swimming around the coral). Roving herbivores, omnivores
and sessile invertebrate feeders were the trophic guilds that suffered the most with agonistic
interactions, probably due food overlap. Very large colonies show to be important places of
refuge for individuals of S. fuscus smaller than 6 cm. The agonistic behaviors were more
frequent in proportion to the volume of the colonies increased. The other behavior patterns
also showed variation depending on the volume of the colony. The present study provided the
first evidence that through competition, S.fuscus presence may affect reef fish associated with
M. alcicornis. The results also indicate that S. fuscus individuals use M. alcicornis coral colonies
as part of their territory for shelter and foraging. For analysis of the second chapter, the
richness and abundance of associated reef fishes presented non-significant difference
depending on the used methodology. The present study represented the first one investigating
the use of different methodologies and their influence in the abundance and richness species
associated with coral colonies.
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