Summary: | Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-05-10T15:40:27Z
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Previous issue date: 2016-02-16 === CNPQ === O presente trabalho analisa a constituição e a materialização do discurso
ecológico em reportagens da mídia impressa brasileira. Bastante atual, esse
discurso, que se volta para a preservação dos recursos naturais e para a
relação entre homem e natureza, parece ser ainda pouco explorado no campo
dos estudos discursivos, disso decorre, então, a relevância desta pesquisa. Ao
longo, portanto, desta nossa pesquisa de linha discursiva, buscamos respostas
para o seguinte questionamento: Como se constitui e se materializa o discurso
ecológico em reportagens da mídia impressa brasileira? Para tanto, partimos
da análise das capas e reportagens das revistas Veja e Carta Capital acerca
dos dois grandes eventos promovidos pela Organização das Nações Unidas
(ONU) e sediados no Rio de Janeiro: as Conferências das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecidas como Eco-92 e
Rio+20. Para analisar de modo pertinente o nosso corpus, temos como
objetivos específicos: 1) averiguar como o discurso ecológico se constitui na
mídia impressa brasileira, mais especificamente no dizer de Veja e Carta
Capital; 2) refletir como o gênero reportagem inscreve o discurso ecológico
dentro da esfera midiática; 3) discutir como condições sociais e histórias de
produção diferentes materializam o mesmo discurso de formas distintas; 4)
refletir sobre as atualizações e/ou reconfigurações que o discurso ecológico
apresente após vinte anos da Eco-92. Nosso embasamento teórico, ancorou-se
na Análise do Discurso de Linha Francesa desenvolvida por Maingueneau
(1997, 2006, 2008a, 2008b, 2010, 2011) e nas pesquisas sobre o discurso das
mídias do semiolinguista Charaudeau (2006). A partir disso, nossos estudos se
pautaram, principalmente, na investigação de como o primado do interdiscurso,
a semântica global e a prática intersemiótica possibilitariam o entendimento dos
efeitos de sentido encontrados nas materialidades linguísticas analisadas. A fim
de compreendermos a historicidade do discurso ecológico, ainda recorremos
ao trabalho de Carvalho (2011). A investigação mostrou que o discurso
ecológico, ao longo do tempo, passou por atualizações e modificações. Se, no
começo das primeiras manifestações a favor do verde, o ser humano era
colocado como principal agressor e à margem das preocupações ambientais,
passados vinte anos, o tom radical desse discurso se atenuou e o ser humano
juntamente com sua condição social de vida passou a ser também cerne
dessas preocupações. Antes, preservar a natureza das ações do homem; hoje,
preservar a natureza e o próprio homem. === El presente trabajo analiza la constitución y la materialización del discurso
ecológico en reportajes de la prensa brasileña. Muy actual, ese discurso, que
se vuelta hacía la preservación de los recursos naturales y la relación entre
hombres y naturaleza, parece aún ser poco explorado en el campo de los
estudios discursivos, por eso la pertinencia de esta pesquisa de línea
discursiva que tiene la siguiente pregunta: ¿Cómo se constituye y se
materializa el discurso ecológico en reportajes de la prensa brasileña? Por lo
tanto, partimos del análisis de reportajes de las revistas Veja y Carta Capital
acerca de los dos grandes eventos promovidos por la Organización de las
Naciones Unidas (ONU) e ocurridos en la ciudad del Rio de Janeiro: las
Conferencias de las Naciones Unidas sobre Medio Ambiente y
Desenvolvimiento, conocidas como Eco-92 e Rio+20. Para analizar de modo
pertinente nuestro objeto, tuvimos como objetivos específicos: 1) averiguar
como el discurso ecológico se constituye en la prensa brasileña,
específicamente en el decir de Veja y Carta Capital; 2) reflejar como el género
reportaje presenta el discurso ecológico dentro de la esfera periodística; 3)
discutir como las condiciones sociales e históricas de producción materializan
el mismo discurso de modos distintos; 4) reflejar acerca de las actualizaciones
y/o reconfiguraciones que el discurso ecológico presenta después de veinte
años de la Eco-92. Nuestro embasamiento teórico se ancoró en la Análisis del
Discurso Francesa hecha por Maingueneau (1997, 2006, 2008a, 2008b, 2010,
2011) y en las pesquisas acerca del discurso de los medios de comunicación
del semiolingüista Charaudeau (2006). En seguida, nuestros estudios se
pautaran, sobretodo, en la investigación de como el primado del interdiscurso,
la semántica global y la práctica intersemiótica posibilitarían la comprensión de
los efectos de sentido encontrados en las materialidades lingüísticas
investigadas. A fin de comprender la historicidad del discurso ecológico aún
recorrimos al trabajo de Carvalho (2011). La investigación mostró que el
discurso ecológico a lo largo del tiempo pasó por actualizaciones y
modificaciones. Si en el principio con las primeras manifestaciones en favor del
verde el ser humano era colocado como principal agresor y se quedaba de lado
en las preocupaciones ambientales, después de veinte años, el tono radical de
ese discurso se atenuó y el ser humano juntamente con su condición social de
vida pasó a ser también cerne de esas preocupaciones. Anteriormente,
preservar la naturaleza de las agresiones humanas; ahora, preservar la
naturaleza y también el propio hombre.
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