Summary: | Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-02-16T13:59:37Z
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Previous issue date: 2016-05-25 === CAPES === O presente estudo teve como objetivo revisitar áreas recifais estudadas no ano 2000 em
Tamandaré-PE para descrever as comunidades macrobentônicas, com foco no ouriço E.
lucunter e comparar com os dados obtidos anteriormente, e, ainda usou como referência o
recife de Santiago em Paripueira-AL. Através das técnicas de “Line Transect” e “Quadrat”
foram amostradas nove áreas recifais do complexo recifal de Tamandaré e uma área recifal
em Paripueira. Os resultados indicaram diferenças significativas na estrutura das
comunidades macrobentônicas estudadas entre os recifes e entre os períodos. A densidade e
cobertura bentônica viva de corais escleractíneos, hidrocorais, zoantídeos e grupos funcionais
algais parecem ter sido influenciados pelo padrão de distribuição e abundância de ouriços,
apresentando diferenças significativas em sua composição na presença ou ausência destes. Em
2000, a densidade de ouriços da área recifal fechada de Tamandaré era aproximadamente
cinco vezes maior que a encontrada no presente estudo. O contrário ocorreu na área recifal de
Santiago que aumentou sua densidade de ouriço após ser reaberta à exploração antrópica em
2004. A exclusão das atividades pesqueiras e turísticas na Ilha da Barra ao longo de 16 anos
indica a recuperação da abundância de espécies potencialmente predadoras de ouriços, que
não só reduziu a densidade de E. lucunter na área fechada, mas também esse efeito foi
exportado para as áreas recifais adjacentes. Este estudo sugere que a redução da abundância
de ouriços nos recifes adjacentes é o resultado do spillover de predadores e anti-spillover de
recrutas de ouriços para os recifes mais próximos da área fechada, e conclui que grande parte
das diferenças observadas na densidade populacional do E. lucunter ao longo de todo o
Complexo Recifal de Tamandaré-PE é devido aos efeitos diretos e indiretos da exclusão
antrópica. === The aim of this study was to revisit Tamandaré-PE reef areas studied in 2000 to
describe macrobenthic communities focusing on the E. lucunter sea urchin and compare
the present data to the data obtained previously, and also used as a reference the Santiago
reef in Paripueira-AL. Nine reef areas of Tamandaré reef complex and one reef area of
Paripueira were sampled through the techniques of Line Transect and Quadrat. The results
indicated significant differences in macrobenthic community studied among the reefs and
between periods. The density and coverage of scleractinians corals, hydrocorals, zoanthids
and algal functional groups seems to have been influenced by the pattern of sea urchins
distribution and abundance, once these groups showed significant differences in their
composition in the presence or absence of E. lucunter. In 2000, the sea urchin density of
the Tamandaré closed area was about 5 times greater than the density found in this study.
The opposite occurred in the Santiago reef, where there was an increased sea urchin
density after this reef have been reopened to anthropic exploitation in 2004. The exclusion
of fishing and tourist activities in Ilha da Barra over 16 years has resulted in a recovery of
the species abundance potentially predatory of sea urchins, which not only reduced the E.
lucunter density in the closed area, once this effect was exported to the adjacent reef areas.
This study suggests that sea urchins abundance reducing on adjacent reefs is the result of
spillover from predators and anti-spillover from sea urchins recruits to nearby reefs of the
closed area, and concludes that much of the observed differences in E. lucunter density
throughout the reef complex of Tamandaré-PE is due to the direct and indirect effects of
anthropogenic exclusion.
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