Apego, autoconsciência e bullying escolar
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Previous issue date: 2015-02-20 === O bullying escolar é um comportamento agressivo deliberado no qual uma(s) pessoa(s) inflige repetidamente outra(s) que é incapaz de se defender. Apesar da pluralidade de variáveis envolvidas no fenômeno, os achados da literatura mostram que há uma estreita relação entre a qualidade da vinculação afetiva entre mãe e criança e o nível de competência social para tornar-se um adolescente vítima ou praticante de bullying. Também se encontram indícios de que praticante e vítima apresentam formas particulares de refletir sobre a própria experiência subjetiva, quer sejam motivados pela qualidade de suas respectivas vivências de apego, quer sejam motivados pelas suas respectivas vivências escolares. Nesse sentido, a autoconsciência reflexiva constitui um modo epistemológico de refletir sobre si mesmo regado pelo autoconhecimento, ao passo que a autoconsciência ruminativa constitui uma maneira ansiosa de refletir sobre si mesmo, regado por aflição psicológica. Este estudo teve como objetivo elucidar as relações entre a prática e a vitimização no bullying e variáveis externas associadas como tipos de padrões de apego (seguro/inseguro) e estilos de autoreflexão (ruminação/reflexão). Para fins de testar a hipótese foi realizada uma pesquisa da qual participaram 293 adolescentes apresentando idades entre 12 e 18 anos. Para efetivação do objetivo, a aplicação de três escalas psicométricas – Escala de Disposição ao Bullying; Escala de Autoconsciência Situacional; e Escala das Experiências de Apego nas Relações de Amizade - foi coletiva em cada uma das salas de aula na qual a coleta de dados foi realizada após as garantias éticas vinculadas ao processo. Além das medidas relatadas os participantes também responderam um Questionário Sóciodemográfico contendo duas variáveis de interesse para este estudo (Sexo e Grau de União Familiar). Os dados foram tratados através do software estatístico SPSS, com o qual foram levantadas as principais estatísticas descritivas, após o que se procedeu a avaliação das características psicométricas das escalas do estudo com apoio em procedimentos da Análise Fatorial e Psicometria, tendo-se encontrado uma adequação dos instrumentos para uso no teste empírico da hipótese. Análises subseqüentes foram efetuadas com apoio nos coeficientes de correlação de Pearson, e Spearman, Regressões passo-a-passo e análise multivariada não métrica tipo SSA (Análise de Estrutura de Similaridade), para exame das inter-relações entre as variáveis, interpretados à luz da teoria das facetas. Entre os resultados elencamos: 1) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Prática de Bullying; 2) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Evitante, Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Vitimização; 3) Correlação Positiva entre Disposição à Vitimização e Autofoco Ruminativo; Correlação Positiva entre Disposição à Prática, Autofoco Ruminativo e Reflexivo. O bullying escolar é um tipo de violência cujos riscos de prática e de vitimização podem vir a ser incidentes em adolescentes cujos vínculos de apego são inseguros, o que confirma a importância crucial da relação entre pais e filhos tanto para o desenvolvimento dos padrões relacionais afetivos quanto para a aquisição da capacidade de autoconsciência reflexiva, sendo ambas as condições determinantes para conduzir-se socialmente no ambiente escolar. Concluímos a pesquisa atestanto que as disposições à prática e à vitimização no bullying escolar apresentam enlances desenvolvimentais com os vínculos de apego, e estes últimos com as disposições para as formas reflexivas de autofoco. === O bullying escolar é um comportamento agressivo deliberado no qual uma(s) pessoa(s) inflige repetidamente outra(s) que é incapaz de se defender. Apesar da pluralidade de variáveis envolvidas no fenômeno, os achados da literatura mostram que há uma estreita relação entre a qualidade da vinculação afetiva entre mãe e criança e o nível de competência social para tornar-se um adolescente vítima ou praticante de bullying. Também se encontram indícios de que praticante e vítima apresentam formas particulares de refletir sobre a própria experiência subjetiva, quer sejam motivados pela qualidade de suas respectivas vivências de apego, quer sejam motivados pelas suas respectivas vivências escolares. Nesse sentido, a autoconsciência reflexiva constitui um modo epistemológico de refletir sobre si mesmo regado pelo autoconhecimento, ao passo que a autoconsciência ruminativa constitui uma maneira ansiosa de refletir sobre si mesmo, regado por aflição psicológica. Este estudo teve como objetivo elucidar as relações entre a prática e a vitimização no bullying e variáveis externas associadas como tipos de padrões de apego (seguro/inseguro) e estilos de autoreflexão (ruminação/reflexão). Para fins de testar a hipótese foi realizada uma pesquisa da qual participaram 293 adolescentes apresentando idades entre 12 e 18 anos. Para efetivação do objetivo, a aplicação de três escalas psicométricas – Escala de Disposição ao Bullying; Escala de Autoconsciência Situacional; e Escala das Experiências de Apego nas Relações de Amizade - foi coletiva em cada uma das salas de aula na qual a coleta de dados foi realizada após as garantias éticas vinculadas ao processo. Além das medidas relatadas os participantes também responderam um Questionário Sóciodemográfico contendo duas variáveis de interesse para este estudo (Sexo e Grau de União Familiar). Os dados foram tratados através do software estatístico SPSS, com o qual foram levantadas as principais estatísticas descritivas, após o que se procedeu a avaliação das características psicométricas das escalas do estudo com apoio em procedimentos da Análise Fatorial e Psicometria, tendo-se encontrado uma adequação dos instrumentos para uso no teste empírico da hipótese. Análises subseqüentes foram efetuadas com apoio nos coeficientes de correlação de Pearson, e Spearman, Regressões passo-a-passo e análise multivariada não métrica tipo SSA (Análise de Estrutura de Similaridade), para exame das inter-relações entre as variáveis, interpretados à luz da teoria das facetas. Entre os resultados elencamos: 1) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Prática de Bullying; 2) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Evitante, Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Vitimização; 3) Correlação Positiva entre Disposição à Vitimização e Autofoco Ruminativo; Correlação Positiva entre Disposição à Prática, Autofoco Ruminativo e Reflexivo. O bullying escolar é um tipo de violência cujos riscos de prática e de vitimização podem vir a ser incidentes em adolescentes cujos vínculos de apego são inseguros, o que confirma a importância crucial da relação entre pais e filhos tanto para o desenvolvimento dos padrões relacionais afetivos quanto para a aquisição da capacidade de autoconsciência reflexiva, sendo ambas as condições determinantes para conduzir-se socialmente no ambiente escolar. 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Nesse sentido, a autoconsciência reflexiva constitui um modo epistemológico de refletir sobre si mesmo regado pelo autoconhecimento, ao passo que a autoconsciência ruminativa constitui uma maneira ansiosa de refletir sobre si mesmo, regado por aflição psicológica. Este estudo teve como objetivo elucidar as relações entre a prática e a vitimização no bullying e variáveis externas associadas como tipos de padrões de apego (seguro/inseguro) e estilos de autoreflexão (ruminação/reflexão). Para fins de testar a hipótese foi realizada uma pesquisa da qual participaram 293 adolescentes apresentando idades entre 12 e 18 anos. Para efetivação do objetivo, a aplicação de três escalas psicométricas – Escala de Disposição ao Bullying; Escala de Autoconsciência Situacional; e Escala das Experiências de Apego nas Relações de Amizade - foi coletiva em cada uma das salas de aula na qual a coleta de dados foi realizada após as garantias éticas vinculadas ao processo. Além das medidas relatadas os participantes também responderam um Questionário Sóciodemográfico contendo duas variáveis de interesse para este estudo (Sexo e Grau de União Familiar). Os dados foram tratados através do software estatístico SPSS, com o qual foram levantadas as principais estatísticas descritivas, após o que se procedeu a avaliação das características psicométricas das escalas do estudo com apoio em procedimentos da Análise Fatorial e Psicometria, tendo-se encontrado uma adequação dos instrumentos para uso no teste empírico da hipótese. Análises subseqüentes foram efetuadas com apoio nos coeficientes de correlação de Pearson, e Spearman, Regressões passo-a-passo e análise multivariada não métrica tipo SSA (Análise de Estrutura de Similaridade), para exame das inter-relações entre as variáveis, interpretados à luz da teoria das facetas. Entre os resultados elencamos: 1) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Prática de Bullying; 2) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Evitante, Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Vitimização; 3) Correlação Positiva entre Disposição à Vitimização e Autofoco Ruminativo; Correlação Positiva entre Disposição à Prática, Autofoco Ruminativo e Reflexivo. O bullying escolar é um tipo de violência cujos riscos de prática e de vitimização podem vir a ser incidentes em adolescentes cujos vínculos de apego são inseguros, o que confirma a importância crucial da relação entre pais e filhos tanto para o desenvolvimento dos padrões relacionais afetivos quanto para a aquisição da capacidade de autoconsciência reflexiva, sendo ambas as condições determinantes para conduzir-se socialmente no ambiente escolar. Concluímos a pesquisa atestanto que as disposições à prática e à vitimização no bullying escolar apresentam enlances desenvolvimentais com os vínculos de apego, e estes últimos com as disposições para as formas reflexivas de autofoco. O bullying escolar é um comportamento agressivo deliberado no qual uma(s) pessoa(s) inflige repetidamente outra(s) que é incapaz de se defender. Apesar da pluralidade de variáveis envolvidas no fenômeno, os achados da literatura mostram que há uma estreita relação entre a qualidade da vinculação afetiva entre mãe e criança e o nível de competência social para tornar-se um adolescente vítima ou praticante de bullying. Também se encontram indícios de que praticante e vítima apresentam formas particulares de refletir sobre a própria experiência subjetiva, quer sejam motivados pela qualidade de suas respectivas vivências de apego, quer sejam motivados pelas suas respectivas vivências escolares. Nesse sentido, a autoconsciência reflexiva constitui um modo epistemológico de refletir sobre si mesmo regado pelo autoconhecimento, ao passo que a autoconsciência ruminativa constitui uma maneira ansiosa de refletir sobre si mesmo, regado por aflição psicológica. Este estudo teve como objetivo elucidar as relações entre a prática e a vitimização no bullying e variáveis externas associadas como tipos de padrões de apego (seguro/inseguro) e estilos de autoreflexão (ruminação/reflexão). Para fins de testar a hipótese foi realizada uma pesquisa da qual participaram 293 adolescentes apresentando idades entre 12 e 18 anos. Para efetivação do objetivo, a aplicação de três escalas psicométricas – Escala de Disposição ao Bullying; Escala de Autoconsciência Situacional; e Escala das Experiências de Apego nas Relações de Amizade - foi coletiva em cada uma das salas de aula na qual a coleta de dados foi realizada após as garantias éticas vinculadas ao processo. Além das medidas relatadas os participantes também responderam um Questionário Sóciodemográfico contendo duas variáveis de interesse para este estudo (Sexo e Grau de União Familiar). Os dados foram tratados através do software estatístico SPSS, com o qual foram levantadas as principais estatísticas descritivas, após o que se procedeu a avaliação das características psicométricas das escalas do estudo com apoio em procedimentos da Análise Fatorial e Psicometria, tendo-se encontrado uma adequação dos instrumentos para uso no teste empírico da hipótese. Análises subseqüentes foram efetuadas com apoio nos coeficientes de correlação de Pearson, e Spearman, Regressões passo-a-passo e análise multivariada não métrica tipo SSA (Análise de Estrutura de Similaridade), para exame das inter-relações entre as variáveis, interpretados à luz da teoria das facetas. Entre os resultados elencamos: 1) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Prática de Bullying; 2) Correlação Positiva entre Apego Inseguro Evitante, Apego Inseguro Ambivalente, Apego Inseguro Desorganizado e Disposição à Vitimização; 3) Correlação Positiva entre Disposição à Vitimização e Autofoco Ruminativo; Correlação Positiva entre Disposição à Prática, Autofoco Ruminativo e Reflexivo. O bullying escolar é um tipo de violência cujos riscos de prática e de vitimização podem vir a ser incidentes em adolescentes cujos vínculos de apego são inseguros, o que confirma a importância crucial da relação entre pais e filhos tanto para o desenvolvimento dos padrões relacionais afetivos quanto para a aquisição da capacidade de autoconsciência reflexiva, sendo ambas as condições determinantes para conduzir-se socialmente no ambiente escolar. 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