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Previous issue date: 2015-07-03 === INTRODUÇÃO: A avaliação dos limiares dolorosos em pacientes com neuropatias
compressivas é de grande utilidade quando se tenta explicar a presença de sintomas
generalizados. Sabe-se que no processo de sensibilização periférica a liberação de
prostaglandina e bradicinina altera receptores específicos TRPV1 levando a redução do
limiar de disparo da fibra nervosa. Essa repetição leva a uma ampliação no campo
receptivo cerebral com consequente sensibilização central. A síndrome do túnel do
carpo (STC) é a mononeuropatia mais frequentemente diagnosticada, porém os estudos
de limiares dolorosos são escassos e não avaliam segundo o grau de comprometimento
do nervo. MÉTODOS: Foram avaliadas 160 mulheres divididas em Grupo A) Controle
(n=40) e grupo B) pacientes com quadro clínico de síndrome do túnel do carpo (n=120)
subdivididas de acordo com o grau de comprometimento neurofisiológico do nervo
mediano no punho seguindo a classificação de Pádua em Grupo I (n=20): pacientes com
sintomas sugestivos, porém sem confirmação da neuropatia do nervo mediano no punho
(NNMP); Grupo II (n=20): NNMP discreta; Grupo III (n=20): NNMP leve; Grupo IV
(n= 20): NNMP moderada; Grupo V (n=20): NNMP acentuada; Grupo VI (n=20):
NNMP extrema. Realizaram-se algometria de pressão, estudo de condução nervosa,
sensibilidade discriminatória entre dois pontos e foi aplicado o questionário de
gravidade de sintomas de Boston. A algometria foi realizada em território inervado pelo
nervo mediano após a passagem através do túnel do carpo, na região inervada pelo
nervo cutâneo palmar, em território inervado pelo nervo ulnar e em áreas proximais ao
túnel do carpo. Os valores algométricos em um mesmo grupo seguiram padrão de
normalidade (Kolmogorov-Smirnov p <0.05). As comparações entre os grupos foram
não-paramétricos (Shapiro- Wilk p= 0.1955) e, portanto, o teste de Kruskal-Wallis foi
utilizado e o poshoc de Dunn quando houve diferença significativa. RESULTADOS:
Houve diferença extremamente significativa entre o grupo controle e os grupos com
NNMP discreta, NNMP leve, NNMP moderada e NNMP acentuada (p<0,0001). Porém,
não houve diferença significativa em alguns pontos tanto na presença dos sintomas sem
NNMP como na NNMP extrema. Portanto, os limiares reduzem à medida que a
patologia se inicia e progride até certo ponto. Quando já não são mais obtidos potenciais
sensitivos ou motores nos estudos de condução nervosa, os limiares dolorosos retornam
aos valores próximos da normalidade. Sugere-se esse resultado à provável destruição de
fibras finas, na qual já pode haver hipoestesia em substituição da hiperalgesia. Quanto à
sensibilidade discriminatória entre dois pontos foi observado que quanto mais acentuada
a NNMP maiores os valores da sensibilidade discriminatória, havendo diferença
significativa entre o controle e os grupos III, IV, V e VI (p<0,0001). Quanto à escala de
gravidade de sintomas, as queixas relacionadas à dor e dormência ou formigamento
foram mais evidentes nos grupos I, III, IV e V. Enquanto a incapacidade de realizar
atividades cotidianas predominou nos grupos III, IV e V. CONCLUSÃO: O limiar para
sensação dolorosa é menor em pacientes com síndrome do túnel do carpo, tanto em
território inervado pelo nervo mediano como em outras áreas. === INTRODUCTION: Pain threshold evaluation in compressive neuropathy is very useful
for explain generalized symptoms. About peripheral sensitization process in the release
of bradykinin and prostaglandin alters specific TRPV1 receptors leading to reduction of
nerve fiber firing threshold. This repetition leads to a brain receptive field expansion
with consequent central sensitization. Carpal tunnel syndrome (CTS) is the most
frequently diagnosed mononeuropathy, but painful thresholds studies are scarce and not
evaluate according to nerve impairment degree. METHODS: We have evaluated 160
female divided into Group A) Control (n = 40), B) patients with symptoms suggestive
of CTS (n = 120) subdivided according to the neurophysiologic impairment of median
nerve at the wrist according to Padua classification into Group I (n = 20): patients with
symptoms suggestive, but without confirmated wrist median nerve neuropathy
(WMNN); Group II (n = 20): Discrete MNNW; Group III (n = 20): Light MNNW;
Group IV (n = 20): Moderate MNNW; Group V (n = 20): Severe MNNW; Group VI (n
= 20): Extreme MNNW. METHODS: Pressure algometry was held in 320 hands, as
well as nerve conduction study and discriminatory sensitivity between two points. The
Boston symptom severity questionnaire were applied to the patients. The algometry was
held on areas innervated by the median nerve after crossing through the carpal tunnel,
palmar cutaneous territory, ulnar cutaneous territory and proximal areas to the carpal
tunnel. RESULTS: The algometry values within the same group were normal
(Kolmogorov-Smirnov p <0.05). Comparisons between groups were non-parametric
(Shapiro-Wilk p = 0.1955) and thus, the Kruskal-Wallis test was used and when there
the significant difference pairwise comparisons were performed whit the Dunn test
(poshoc). RESULTS: The comparison of algometry data showed extremely significant
differences between control group and groups with discrete MNNW, light MNNW,
moderate MNNW and severe MNNW (p <0.0001). However, there was no significant
difference at some points both in the presence of symptoms without MNNW as in
MNNW extreme. Therefore, pain thresholds showed direct relation to MNNW severity
to a certain point. When sensory or motor potential were no longer obtained, painful
thresholds returned close to normal values. We suggest this result could be due to small
fibers destruction, when hyperalgesia would be replaced by hypoesthesia. As for
discriminatory sensitivity between two points has been observed higher values were
obtained as most affected by MNNW with a significant difference between control
group and III, IV, V and VI groups (p <0.0001). As for the scale of severity of
symptoms, the complaints with pain and numbness or tingling were more evident in I,
III, IV and V groups. About the inability to perform daily activities predominated in III,
IV and V groups. CONCLUSION: Pain threshold is lower in patients with carpal tunnel
syndrome, either the median nerve innervated area or another areas.
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