Prevalência de risco de suicídio em adolescentes com sintomas de transtornos alimentares associados a sintomas depressivos.

Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-03-01T18:53:08Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE_COMPLETA_FORMATO_FINAL_ARTIGO.pdf: 2018352 bytes, checksum: c8fb1b273e91067a2a8f326c0767f5f6 (MD5) === Made avai...

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Bibliographic Details
Main Author: VERAS, Juliana Lourenço de Araújo
Other Authors: SOUGEY, Everton Botelho
Language:br
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2016
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15570
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Risco
Suicídio
Adolescente
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VERAS, Juliana Lourenço de Araújo
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Considerando que os transtornos alimentares podem levar a um maior risco de suicídio do que qualquer outro transtorno psiquiátrico, este trabalho propôs investigar a prevalência do risco de suicídio em adolescentes com sintomas de transtornos alimentares e sintomas depressivos. Trata-se de um estudo seccional, de base populacional, quantitativo, analítico, realizado na cidade do Recife com 1.379 adolescentes, de 10 a 17 anos de idade, de ambos os sexos, estudantes de escolas públicas estaduais do Recife, Brasil. Para a coleta de dados foram utilizados os instrumentos: Questionário Sociobiodemográfico; Teste de Atitudes Alimentares, Teste de Avaliação Bulímica de Edinburgh, Inventário de Depressão Infantil e o Mini International Neuropsychiatric Interview – Módulo C (M.I.N.I. - versão brasileira 5.0.0). Para análise dos dados, foram construídas tabelas uni e bidimensionais com frequências absolutas e relativas, bem como calculados os valores das Odds-Ratios (OR) e seus respectivos intervalos com 95% de confiança, associados aos níveis descritivos do teste Qui-quadrado de independência de Pearson. Na análise multivariada, foi ajustado um modelo de regressão logística binária, incluindo como possíveis variáveis explicativas todas aquelas que na análise bidimensional apresentaram associação significativa ao nível inferior a 0,05. O gênero feminino predominou na amostra (65,5%), com idade média de 13,80 anos. A prevalência do risco de suicídio na população estudada foi de 29,7%, onde 6,7% já tinham história de tentativa de suicídio anterior. A prevalência de adolescentes com sintomas de transtornos alimentares (TAs) foi de 25,5%, segundo a escala EAT-26 e 3,2% (escore elevado) e 29,6% (escore médio), na subescala de sintomas BITE. A prevalência de risco de suicídio em adolescentes com sintomas de TAs, segundo as escalas EAT-26 e subescala de sintomas BITE, respectivamente, foi de: 42,7% e 56,8% (escore elevado), apresentando associação significativa. A prevalência de sintomas depressivos na população geral foi de 15,4%. Dos valores de Odds Ratio, as chances de um adolescente da população pesquisada apresentar risco de suicídio são mais elevadas se o adolescente tem idade acima de 11 anos, é do sexo feminino, tem sintomas depressivos, tem padrões alimentares anormais e sintomas de bulimia nervosa. Quanto às probabilidades do risco de suicídio estimada a partir do modelo de regressão revelou-se que a superposição de fatores agrava as chances para o suicídio, mostrando que, na presença dos dois fatores simultaneamente (sintomas de transtornos alimentares e sintomas depressivos), a chance seria de 61,9% para adolescentes com padrões alimentares anormais e 63,4% para adolescentes com sintomas de bulimia nervosa. Após a análise dos dados pode-se concluir que o risco de suicídio não se limita apenas a amostras clínicas de adolescentes com transtornos alimentares, mas pode ser detectado até mesmo em amostras comunitárias de adolescentes; e que o risco de suicídio está associado aos sintomas de transtornos alimentares, o que pode ser agravado pelos sintomas depressivos. Portanto, comportamentos alimentares inadequados devem ser investigados em adolescentes para direcionar estratégias futuras de prevenção ao suicídio nesta fase de desenvolvimento humano. === Suicide is a huge public health problem and considered to be the second or third major cause of death among adolescents in many countries. As eating disorders can lead to a greater risk of suicide than any other psychiatric disorder, the aim of the present study was to investigate the prevalence of the risk of suicide among adolescents with symptoms of both eating disorders and depression. A quantitative, analytical, population-based, cross-sectional study was conducted involving 1379 male and female students between 10 and 17 years of age enrolled at public schools in the city of Recife (Brazil). Data collection involved a socio-demographic questionnaire, the Eating Attitudes Test (EAT-26), the Bulimic Investigatory Test of Edinburgh (BITE), the Children's Depression Inventory (CDI) and the Brazilian version of the Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I. 5.0.0). Data analysis involved one-dimensional and two-dimensional tables with absolute and relative frequencies. Odd ratios (OR) and respective 95% confidence intervals were calculated based on the results of Pearson’s chi-square test for independence. In the multivariate analysis, a binary logistic regression model was adjusted, incorporating all explanatory variables that had a p-value < 0.20 in the two-dimensional analysis. The female gender predominated in the sample (65.5%). Age ranged from 10 to 17 years (mean: 13.80 ± 1.76 years; median: 14 years). The prevalence of the risk of suicide was 29.7% and 6.7% had a history of attempted suicide. The prevalence of symptoms of eating disorders was 25.5% based on the EAT-26 scale and 3.2% (high score) and 29.6% (medium score) using the BITE subscales. The prevalence of the risk of suicide among adolescents with eating disorders was 42.7% using the EAT-26 scale and 56.8% (high score) using the BITE symptoms subscale, demonstrating a significant association. The prevalence of depressive symptoms in the overall sample was 15.4%. From the ORs, the estimated probability of an adolescent being at greater risk of suicide was higher when the individual was older than 11 years of age, female, had symptoms of eating disorders and had depressive symptoms. The regression model demonstrated that the combination of symptoms of eating disorders and depressive symptoms led to a 61.9% chance of a suicide attempt using the EAT-26 and 63.4% chance using the BITE symptoms subscale. The present findings demonstrate that the risk of suicide is not restricted to clinical samples of adolescents with eating disorders, but can also be detected in community samples of adolescents. Moreover, the risk of suicide is associated with eating disorders and is aggravated by depressive symptoms. Therefore, inadequate eating behavior should be investigated in adolescents to guide future strategies aimed at preventing suicide in this phase of human development.
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Para a coleta de dados foram utilizados os instrumentos: Questionário Sociobiodemográfico; Teste de Atitudes Alimentares, Teste de Avaliação Bulímica de Edinburgh, Inventário de Depressão Infantil e o Mini International Neuropsychiatric Interview – Módulo C (M.I.N.I. - versão brasileira 5.0.0). Para análise dos dados, foram construídas tabelas uni e bidimensionais com frequências absolutas e relativas, bem como calculados os valores das Odds-Ratios (OR) e seus respectivos intervalos com 95% de confiança, associados aos níveis descritivos do teste Qui-quadrado de independência de Pearson. Na análise multivariada, foi ajustado um modelo de regressão logística binária, incluindo como possíveis variáveis explicativas todas aquelas que na análise bidimensional apresentaram associação significativa ao nível inferior a 0,05. O gênero feminino predominou na amostra (65,5%), com idade média de 13,80 anos. 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