Summary: | Submitted by Daniella Sodre (daniella.sodre@ufpe.br) on 2015-07-03T13:00:53Z
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Previous issue date: 2014-11-07 === Este trabalho investiga a influência das tatuagens nas formas de construção e
manutenção da identidade de integrantes de tribos urbanas contemporâneas. Iniciamos
nossa pesquisa observando como sujeitos participantes dessas tribos se utilizam de
intervenções nos seus corpos, mais especificamente tatuagens para se perceberem
semelhantes, fazendo com que se reconheçam e se agrupem. A partir dessa
observação inicial, focamos nossos esforços em entender como se dá o processo de
construção de identidade desses sujeitos nesses grupos e nos deparamos com uma
aparente dicotomia colocada por teses defendidas por Maffesoli (1987, 2006 2 2012)
e Lipovetsky (1989, 2004 e 2005). Se por um lado, Maffesoli defende que ao
participar de tribos urbanas os sujeitos abrem mão de sua identidade para se fazerem
pertencer ao grupo, por outro lado, Lipovetsky defende que é justamente nessas
situações de aparente uniformidade que o sujeito vai buscar sua individualidade.
Tomando como base essa dicotomia posta, levantamos uma hipótese que a refuta ao
acreditar que as duas teses apresentadas são na verdade complementares. Nesse
sentido, trouxemos a lente do Design para construção de um modelo de observação
que nos permitisse analisar tatuagens nos corpos de sujeitos pertencentes a uma tribo
urbana contemporânea que tem sua origem nos subúrbios de metrópoles do Brasil, as
piriguetes. O modelo proposto nos permitiu verificar que as tatuagens utilizadas pelas
piriguetes mantém similaridades nos níveis sintáticos e semânticos, confirmando a
tese de Maffesoli, mas aponta uma distinção individual no nível pragmático, como
afirmava Lipovetsky. Assim, consideramos que ao trazer o olhar da Linguagem
Visual, nos permitindo uma análise segmentada das tatuagens presentes nos corpos
dos sujeitos, apontamos, de fato, uma complementaridade das propostas de Maffesoli
e Lipovetsky, hipótese central do nosso trabalho.
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