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Previous issue date: 2013-07-23 === O objetivo dessa pesquisa foi investigar se a mediação pedagógica durante sessões de aplicação de jogos de ortografia poderia favorecer a melhoria de desempenho ortográfico de alunos do 4º ano do ensino fundamental em 2 (duas) escolas públicas da rede municipal de ensino de Recife. Participaram, dessa pesquisa de intervenção, 20 crianças de escolas públicas municipais de Recife (10 crianças de uma escola e 10 crianças de outra), selecionadas a partir de um ditado com lacunas, de onde foram escolhidas as que apresentavam um maior número de dificuldades nas regras contextuais enfocadas, que foram: o emprego de M/N, C/QU, G/GU, R em fim de sílaba, R brando, R em encontro consonantal R e RR. Foram realizadas 16 sessões de jogos de ortografia, sendo 4 de cada grupo de regularidades investigadas. Os alunos jogavam fora do espaço das salas de aula, de onde eram retirados de dois em dois, em duplas não predeterminadas. As sessões dos jogos foram videogravadas e analisadas, tendo como base a análise de conteúdo. Os resultados sugeriram que a mediação pedagógica nem sempre contribuiu para o avanço do desempenho ortográfico dos alunos e que, estes conseguiram dominar algumas regras enfocadas, apenas sendo colocados em contato com o jogo e a atividade de reflexão suscitada por ele. No grupo sem mediação houve avanços no emprego do QU, G, R em fim de sílaba e RR, apesar dos alunos não realizarem verbalizações quanto às regras. Já no grupo com mediação, os resultados mostraram avanço no emprego do N em fim de sílaba, no G e GU, no R em fim de sílaba, no R brando e RR. As verbalizações realizadas pelos alunos do grupo com mediação sugeriram que a explicitação das regras contextuais favoreceu a melhoria do desempenho ortográfico em apenas alguns desses contextos. Os tipos de explicitações verbais que os aprendizes elaboraram, para tomar consciência das restrições de uma regra, levaram em conta a natureza do critério ou princípio gerativo que justificava o emprego do grafema em pauta. Os resultados parecem indicar que os jogos podem ser um apoio ao trabalho pedagógico do docente, mas que não é a única alternativa válida e interessante de se trabalhar com a ortografia enquanto objeto do conhecimento.
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