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Previous issue date: 2014 === Introdução: O câncer é considerado a primeira causa de morte por doença no Brasil na
população entre 5 a 19 anos. Para o ano de 2014 foram estimados cerca de 11.840 novos casos
entre crianças e adolescentes no Brasil, sendo mais de 50% correspondentes aos tumores
sólidos. Objetivo: Compreender o itinerário terapêutico de crianças e adolescentes
diagnosticados com tumores sólidos em acompanhamento e/ou tratamento em duas unidades
de referência do estado de Pernambuco – Brasil. Método: Estudo interpretativo cuja
população foi composta por pacientes de 0 a 19 anos diagnosticados com tumores sólidos no
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira e no Hospital Universitário
Oswaldo Cruz em Recife, Pernambuco – Brasil, no período de março de 2013 a fevereiro de
2014. Realizou-se a abordagem quanti-qualitativa, através da triangulação de uma entrevista
semi-estruturada e análise documental, com base na Análise de Conteúdo temática de Bardin.
Resultados: Trinta e três entrevistas possibilitaram a observação da predominância do sexo
masculino 60,6% (20), na faixa etária do pré-escolar 30,3% (10), oriundos do estado de
Pernambuco 87,9% (29). Na dimensão clínica, 45,5% (15) foi diagnosticado por tumores do
Sistema Nervoso Central e apenas 36,4% (12) tiveram como primeira escolha terapêutica a
Estratégia de Saúde da Família. Entre os cinco Eixos Temáticos considerados, percebeu-se
um distanciamento entre os serviços públicos de saúde e o diagnóstico precoce do câncer
infantojuvenil, seja pela não sensibilidade dos profissionais por esta hipótese diagnóstica, seja
pela frágil rede de apoio diagnóstico e logístico. Conclusão: Ressalta-se a importância do
fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, não apenas com programas que ampliem o
acesso no atendimento médico, mas também em investimentos de tecnologias leves, na
qualificação do acolhimento e seguimento dos usuários com sinais de alerta para esta
neoplasia entre os níveis de atenção.
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