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Previous issue date: 2012-02-15 === O crescimento fetal é mantido por complexa interação entre fatores circulatórios,
endócrinos e metabólicos. Há períodos críticos na maturação fetal durante os quais uma
nutrição inadequada pode programar o desenvolvimento de doenças na vida adulta, como:
hipertensão arterial, doença coronariana, diabetes mellitus tipo II, acidente vascular cerebral e
hipercolesterolemia. A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica, conceituada pela
persistência de níveis tensionais acima dos valores considerados como limite da normalidade.
O presente estudo teve como objetivo demonstrar a influencia do estado nutricional ao
nascimento sobre os níveis de pressão arterial na idade escolar em crianças nascidas a termo
com baixo peso e peso adequado. Este estudo consistiu de um corte transversal aninhado em
uma coorte de 375 crianças recrutadas ao nascimento em 1993-1994 no estado de
Pernambuco. Aos oito anos de idade, 213 crianças tiveram avaliadas os níveis de pressão
arterial. As médias de pressão arterial da criança foram significantemente maiores quanto
maior a renda, o índice de massa corporal e a altura materna, peso e comprimento ao nascer e
antropometria aos oito anos e inversamente proporcional à duração do aleitamento. Na análise
de regressão linear multivariada a antropometria da criança aos oito anos explicou o maior
percentual da variação da pressão arterial sistólica (12,6%), com ênfase para a circunferência
da cintura (9,5%), seguida da renda familiar per capita (3,2%), aleitamento materno (2,2%) e
altura da mãe (2,1%). O baixo peso ao nascer não influenciou os níveis de pressão arterial na
idade escolar. A circunferência da cintura aos oito anos, a curta duração do aleitamento e a
ocorrência de sobrepeso/obesidade materna apresentaram uma maior influência sobre os
níveis de pressão arterial de escolares nascidos a termo, em detrimento do peso ao nascer.
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