Summary: | Submitted by Luiz Felipe Barbosa (luiz.fbabreu2@ufpe.br) on 2015-04-10T13:12:29Z
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DISSERTAÇÃO Cleiton de Barros Nunes.pdf: 554863 bytes, checksum: 70747b29269c3ac6079c1b7a0da22515 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-04-10T13:12:29Z (GMT). No. of bitstreams: 2
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Previous issue date: 2014-02-13 === CAPES === O propósito mais amplo deste trabalho consistiu em problematizar a noção de sujeito da
educação a partir da noção de potência, presente no pensamento ético político de Giorgio
Agamben, colocando em questão, ao mesmo tempo, os signos de negatividade que cercam a
experiência formativa dos sujeitos moradores das periferias. Assim, o caminho que
escolhemos para pensar a questão do sujeito da educação passou pela delimitação de uma
excêntrica e singular figura de pensamento: o habitante das periferias das nossas cidades ou
mais diretamente o pobre, comumente tomado como uma questão, simultaneamente, política,
econômica, social e moral e ressignificado, neste trabalho, como uma questão ontológica.
Nesse sentido, a dissertação foi construída por meio de uma investigação de natureza teórica e
pretendeu, ela mesma, funcionar como uma experiência de pensamento, com vistas a ampliar
conceitualmente as possibilidades de refletir a educação como formação humana com e a
partir da periferia; interpretando a pobreza como uma condição ontológica e extraindo dessa
ideia novos sentidos acerca do sujeito da educação e da sua formação. Nesse sentido, o que
propomos foi um deslocamento no trato com a pobreza: do homem pobre, enquanto resultado
de uma dinâmica político-social perversa, à pobreza do homem, enquanto traço originário do
ser humano. Essa pobreza a que me referi se configura justamente como uma relação do
homem com sua potência de ser e de não ser, haja vista que aquilo que um sujeito é não se
apresenta como uma natureza fixa e imutável, mas como possibilidade aberta de ser e de não
ser. Por outro lado, a potência não se constitui como um atributo seu, mas como uma
experiência de ser si mesmo que não se esgota e, portanto, pode levar o homem a ser diferente
do que é. A procura por uma formação humana a altura dessa condição de pobreza do homem
é a tarefa pedagógica de uma educação que vem.
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