Torta de Sementes de Moringa oleifera Como Fonte de Compostos Com Efeitos Deletérios Na Sobrevivência e No Desenvolvimento de Larvas de Aedes aegypti
Submitted by Daniella Sodre (daniella.sodre@ufpe.br) on 2015-03-26T12:40:52Z No. of bitstreams: 2 DISSERTACAO_ANA_PATRICIA IMPRIMIR OK 21 set.pdf: 882347 bytes, checksum: 3d3a08a765d53fef71a8057d31dd434e (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) === Made availab...
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Universidade Federal de Pernambuco
2015
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moringa mosquito da dengue lectina atividade inseticida aproveitamento de resíduos |
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moringa mosquito da dengue lectina atividade inseticida aproveitamento de resíduos Oliveira, Ana Patrícia Silva de Torta de Sementes de Moringa oleifera Como Fonte de Compostos Com Efeitos Deletérios Na Sobrevivência e No Desenvolvimento de Larvas de Aedes aegypti |
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Submitted by Daniella Sodre (daniella.sodre@ufpe.br) on 2015-03-26T12:40:52Z
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Previous issue date: 2012-07-22 === Sementes de Moringa oleifera possuem elevado conteúdo de óleo (27–40%), o qual é
utilizado na produção de biocombustível. A torta de sementes corresponde ao material
residual obtido após o processo de extração do óleo. As sementes de moringa contêm as
lectinas WSMoL (do inglês water-soluble M. oleifera lectin) e cMoL (do inglês coagulant M.
oleifera lectin). WSMoL possui atividade larvicida (CL50 de 0,197 mg/mL) contra Aedes
aegypti, mosquito vetor da dengue. Diferentemente, cMoL não possui ação larvicida. O
presente trabalho descreve a torta de moringa obtida após extração do óleo com solvente
orgânico como fonte de lectinas e outros compostos com efeitos deletérios sobre larvas de A.
aegypti. A torta foi obtida após extração do óleo das sementes de moringa com n-hexano
durante 6 h, utilizando extrator do tipo Soxhlet. Suspensões aquosas à base da torta (CS, do
inglês cake suspensions) foram obtidas a partir da adição de 0,2, 0,6, 1,2 ou 3,0 g do pó da
torta a água destilada (1 L), seguida de rápida agitação manual por 3 min, repouso por 30 min
e filtração em papel de filtro. As suspensões foram avaliadas quanto à atividade
hemaglutinante, concentração de proteínas e efeito sobre o desenvolvimento larval. Para
purificação de lectinas, extrato aquoso foi obtido através da homogeneização do pó da torta
(10 g) em água destilada (100 mL) por 16 h a 4 °C, seguida de centrifugação (9.000 g, 15
min). O extrato foi tratado com sulfato de amônio a 60% e a fração de proteínas precipitadas,
enriquecida em lectinas, foi dialisada contra NaCl 0,15 M e cromatografada em coluna de
quitina equilibrada com NaCl 0,15 M. As proteínas adsorvidas na coluna foram eluídas com
ácido acético 1,0 M e, após diálise contra água destilada, as frações que apresentaram
atividade hemaglutinante foram reunidas (MoCL, M. oleifera cake lectins). MoCL foi
avaliada quanto ao perfil eletroforético em SDS-PAGE e inibição da atividade hemaglutinante
por carboidratos e glicoproteínas. Atividade larvicida do extrato de torta, fração enriquecida
em lectinas e MoCL foi avaliada contra larvas de A. aegypti no quarto estágio. As suspensões
à base da torta promoveram atraso no desenvolvimento larval. Dentre as larvas incubadas com
CS1,2 e CS3,0, 50% e 60% não ultrapassaram o segundo estágio, respectivamente. Nenhuma
das suspensões apresentou atividade hemaglutinante nem causou mortalidade das larvas. O
extrato de torta e a fração enriquecida em lectinas apresentaram atividade hemaglutinante
específica de 26,2 e 39,5, revelando que lectinas de sementes de moringa resistiram ao
tratamento com n-hexano. MoCL apresentou atividade hemaglutinante específica de 93.622
(fator de purificação: 3.573) e três bandas polipeptídicas em SDS-PAGE de massas
moleculares 10, 15 e 27 kDa. Esses resultados sugerem que MoCL consiste em uma mistura
de WSMoL (que se apresenta com polipeptídeos de 10 e 15 kDa em SDS-PAGE) e cMoL
(um polipeptídeo de 26,5 kDa em SDS-PAGE). Atividade hemaglutinante de MoCL foi
inibida pelos monossacarídeos frutose, glicose, manose, galactose e N-acetilglicosamina, bem
como pelas glicoproteínas asialofetuína, caseína e tiroglobulina. Extrato, fração e MoCL
apresentaram atividade larvicida, com CL50 de 2,98, 0,95 e 0,89 mg/mL de proteínas,
respectivamente. MoCL foi menos ativa que WSMoL obtida a partir de sementes inteiras,
provavelmente devido à presença de cMoL na preparação. Em conclusão, torta de sementes
de M. oleifera contém lectinas com ação larvicida e compostos capazes de atrasar o
desenvolvimento de larvas de A. aegypti. Os resultados obtidos no presente trabalho agregam
novos valores à torta de moringa como recurso biotecnológico, bem como a toda a cadeia de
produção de biocombustível a partir da moringa. |
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Paiva, Patrícia Maria Guedes |
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No. of bitstreams: 2 DISSERTACAO_ANA_PATRICIA IMPRIMIR OK 21 set.pdf: 882347 bytes, checksum: 3d3a08a765d53fef71a8057d31dd434e (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012-07-22 Sementes de Moringa oleifera possuem elevado conteúdo de óleo (27–40%), o qual é utilizado na produção de biocombustível. A torta de sementes corresponde ao material residual obtido após o processo de extração do óleo. As sementes de moringa contêm as lectinas WSMoL (do inglês water-soluble M. oleifera lectin) e cMoL (do inglês coagulant M. oleifera lectin). WSMoL possui atividade larvicida (CL50 de 0,197 mg/mL) contra Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue. Diferentemente, cMoL não possui ação larvicida. O presente trabalho descreve a torta de moringa obtida após extração do óleo com solvente orgânico como fonte de lectinas e outros compostos com efeitos deletérios sobre larvas de A. aegypti. A torta foi obtida após extração do óleo das sementes de moringa com n-hexano durante 6 h, utilizando extrator do tipo Soxhlet. Suspensões aquosas à base da torta (CS, do inglês cake suspensions) foram obtidas a partir da adição de 0,2, 0,6, 1,2 ou 3,0 g do pó da torta a água destilada (1 L), seguida de rápida agitação manual por 3 min, repouso por 30 min e filtração em papel de filtro. As suspensões foram avaliadas quanto à atividade hemaglutinante, concentração de proteínas e efeito sobre o desenvolvimento larval. Para purificação de lectinas, extrato aquoso foi obtido através da homogeneização do pó da torta (10 g) em água destilada (100 mL) por 16 h a 4 °C, seguida de centrifugação (9.000 g, 15 min). O extrato foi tratado com sulfato de amônio a 60% e a fração de proteínas precipitadas, enriquecida em lectinas, foi dialisada contra NaCl 0,15 M e cromatografada em coluna de quitina equilibrada com NaCl 0,15 M. As proteínas adsorvidas na coluna foram eluídas com ácido acético 1,0 M e, após diálise contra água destilada, as frações que apresentaram atividade hemaglutinante foram reunidas (MoCL, M. oleifera cake lectins). MoCL foi avaliada quanto ao perfil eletroforético em SDS-PAGE e inibição da atividade hemaglutinante por carboidratos e glicoproteínas. Atividade larvicida do extrato de torta, fração enriquecida em lectinas e MoCL foi avaliada contra larvas de A. aegypti no quarto estágio. As suspensões à base da torta promoveram atraso no desenvolvimento larval. Dentre as larvas incubadas com CS1,2 e CS3,0, 50% e 60% não ultrapassaram o segundo estágio, respectivamente. Nenhuma das suspensões apresentou atividade hemaglutinante nem causou mortalidade das larvas. O extrato de torta e a fração enriquecida em lectinas apresentaram atividade hemaglutinante específica de 26,2 e 39,5, revelando que lectinas de sementes de moringa resistiram ao tratamento com n-hexano. MoCL apresentou atividade hemaglutinante específica de 93.622 (fator de purificação: 3.573) e três bandas polipeptídicas em SDS-PAGE de massas moleculares 10, 15 e 27 kDa. Esses resultados sugerem que MoCL consiste em uma mistura de WSMoL (que se apresenta com polipeptídeos de 10 e 15 kDa em SDS-PAGE) e cMoL (um polipeptídeo de 26,5 kDa em SDS-PAGE). Atividade hemaglutinante de MoCL foi inibida pelos monossacarídeos frutose, glicose, manose, galactose e N-acetilglicosamina, bem como pelas glicoproteínas asialofetuína, caseína e tiroglobulina. Extrato, fração e MoCL apresentaram atividade larvicida, com CL50 de 2,98, 0,95 e 0,89 mg/mL de proteínas, respectivamente. MoCL foi menos ativa que WSMoL obtida a partir de sementes inteiras, provavelmente devido à presença de cMoL na preparação. Em conclusão, torta de sementes de M. oleifera contém lectinas com ação larvicida e compostos capazes de atrasar o desenvolvimento de larvas de A. aegypti. Os resultados obtidos no presente trabalho agregam novos valores à torta de moringa como recurso biotecnológico, bem como a toda a cadeia de produção de biocombustível a partir da moringa. 2015-03-26T12:40:52Z 2015-03-26T12:40:52Z 2012-07-22 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis OLIVEIRA, Ana Patrícia Silva de. Torta de sementes de Moringa oleifera como fonte de compostos com efeitos deletérios na sobrevivência e no desenvolvimento de larvas de Aedes aegypti. Recife, 2012. 77f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Pernambuco. CCB. Bioquímica e Fisiologia, 2012. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12689 br Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |