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Previous issue date: 2012-02-28 === Introdução: O câncer de colo uterino é um importante problema de saúde pública mundial,
terceira causa de morte por câncer em mulheres. Os receptores de membrana com atividade
intrínseca de tirosina quinase controlam funções celulares como proliferação e diferenciação
celular através da ativação de vias intracelulares de transdução de sinal, relacionando-se com
a angiogênese que desempenha papel crucial no crescimento tumoral e promoção de
metástases. Objetivos: Identificar características histopatológicas de amostras de câncer de
colo uterino; verificar a expressão e o grau de expressão dos marcadores imunoistoquímicos
VEGF (fator de crescimento vascular endotelial), PDGFR- (receptor do fator de
crescimento derivado de plaquetas), EGFR (receptor do fator de crescimento epidérmico);
descrever associação entre características histopatológicas e perfil imunoistoquímico.
Métodos: Estudo transversal, retrospectivo. Coleta de dados no Laboratório Romualdo Lins,
Caruaru, Pernambuco, entre setembro de 2010 e junho de 2011. 31 blocos de parafina de
espécimes exclusivos de carcinomas de colo uterino obtidos unicamente por histerectomia.
Excluídos: espécimes obtidos por biópsia ou conização; os cedidos para revisão em outro
laboratório e não devolvidos; insuficiência de material ou presença de desgaste
comprometendo realização de revisão histológica e imunoistoquímica. Dados organizados em
planilha Excel® e analisados com programa SPSS®, versão 17.0. Realizadas revisões
histopatológicas e reações imunoistoquímicas para os marcadores VEGF, PDGFR- e EGFR.
Para análise dos dados, utilizamos teste Qui-quadrado, teste exato de Fisher, teste t de Student
ou teste de Mann-Whitney, considerando nível de significância de 0,05 para rejeição da
hipótese nula, conforme distribuição de frequência obedecesse às Regras de Cochran.
Resultados: A média de idade foi 46,74 anos. 6 (19,35%) tumores microinvasivos (margens
livres e ausência de comprometimento linfovascular em 100% dos espécimes) e 25 (80,65%)
tumores invasivos. Tumores invasivos predominaram como pouco diferenciados. Os tumores
mais frequentemente foram negativos para PDGFR- e positivos para VEGF. Em relação ao
grau de positividade, predominaram tumores com expressão mínima do PDGFR- ,
decrescendo as expressões moderada e forte, diferindo dos outros dois marcadores. Para
VEGF, os tumores mais frequentemente tiveram expressão moderada; para EGFR, expressão
forte. Todas essas diferenças alcançaram significância estatística. Para EGFR, houve
diferença significante (p=0,010) entre expressão mínima e expressões moderada/forte,
predominando menor expressão nos tumores microinvasivos e forte expressão nos tumores
invasivos. Para PDGFR- , identificou-se diferença significante (p=0,043) na positividade,
dado que tumores invasivos mais frequentemente expressavam positividade deste marcador.
Tumores triplo positivo são significantemente mais frequentes em presença de invasão
linfovascular e têm grau pouco diferenciado quando comparados aos tumores positivos apenas
para EGFR e PDGFR- . Conclusão: A positividade dos marcadores imunoistoquímicos,
especialmente no grupo triplo positivo, sugere que há correlação com fatores de pior
prognóstico. Demonstrada correlação entre o grau de expressão do EGFR e os tumores
invasivos, bem como a positividade do PDGFR- e os tumores invasivos. Os dados
encontrados sugerem suporte para futuros estudos com uso de drogas alvo moleculares, com
possibilidade de alterar o prognóstico das pacientes portadores de câncer de colo uterino ou
ajudar a separar as pacientes com tumores com pior prognóstico, que necessitem de uma
abordagem terapêutica mais agressiva.
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