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Previous issue date: 2014-02-27 === A alteração da olfação, secundária à hemorragia subaracnoidea aneurismática, prejudica o paciente na alimentação, na higiene pessoal, interações sociais, vida sexual e reduz seu nível de segurança. A escassez de estudos suscitou questionar se a alteração da função olfatória depende da intensidade da hemorragia subaracnoidea e se há relação entre o sítio da hemorragia subaracnoidea e o distúrbio olfatório. Daí decorreu a hipótese que a alteração da função olfatória por ruptura de aneurisma cerebral depende da topografia do mesmo e do volume do sangramento. O objetivo geral foi determinar a relação entre a alteração da função olfatória e as características da hemorragia subaracnoidea aneurismática. Os objetivos específicos foram: caracterizar a disfunção olfatória de pacientes com hemorragia subaracnoidea aneurismática, antecedendo o tratamento e decorridos um, dois e três dias de sua instituição; estabelecer sua relação com o sítio da hemorragia subaracnoidea e com a quantificação, segundo escala de Fisher. Esta tese está composta por quatro capítulos. O primeiro constou de um artigo com título A hemorragia subaracnoidea aneurismática e as alterações da olfação, no qual se apresentou a revisão integrativa crítica sobre alterações olfativas pós-hemorragia subaracnoidea aneurismática. No segundo capítulo, estiveram os métodos de estudo primário, observacional, descritivo, com comparação de grupos, unicego, realizado em centro único de referência, entre 18 de dezembro de 2012 e 20 de dezembro de 2013. Foram incluídos 50 pacientes admitidos com idade mínima de 18 anos, pontuação maior que 13, pela escala de coma de Glasgow e diagnóstico de hemorragia subaracnoidea aneurismática, firmado por tomografia computadorizada cerebral ou liquorgrama. Pacientes com história prévia de anosmia ou manuseio cirúrgico há menos de 30 dias da hemorragia; sangramento em território posterior; redução da pontuação na escala de coma de Glasgow para menor que 14 foram excluídos, assim como foram descontinuados 15 pacientes por transferência, alta a pedido ou rebaixamento do nível de consciência. Os pacientes foram submetidos a teste olfatório, expresso em percepção e identificação de quatro odores à internação e, após a cirurgia, até o terceiro dia. No terceiro capítulo foram apresentados os resultados do estudo, sob forma de dois artigos originais, cujos títulos foram Comprometimento olfatório em hemorragia subaracnoidea aneurismática considerando a escala de Fisher e Distúrbio olfatório relacionado ao sítio da hemorragia subaracnoidea aneurismática. No quarto capítulo, estiveram as Considerações Finais. Constatou-se que, ao terceiro dia de pós-operatório, 42,8% mantinham comprometimento da função olfatória, percentual variável segundo localização do aneurisma, cuja diferença em relação ao primeiro dia pós-operatório correspondeu a p=0,066. Pacientes com hemorragia subaracnoidea em artéria cerebral média ou artéria carótida interna, com Fisher grau I ou II (leve a moderada) tiveram recuperação da normosmia mais frequente que aqueles com aneurisma em artéria comunicante anterior e Fisher grau III ou IV (grave). Concluiu-se que a escala de Fisher associada à avaliação olfatória pode auxiliar no prognóstico do grau de comprometimento da olfação e de seu agravamento, o qual se relaciona à localização do aneurisma. Há consenso da necessidade de incluir avaliação olfatória na rotina de cuidados a pacientes com hemorragia subaracnoidea.
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