Dinâmica da Matéria Orgânica Em Áreas de Produção de Cana-de-açúcar Colhida Crua e Queimada, No Nordeste do Brasil

Submitted by Eduarda Figueiredo (eduarda.ffigueiredo@ufpe.br) on 2015-03-13T14:43:54Z No. of bitstreams: 2 Walane Maria Pereira de Mello Ivo-Doutorado PROTEN-UFPE.pdf: 1522136 bytes, checksum: 50c604e8c1a38c831708f21dd0122461 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386...

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Bibliographic Details
Main Author: Mello Ivo, Walane Maria Pereira de
Other Authors: Salcedo, Ignacio Hernán
Language:br
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2015
Subjects:
13C
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12480
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Respiração do Solo
Tempo de Residência Média
Comunidade Microbiana do Solo
Ácidos Graxos
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Dinâmica da Matéria Orgânica Em Áreas de Produção de Cana-de-açúcar Colhida Crua e Queimada, No Nordeste do Brasil
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De forma mais específica, buscou-se: (1) Quantificar o estoque do carbono orgânico do solo em cronossequência de cultivo de cana-de-açúcar colhida queimada e do solo sob o ecossistema florestal de Mata Atlântica, determinando o tempo de residência média (TRM) do carbono orgânico originário da floresta; (2) Quantificar a variação do estoque da carbono orgânico do solo em sistemas de produção da cana-de-açúcar submetida à colheita crua e queimada; (3) Quantificar as variações de alguns atributos do solo decorrentes da mudança do manejo da colheita de cana queimada para cana crua; (4) Quantificar a entrada de material orgânico (palhada e raízes) e a taxa de decomposição destes em sistemas de produção da cana-de-açúcar submetida à colheita com e sem despalha a fogo; (5) Determinar a emissão de C-CO2 do solo e construir um balanço anual de carbono para a socaria da cana-de-açúcar. Para este estudo, foi utilizada uma cronossequência com mata nativa e cana-de-açúcar colhida queimada por cinco, 15 e 35 anos, fazendo-se uso da determinação da abundância natural do 13C para o cálculo do TRM. Áreas sob colheita de cana crua por três e oito anos também foram estudadas. O cultivo da cana modificou alguns atributos do solo, provocando aumento da densidade do solo e do fósforo disponível, redução dos teores de cálcio e magnésio, carbono orgânico e capacidade de troca de cátions do solo. O estoque de C do solo, até 100 cm de profundidade, foi reduzido de 259 Mg ha-1, sob mata, para 148 Mg ha-1, sob cana queimada, depois de 35 anos de cultivo; com taxa de perda anual de C de 3,0% (k = 0,308 ano-1) para os primeiros 20 cm do solo e de 1,9% (k = 0,019 ano-1) para todo o perfil (100 cm). Os TRM do C da mata nos Argissolos dos tabuleiros costeiros, cultivados com cana-de-açúcar, situaram-se nas faixas de: (1) 20,1 a 28,8 anos para as camadas de 0-5 a 20-30 cm; (2) 43,7 a 73,7 anos para as de 30-40 a 60-80 cm; (3) e na casa dos milhares de anos na camada de 80-100 cm. Para os primeiros vinte centímetros do perfil, este tempo foi 1,6 vezes menor que o tempo médio que o C reside nos solos cultivados com cana, na região Sudeste do Brasil. A implementação da colheita da cana crua alterou alguns atributos do solo, levando à diminuição da densidade e da temperatura do solo, aumento do potássio trocável, do diâmetro médio ponderado e da estabilidade de agregados e da umidade na superfície do solo. Também modificou a estrutura da comunidade microbiana, associando este tipo de colheita aos ambientes com menor grau de estresse microbiano. 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