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Previous issue date: 2014-02-21 === INTRODUÇÃO: O consumo excessivo de medicamentos pela população é considerado um problema de saúde pública. Entre esses medicamentos destacam-se os benzodiazepínicos que são comumente utilizados para o tratamento da insônia. Diante dos inúmeros problemas trazidos pelo uso indiscriminado desses insumos a Secretaria Municipal de Saúde do Recife buscou uma alternativa ao seu uso, introduzindo assim o medicamento fitoterápico à base de Valeriana Officinalis L. Esse estudo tem como OBJETIVO avaliar a implantação e utilização do medicamento fitoterápico em ex-usuários de benzodiazepínicos das unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário II. MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliou-se através de questionários a qualidade do sono dos usuários do novo medicamento, seu conhecimento sobre a fitoterapia fazendo um paralelo comparativo ao uso dos benzodiazepínicos e entrevistou-se também os prescritotes, através de questionários padronizados, sobre questões relacionadas à fitoterapia com destaque para Valeriana Officinalis L. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Participaram do estudo 101 pessoas (93 usuários se 8 médicos). Os usuários relataram conhecer as atividades de vinte e seis espécies diferentes de plantas, utilizadas isoladamente para diversos fins medicinais, destacando-se o maracujá (Passiflora incanata) com 8/63 citações, a camomila (Chamomilla recutita (L.)) com 8/63 citações e a laranja (Inga sp.) com 5/63 citações. O Grupo Valeriana (GV) teve um escore global de 12 pontos e o Grupo Controle (GC) apresentou escore global de 4 pontos no Questionário de Qualidade de Sono de Pittsburg, sendo assim o GV apresentou qualidade do sono muito ruim o GC qualidade do sono boa. Vários fatores podem estar relacionados a esse resultado entre eles o desconhecimento dos prescritores sobre o tratamento o que ficou evidente através dos resultados das entrevistas com os médicos. Quando a pergunta foi relacionada à retirada de benzodiazepínicos utilizando a valeriana, metade dos entrevistados relatou que não se sentem seguros e revelaram desconhecimento em relação ao “desmame”. Em relação ao nível de conhecimento sobre a valeriana 5/8 dos prescritores julgaram como sendo regular, 2/8 muito ruim e 1/8 bom. CONCLUSÃO: É de interesse para este estudo que novas pesquisas sobre o tema sejam realizadas e que nelas sejam envolvidas atividades de acompanhamento farmacoterapêutico e de educação em saúde para os usuários e profissionais de saúde envolvidos no processo. Portanto cabe aos profissionais de saúde a apropriação sobre temas tão importantes como a fitoterapia e a retirada gradual de benzodiazepínicos, uma vez que isso poderá afetar diretamente não somente a qualidade do sono, mas a qualidade de vida dos usuários.
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