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Previous issue date: 2004 === O presente trabalho tem como objetivo analisar as mudanças ocorridas no carnaval desde sua
origem até a formação das micaretas (carnavais fora de época). Para tanto, foi utilizada uma
abordagem de poder, mais especificamente a teoria dos campos sociais de Pierre Bourdieu. O
procedimento metodológico adotado foi estudo de caso do campo do carnaval em Maceió,
capital de Alagoas. A passagem de um carnaval desestruturado e amador, formado por
organizações de bairro, para um carnaval estruturado e profissional, dominado por grandes
organizações do mercado, foi acompanhada por uma luta entre os atores pelo controle do
campo e pelo direito de fazer valer sua interpretação da festa. O resultado de tal luta foi uma
reestruturação do campo, em que a valorização de uma lógica do interesse foi ao mesmo
tempo causa e efeito da emersão de novos atores. A aparência de desinteresse dos blocos
tradicionais se transformou em exceção, e a busca pelo lucro, baseada em um modelo
empresarial, a regra. Mas essas mudanças não tiveram nada de inevitáveis. Mais que
considerações sobre eficiência, a forma empresarial de organização mostrou-se um
instrumento que, dentro do carnaval, podia garantir a distinção social. Assim como em toda a
história, hoje o carnaval se mostra um momento de reafirmação das diferenças existentes e/ou
criadas entre os homens
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