Redes de sociabilidade, governança e participação: aspectos da relação estado e sociedade civil no programa de saúde da família, os casos de Recife e Porto Alegre
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Universidade Federal de Pernambuco
2015
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Redes de sociabilidade Saúde Políticas Públicas Participação Silva, Marcos Aurelio Dornelas da Redes de sociabilidade, governança e participação: aspectos da relação estado e sociedade civil no programa de saúde da família, os casos de Recife e Porto Alegre |
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Previous issue date: 2012 === CNPq === A redefinição das formas de intervenção na esfera estatal, observada no Brasil a partir
dos anos 1980, diz respeito não apenas às questões operacionais e econômicas, mas
passa também pela possibilidade de reformulação do Estado enquanto arena política dos
indivíduos que compõem uma comunidade política. Logo, nos parece que a palavrachave
para compreender a governança pública é a relação; inicialmente entre esferas do
Estado, e depois entre Estado e Sociedade. Como exemplo, oPrograma de Saúde da
Família - PSF é uma política pública que tem características peculiares, algumas delas
são importantes para nosso estudo: (1) a concepção de saúde voltada para a família; (2)
a ancoragem territorial e comunitária das ações de saúde; (3) e por fim, a participação
ativa da comunidade, seja de modo direto ou por meio de representantes é uma das
metas do Programa. No PSF, os laços sociais presentes na comunidade importam, visto
que o Programa é uma política pública ancorada em sociabilidades primárias e
secundárias locais. É desses laços que os executores do Programa, tratados aqui como
sociabilidade técnica, podem se valer para a construção de um ‘território de saúde’ onde
não só o meio físico, mas também o meio social torna-se referência para a noção de
bem-estar, de saúde e de participação social. O objetivo central deste trabalho é analisar
como as interações sociais observáveis por meio da análise de redes sociais geram
formas associativas particulares. Em termos empíricos, buscamos compreender de que
forma a relação entre diversos atores sociais envolvidos na política pública do PSF, tem
influência nos processos participativos em nível comunitário. Tendo como pano de
fundo para a análise o pressuposto de que as redes sociais são campos de sociabilidade
que articulam as instituições e os atores em malhas complexas de intercâmbios de vários
tipos, e tendo em vista que esses intercâmbios têm implicações sociais, levantamos
questões que nos serviram de referência para a análise das redes de sociabilidade
presentes nas comunidades assistidas pelo PSF nas cidades de Recife e Porto Alegre. (1)
a ancoragem comunitária diferenciada implica em mudanças importantes na
configuração das redes sociais? (2) Os autores acreditam que suas ações têm
implicações na formação de uma estruturação social participativa? (3) As redes
ancoradas nas três diferentes sociabilidades repercutem nos recursos acessados? Os
dados utilizados são entrevistas e questionários aplicados nos anos de 2006 e 2007, em
Recife e Porto Alegre. Nesta cidade os dados foram levantados na Gerência Lomba do
Pinheiro/Partenon, foram aplicados questionários aos Agentes Comunitários de Saúde -
ACS, e a uma amostra de usuários. Foram realizadas também entrevistas com
profissionais das Unidades de Saúde da Família - USF, bem com lideres de
organizações da sociedade civil e usuários do PSF. No Recife, no Distrito Sanitário 4,
utilizou-se o mesmo processo para coleta dos dados. Particularmente nos casos que
analisamos, em Porto Alegre e Recife, verificamos que o formato das redes de
sociabilidade, e a capacidade interativa podem ser importantes para os processos
participativos, repercutindo diretamente nas ações de saúde comunitária do PSF. |
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Silva, Marcos Aurelio Dornelas da |
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