Summary: | Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-06T13:08:26Z
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Previous issue date: 2014 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === O respectivo estudo aborda os territórios que são construídos e descontruídos nas mais variadas escalas e tempos por crianças e adolescentes, em situação de risco, no espaço urbano da cidade de Campina Grande – PB. A pesquisa delimita-se nos respectivos espaços, sendo estes localizados no centro e seu entorno: semáforos, praças (Clementino Procópio e Bandeira), parque (Evaldo Cruz) e principais ruas comerciais. Como se denota, o objetivo principal do estudo é analisar os processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização desta população infanto-juvenil, bem como identificar a realidade sócio-espacial desta população, a fim de compreender melhor o porquê destes “trabalhadores” nestes locais. Isto demanda entendermos os relacionamentos familiares, o papel do Estado e a estrutura social como um todo, ou seja, o que estas instâncias garantem para as crianças e adolescentes, na tentativa de identificarmos a construção de territórios e territorialidades e, assim, evidenciar a violência, o medo e as drogas como fatores de construção territorial. O método utilizado para embasar o estudo é o dialético, visto que, caracteriza-se por um modelo esquemático de esclarecimento da realidade que possui como base a oposição e os choques entre situações diversas ou opostas (pares dialéticos), ou seja, serão analisadas as “partes” em constantes mudanças e conflitos. Os procedimentos metodológicos que norteiam a pesquisa constitui-se do levantamento bibliográfico e documental, no qual, forneceu um aporte teórico que corroborou para a pesquisa empírica.Ressalte-se que as observações “in loco” caracterizaram-se tanto por observações da pesquisadora, sem participação direta do público alvo, como também se fez necessário à aplicação de questionários, para compreendermos as relações de medo, violência e a responsabilidade da sociedade campinense com esses indivíduos. Desta maneira, o trabalho que se segue não busca unicamente apresentar uma discussão teórico-metodológico que contribua para as discussões e reflexões em torno destas problemáticas urbanas. Pretende-se também, elucidar como essas crianças e adolescentes, enquadradas em situação de risco, são sujeitos de direito; indivíduos marginalizados pertencentes a um espaço que não é “natural”, mas partícipes de organizações como a família, a sociedade e o Estado que detêm responsabilidades diante destes, aonde, são considerados pela Constituição como prioridade absoluta.
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