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Previous issue date: 2012-06-26 === Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica com índices de
prevalência alarmantes na população geral. As complicações causadas pelas
alterações metabólicas, principalmente pelos níveis elevados de glicose circulante,
geram fragilidade do sistema músculo-tendíneo, podendo cursar com degeneração e
ruptura. Uma forma de diminuir o avançar da síndrome é utilizando terapêuticas que
aumentem a metabolização da glicose pelo organismo, tendo o exercício físico como
propedêutica precípua. OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática sobre as
repercussões do exercício físico aeróbio sobre o tendão de modelos experimentais
e avaliar o efeito do exercício físico aeróbio em meio aquático pré e pós-indução
sobre as alterações dos parâmetros clínicos e metabólicos e a instalação da
tendinopatia do tendão do calcâneo em ratos induzidos ao diabetes experimental.
METODOLOGIA: foram utilizados 54 ratos Wistar machos (70 dias de vida; 314,57g
± 36,54) distribuídos aleatoriamente em quatro grupos, Grupo controle (GC; n=15),
Grupo Natação (GN; n=12), Grupo Diabético (GD; n=15), Grupo Diabético Natação
(GDN; n=12). Os grupos treinados foram submetidos ao treinamento em um tanque
com temperatura da água a 30±1ºC, durante 1h/dia, 5 dias/semana durante oito
semanas, enquanto os não treinados permaneceram restritos dentro das gaiolas.
Todos os animais receberam ração e água ad libitum, além de serem mantidos em
um ciclo invertido claro/escuro de 12h. A avaliação do consumo hídrico, ingestão
sólida e urina foram realizadas em dois momentos do protocolo de treinamento,
contudo os níveis glicêmicos foram analisados durante todo o experimento. Após o
período experimental, os animais foram eutanasiados e o tendão do calcâneo da
pata traseira esquerda do animal coletado. O tendão foi encaminhado para a
realização do ensaio mecânico em uma máquina de ensaio convencional EMIC
(modelo DL 500, Brasil) através de garras auto travantes e fixados a conectores de
metal (2,5 x 3,5 cm). As amostras tendíneas foram tracionadas até o ponto de
fracasso e captadas por uma célula de carga. Do gráfico tensão x deformação foram
analisados os dados biomecânicos. Para a análise estatística foi utilizado o teste
ANOVA one-way (p<0,05). RESULTADOS: O exercício físico foi capaz de diminuir
os níveis glicêmicos dos animais diabéticos treinados, porém sem o retorno a
normalidade. Quanto às alterações biomecânicas e estruturais tendíneas, o treinamento não evitou o aumento da rigidez tendínea (módulo elástico), a
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diminuição da área de seção transversal e o aumento da tensão no tendão.
CONCLUSÃO: O exercício físico em meio aquático, aplicado de maneira preventiva
e continuada, não foi suficiente para reverter às complicações tendíneas geradas
pelo diabetes, permanecendo o tendão predisposto a lesões, nem regularizar os
parâmetros clínicos avaliados. Contudo, um sinal de controle glicêmico foi
perceptível através do treinamento físico após a indução ao diabetes experimental.
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