Summary: | Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-05T14:53:16Z
No. of bitstreams: 2
Dissertaçao Rafaella da Nóbrega.pdf: 1018853 bytes, checksum: 03c7a8fc62253cea53b1eb9e5b2895ef (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-03-05T14:53:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Dissertaçao Rafaella da Nóbrega.pdf: 1018853 bytes, checksum: 03c7a8fc62253cea53b1eb9e5b2895ef (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Previous issue date: 2013-08 === O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos grandes desafios. No entanto, o crescimento da expectativa de vida da população tem levado a um aumento na incidência de doenças características do envelhecimento e tem proporcionado um interesse, cada vez maior, em estudos que visam novas estratégias para a prevenção e cura destas patologias. Várias evidências têm demonstrado que alterações mitocondriais e elevados níveis de estresse oxidativo estão fortemente associados ao desenvolvimento de muitas doenças típicas do envelhecimento como a doença de Huntington (DH). Vários modelos animais vêm sendo utilizados para estudar as características neuropatológicas e bioquímicas dessas doenças e determinar novas abordagens terapêuticas. O ácido 3-nitropropiônico (3-NP) é uma neurotoxina que inibe a enzima succinato desidrogenase, que está presente no ciclo de Krebs e no complexo II da cadeia respiratória mitocondrial. Sua inibição leva a um déficit energético, alteração na homeostase do cálcio, estresse oxidativo e morte celular, mimetizando muitos dos sintomas motores, cognitivos e psiquiátricos da doença de Huntington. Atualmente, não há nenhum tratamento que possa impedir, retardar ou inverter a progressão da DH, e compostos naturais com atividade antioxidante têm demonstrado efeito neuroprotetor. O eugenol, dentre suas diversas atividades, apresenta ação antioxidante e diante disso pode ter um efeito neuroprotetor frente a DH. Então, objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade neuroprotetora do eugenol sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos induzidos pela administração intraperitoneal de 3-NP. Avaliações comportamentais foram realizadas utilizando os modelos de campo aberto, rotarod e labirinto em cruz elevado. Foi avaliada também a atividade antioxidante in vitro do eugenol através do método de captura do radical livre DPPH˙; a atividade antioxidante in vivo, por meio da determinação da peroxidação lipídica (TBARS) e sua toxicidade aguda. A administração intraperitoneal de 3-NP (20 mg/kg por 7 dias) causou significativa perda de peso corporal, déficit motor e perda de retenção de memória quando comparado aos animais controle. Análises bioquímicas revelaram significativo aumento na peroxidação lipídica nas regiões cerebrais analisadas (substância negra, estriado e córtex). O tratamento diário com eugenol, por vial oral, durante os 7 dias em que o 3-NP foi administrado, melhorou significativamente o peso corporal, o desempenho motor e cognitivo quando comparado ao grupo 3-NP. Além disso, o tratamento com eugenol atenuou a peroxidação lipídica. Foi observado que o eugenol apresenta boa atividade antioxidante in vitro (IC50 = 33,12 μg/ml) em comparação com o padrão ácido ascórbico (IC50 = 3,676 μg/mL). A dose letal mínima do eugenol foi superior a 2g/kg. Estes resultados sugerem que o eugenol tem efeito neuroprotetor contra degeneração induzida pela neurotoxina 3-NP, provavelmente por ser um composto fenólico e possuir atividade antioxidante, sendo assim, um possível agente terapêutico para a DH.
|