Summary: | Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-05T13:19:57Z
No. of bitstreams: 2
Dissertação Anne Cecília da Cruz.pdf: 1272280 bytes, checksum: 6236134bc2affa7b3416cf930afc5838 (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-03-05T13:19:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Dissertação Anne Cecília da Cruz.pdf: 1272280 bytes, checksum: 6236134bc2affa7b3416cf930afc5838 (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Previous issue date: 2013-08 === A maioria dos fármacos utilizados na quimioterapia do câncer não possui especificidade para
as células tumorais, e em geral, são tóxicos aos tecidos de rápida proliferação. Esse é o
motivo, pelo qual muitos pacientes submetidos à quimioterapia sofrem com alopecia,
estomatite, necrose da mucosa do cólon, anorexia, náuseas e vômitos. Dessa forma, uma
preocupação constante dos pesquisadores é encontrar um tratamento eficaz, com o mínimo de
efeitos colaterais para curar o câncer. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo a
avaliação da atividade anticâncer in vitro e in vivo da nitrofurantoína, um antibiótico, derivado
do nitrofurano, comumente prescrito para prevenir e tratar infecções do trato urinário. Para
isso, foram realizadas as atividades citotóxicas em células tumorais HT-29, MCF-7, HL-60 e
NCI-H292 (através do método do brometo de 3-(4,5-dimetiltizol-2-il)-2,5-difeniltetrazolio),
viabilidade celular através do azul tripan e análise morfológica. A determinação da atividade
antitumoral in vivo foi realizada em camundongos albinos suíços (Mus musculus) frente ao
Carcinoma de Ehrlich. A nitrofurantoína apresentou efeitos citotóxicos nas linhagens testadas,
com CI50 de 72 horas variando de 0,8 a 7,2 μg/mL frente às células HT-29, MCF-7 e NCIH292;
e CI50 de 24 horas frente a células tumorais HL-60 no valor de 5,0 μg/mL. No ensaio
de viabilidade por azul de tripan a nitrofurantoína reduziu significativamente o número de
células viáveis nas concentrações testadas. A redução foi de 62,1% e 52,7% nas
concentrações de 10 e 5 μg/mL, respectivamente. A análise morfológica das alterações
celulares avaliada pelo método de coloração Hematoxilina/Eosina revelou características
típicas de apoptose (membrana íntegra, condensação da cromatina e desintegração do material
nuclear) e necrose (picnose e desintegração citoplasmática). A nitrofurantoína não foi capaz
de causar hemólise em eritrócitos de camundongos. Em todas as doses testadas a
nitrofurantoína inibiu o crescimento tumoral in vivo de forma significativa em relação ao
controle. O tratamento com a nitrofurantoína não provocou alteração sobre a maioria a
parâmetros hematológicos estudados em camundongos adultos. Os animais tratados com as
diferentes doses não apresentaram alteração no índice do baço, mas houve redução
significativa nos índices do fígado e do rim em relação ao grupo controle negativo, porém
essa redução foi menor que a provocada pela doxorrubicina, fármaco utilizado na clínica para
tratar o câncer. Com base nesses resultados foi possível concluir que a nitrofurantoína possuí
potencial citotóxico frente às linhagens de células testadas e significante redução do
crescimento do carcinoma de Ehrlich in vivo, podendo representar um protótipo para a síntese
de análogos contra o câncer.
|