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Previous issue date: 2013-02-27 === FINEP === O Rio Paracauari é o principal rio que drena a porção nordeste da Ilha de Marajó,
estado do Pará, maior ilha fluvio‐estuarina do mundo, e que integra a rede fluvial da foz da
Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas. O presente trabalho visou caracterizar o
funcionamento hidrodinâmico do baixo‐estuário rio Paracauari e quantificar o aporte de
sedimentos do mesmo para a baía de Marajó em função do regime sazonal das chuvas na
região, com amostragens durante os períodos de maior volume de precipitação, de
dezembro a maio (caracterizado como período chuvoso), e o período de menor volume de
precipitação, de junho a novembro (caracterizado como período de estiagem). Para cada
uma das estações sazonais, as amostragens consideraram ainda a variabilidade ao longo do
ciclo de maré de sizígia a cobertura sedimentar de fundo e das cargas de material
particulado e em suspensão transportados, vazão, intensidade e direção das correntes de
maré e salinidade em três sessões transversais correspondentes à foz do Paracauari, e às
áreas de confluência dos rios do Saco e das Mangueiras, com três pontos amostrais por
seção correspondendo às margens direita e esquerda, e ao centro do canal principal. O
sistema Paracauari se relacionou fortemente com a sazonalidade das chuvas. No período de
estiagem a influência das águas marinhas é modulada pelas marés e alcança as áreas de
confluência com os rios do Saco e das Mangueiras, com uma vazão líquida para a baía de
Marajó de 98.594 m3.s‐1 no ciclo de maré estudado, com salinidade média de 6 na foz do rio
Paracauari. No período chuvoso, a vazão líquida para a baia de Marajó foi de 65.269 m3.s‐1
ao final do ciclo de maré, com salinidades sempre inferiores a 2 nas seções estudadas. Esta
diferença na vazão líquida entre os períodos se deu ao fato de que no período de estiagem,
há menor resistência exercida sob o rio Paracauari pela baía de Marajó. A concentração de
material particulado em suspensão se apresentou maior no período chuvoso, bem como os
níveis de OBS, como consequência do maior carreamento de materiais pela drenagem fluvial
e ressuspensão do material de fundo pela maior intensidade das correntes. O sedimento de
fundo apresenta uma maior proporção da fração arenosa no período chuvoso em resposta
ao aumento da descarga da bacia de drenagem, comparada ao período de estiagem. O
sistema do rio Paracauari atua como exportador de sedimento, nutrientes e outras
propriedades físico‐químicas para a baía de Marajó tanto no período chuvoso quanto de
estiagem.
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