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ACESSO E GESTÃO DA ÁGUA EM SITUAÇÃO DE ESCASSEZ IMPLANTAÇÃO .pdf: 2706586 bytes, checksum: 455e678b1bdbd5aa42bbb245b50f6844 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-03-05T12:20:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2
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Previous issue date: 2012 === O recurso natural água compõe o grupo dos elementos naturais essenciais à existência e perpetuação da vida na Terra, sendo um fator limitante para o desenvolvimento humano. Mesmo sendo um elemento natural de maior importância para sobrevivência dos seres vivos, as crescentes formas de lhe causar impactos negativos têm feito da água de boa qualidade um recurso cada vez mais escasso, em que seu uso racional torna-se indispensável para sustentabilidade do planeta, especialmente nas regiões que apresentam escassez hídrica, como o semiárido brasileiro. Assim sendo, o presente trabalho apresenta como objeto de estudo, o uso e a gestão da água realizados por pequenos produtores rurais, captada e armazenada através de tecnologias sociais implantadas em áreas de escassez. A pesquisa teve como área de estudo o alto trecho da bacia do rio Pajeú, Pernambuco, local de atuação ativa de movimentos sociais e organizações não-governamentais no intuito de desenvolver as tecnologias citadas. Buscou-se analisar o acesso e a gestão da água no contexto da escassez, avaliando se o paradigma da convivência com o semiárido compõe o princípio básico da implantação e manutenção desse grupo de tecnologias sociais desenvolvidas na área de estudo. Para se atingir o objetivo, foi realizada pesquisa bibliográfica acerca das tecnologias sociais de captação e armazenamento de água e sobre o paradigma da convivência com o semiárido; visitas ao alto trecho da bacia do rio Pajeú para observação direta; entrevistas informais com técnicos de movimentos sociais e organizações não-governamentais; e aplicação de questionário com pequenos produtores rurais residentes na área de estudo e beneficiados pelas tecnologias sociais de captação e armazenamento de água. Essas tecnologias, aplicadas no alto trecho da bacia do Pajeú, são simples e capazes de captar diretamente a água da chuva ou de cursos d’águas, buscando soluções para os problemas básicos do povo, especialmente o acesso à água para consumo doméstico e para pequena produção familiar de subsistência, são, também, manejáveis, facilmente replicáveis, controláveis pela população local e estão pautadas nos princípios da sustentabilidade. De fato, o acesso e a boa gestão da água têm sido uma preocupação histórica no semiárido brasileiro, visto que a região possui características climáticas de concentração de chuvas em um curto período de tempo e estiagens cíclicas prolongadas. Contudo a pesquisa comprovou a hipótese de que o emprego de tecnologias sociais simples, baratas e sustentáveis de captação e armazenamento na região propicia o acesso facilitado à água potável de qualidade e em quantidades apropriadas para os fins que se dispõem a cumprir, e que associada a uma gestão integrada e participativa consegue elevar a melhoria da qualidade de vida da população local, visto que proporciona a intensificação da produção familiar, geração de renda e diminuição de patologias oriundas do contato com a água contaminada. Nesse sentido, concluiu-se que a busca pela lógica da convivência, por parte da população local, com as características do semiárido brasileiro, passa, necessariamente, pela formulação, execução e monitoramento dessas tecnologias sociais.
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