Evolução da força de mordida, encefalização e socialidade em canídeos (Carnivora: Mammalia)
Submitted by Etelvina Domingos (etelvina.domingos@ufpe.br) on 2015-03-04T18:45:57Z No. of bitstreams: 2 Dissertaçao Elis Silva.pdf: 3074148 bytes, checksum: 8450abaab8fee35e6afa8e867a780dae (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) === Made available in DSpace o...
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Universidade Federal de Pernambuco
2015
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Previous issue date: 2011 === FACEPE === As formas em que as diferenças taxonômicas na morfologia, comportamento ou
história de vida se relacionam uns com os outros têm sido usadas regularmente para
testar idéias sobre forças seletivas envolvidas na sua evolução. A comparação entre
espécies é a técnica mais utilizada para examinar como os organismos estão adaptados
aos seus ambientes. Os objetivos deste trabalho são: testar a correlação entre força de
mordida e volume encefálico a reconstruir os estados ancestrais para estes caracteres e
para a dieta e para a socialidade nos canídeos. Para isso foi calculada a força de
mordida bruta e seu quociente, baseada na teoria de vigas e o volume encefálico e seu
quociente baseado em três medidas cranianas. As espécies que apresentaram o maior
quociente de força de mordida (QFM) foram Speothos venaticus (155,89), Cuon alpinus
(148,24), Lycalopex fulvipes (147,61) e Lycaon pictus (144,07) devido a várias
adaptações adquiridas com a hipercarnivoria. As espécies com os maiores valores de
quociente de volume encefálico (QVE) foram S. venaticus, C. alpinus e L. pictus com
respectivamente 141,35; 139,01 e 131,61 possivelmente devido às mesmas adaptações
que os fizeram possuir os maiores valores de QFM. Os maiores valores de força de
mordida pertencem a Canis lupus (830,51Pa), Lycaon pictus (719,03Pa) e C. rufus
(530,52Pa); e os menores a Urocyon littoralis (98,14Pa), Vulpes macrotis (92,53Pa) e
Vulpes zerda (72,6Pa). Canis lupus (159,29mm3), Lycaon pictus (146,94mm3) e
Chrysocyon brachyurus (120,84mm3) possuem os maiores volumes encefálicos brutos e
Nyctereutes procyonoides (28,2mm3), Vulpes rueppelli (27,86mm3) e Vulpes zerda
(20,65mm3). Tanto o volume encefálico quanto a força de mordida estão intimamente
ligados ao tamanho corpóreo. A correlação dos contrastes independentes mostrou que
não há correlação entre o QVE e o QFM (r=0,049) nem entre o QVE e o VE bruto
(r=0,076), e uma correlação fraca entre QFM e FM (r=0,37), o que mostra eficácia na
correção para o tamanho. A reconstrução dos estados ancestrais mostrou uma maior
força de mordida no clado dos canídeos sul-americanos+Canis (130,86) e menor no
clado das raposas (126,82). O ancestral com o maior valor de quociente do volume
encefálico é o ancestral de Speothos+Chrysocyon (111,78) seguido do ancestral do clado
Canis+Cuon (111,74) e Lycaon+Canis+Cuon (110,37). Já o QVE do ancestral das
raposas (Vulpes e Alopex) é de 101,5 e do clado Nyctereutes+Otocyon é 100,34. Os
resultados mostram que há uma relação entre a especialização dietária e a encefalização
além da co-evolução do QVE e a socialidade, mas não há correlação entre QFM e QVE.
Os maiores valores de QFM e QVE, assim como a hipercarnivoria e a socialidade
obrigatória surgem apenas nos ramos terminais. |
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Moraes, Diego Astúa de |
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Moraes, Diego Astúa de Damasceno Silva, Elis Marina |
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufpe.br-123456789-105042019-01-21T19:14:17Z Evolução da força de mordida, encefalização e socialidade em canídeos (Carnivora: Mammalia) Damasceno Silva, Elis Marina Moraes, Diego Astúa de Hingst-Zaher, Erika Submitted by Etelvina Domingos (etelvina.domingos@ufpe.br) on 2015-03-04T18:45:57Z No. of bitstreams: 2 Dissertaçao Elis Silva.pdf: 3074148 bytes, checksum: 8450abaab8fee35e6afa8e867a780dae (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Made available in DSpace on 2015-03-04T18:45:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertaçao Elis Silva.pdf: 3074148 bytes, checksum: 8450abaab8fee35e6afa8e867a780dae (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2011 FACEPE As formas em que as diferenças taxonômicas na morfologia, comportamento ou história de vida se relacionam uns com os outros têm sido usadas regularmente para testar idéias sobre forças seletivas envolvidas na sua evolução. A comparação entre espécies é a técnica mais utilizada para examinar como os organismos estão adaptados aos seus ambientes. Os objetivos deste trabalho são: testar a correlação entre força de mordida e volume encefálico a reconstruir os estados ancestrais para estes caracteres e para a dieta e para a socialidade nos canídeos. Para isso foi calculada a força de mordida bruta e seu quociente, baseada na teoria de vigas e o volume encefálico e seu quociente baseado em três medidas cranianas. As espécies que apresentaram o maior quociente de força de mordida (QFM) foram Speothos venaticus (155,89), Cuon alpinus (148,24), Lycalopex fulvipes (147,61) e Lycaon pictus (144,07) devido a várias adaptações adquiridas com a hipercarnivoria. As espécies com os maiores valores de quociente de volume encefálico (QVE) foram S. venaticus, C. alpinus e L. pictus com respectivamente 141,35; 139,01 e 131,61 possivelmente devido às mesmas adaptações que os fizeram possuir os maiores valores de QFM. Os maiores valores de força de mordida pertencem a Canis lupus (830,51Pa), Lycaon pictus (719,03Pa) e C. rufus (530,52Pa); e os menores a Urocyon littoralis (98,14Pa), Vulpes macrotis (92,53Pa) e Vulpes zerda (72,6Pa). Canis lupus (159,29mm3), Lycaon pictus (146,94mm3) e Chrysocyon brachyurus (120,84mm3) possuem os maiores volumes encefálicos brutos e Nyctereutes procyonoides (28,2mm3), Vulpes rueppelli (27,86mm3) e Vulpes zerda (20,65mm3). Tanto o volume encefálico quanto a força de mordida estão intimamente ligados ao tamanho corpóreo. A correlação dos contrastes independentes mostrou que não há correlação entre o QVE e o QFM (r=0,049) nem entre o QVE e o VE bruto (r=0,076), e uma correlação fraca entre QFM e FM (r=0,37), o que mostra eficácia na correção para o tamanho. A reconstrução dos estados ancestrais mostrou uma maior força de mordida no clado dos canídeos sul-americanos+Canis (130,86) e menor no clado das raposas (126,82). O ancestral com o maior valor de quociente do volume encefálico é o ancestral de Speothos+Chrysocyon (111,78) seguido do ancestral do clado Canis+Cuon (111,74) e Lycaon+Canis+Cuon (110,37). Já o QVE do ancestral das raposas (Vulpes e Alopex) é de 101,5 e do clado Nyctereutes+Otocyon é 100,34. Os resultados mostram que há uma relação entre a especialização dietária e a encefalização além da co-evolução do QVE e a socialidade, mas não há correlação entre QFM e QVE. Os maiores valores de QFM e QVE, assim como a hipercarnivoria e a socialidade obrigatória surgem apenas nos ramos terminais. 2015-03-04T18:45:57Z 2015-03-04T18:45:57Z 2011-01-31 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis SILVA, Elis Marina Damasceno. Evolução da força de mordida, encefalização e socialidade em canídeos (Carnivora: Mammalia). Recife, 2011. 73 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciências Biológicas. Pós-graduação em Biologia Animal, 2011. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10504 br Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |