Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória

Made available in DSpace on 2018-09-11T12:29:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_12554_Dissertação Preliminar - Thatiany Jardim Batista.pdf: 1674010 bytes, checksum: 5508a3c28ef25333dff86985baa8f2b1 (MD5) Previous issue date: 2018-08-31 === Estudos prévios do nosso grupo mostraram que exposição a...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: BATISTA, T. J.
Other Authors: SILVA, V. J. D.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/10392
id ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufes.br-10-10392
record_format oai_dc
collection NDLTD
format Others
sources NDLTD
description Made available in DSpace on 2018-09-11T12:29:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_12554_Dissertação Preliminar - Thatiany Jardim Batista.pdf: 1674010 bytes, checksum: 5508a3c28ef25333dff86985baa8f2b1 (MD5) Previous issue date: 2018-08-31 === Estudos prévios do nosso grupo mostraram que exposição aguda a altas doses do composto organofosforado (OP), clorpirifós (CPF), prejudicaram os reflexos cardiorrespiratórios em ratos. Aliado a isso alguns estudos indicam que a exposição prolongada a compostos OP prejudica a função cardiovascular, produzindo hipertrofia cardíaca e alterando as propriedades mecânicas da aorta. Entretanto, permanecia inexplorado se a exposição prolongada ao CPF também afeta a regulação cardiorrespiratória tônica e reflexa. Ratos Wistar foram intoxicados com CPF, por via intraperitoneal (i.p.), por 4 semanas (3 vezes/semana) ou 12 semanas (1 vez/semana), nas seguintes doses: 7 mg/kg (CPF 7; 4 semanas, n=14; 12 semanas, n=14) e 10 mg/kg (CPF 10; 4 semanas, n=9; 12 semanas, n=12). O grupo controle recebeu solução salina (NaCl, 0,9%) para o mesmo período (SAL; 4 semanas, n=9; 12 semanas, n=13). No final do tratamento, a artéria e veia femoral foram cateterizadas sob anestesia com tribromoetanol (250 mg/kg, i.p.), para permitir registros de pressão arterial e administração de drogas, respectivamente. Após 24 horas de recuperação da cirurgia, foi registrada a pressão arterial pulsátil (PAP), da qual foram derivadas a pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC). Neste mesmo período foram feitos registros pletismográficos de frequência respiratória (fR), volume corrente (VT) e volume minuto (VE). As respostas quimiorreflexas foram avaliadas por injeções intravenosas de KCN (10, 20, 40 e 80 μg) enquanto o barorreflexo espontâneo foi avaliado a partir de gravações da PAS e intervalo de pulso (IP) através do método de sequência. Estas gravações também foram utilizadas para avaliar a variabilidade de frequência cardíaca (VFC) no domínio do tempo e da frequência (análise espectral). Por fim, a atividade da acetilcolinesterase (AChE) cerebral e butirilcolinesterase (BuChE) plasmática foram quantificadas. Os resultados mostraram que a atividade enzimática dos animais intoxicados com CPF foi significativamente menor do que o controle. Além disso, os animais tratados por 4 semanas com CPF 10 apresentaram menor ganho de peso. Não foram observadas diferenças nos valores basais de PAD, PAS, PAM, FC e fR, bem como nos índices de VFC no domínio do tempo entre os grupos, tanto após 4 ou 12 semanas de tratamento. Na análise espectral foi observado um aumento apenas para a banda de muito baixa frequência (VLF). Animais tratados com CPF apresentaram um comprometimento no ganho do barorreflexo para rampas ascendentes e no índice de efetividade do barorreflexo (BEI). A resposta bradicárdica quimiorreflexa foi significativamente reduzida nos ratos tratados com CPF em ambos períodos de tratamento quando comparados com os grupos controle. Não houve diferença na resposta pressora quimiorreflexa nem na resposta taquipneica entre os grupos nos dois períodos de tratamento. Por outro lado, o grupo CPF 10 apresentou aumento de VT em ambos períodos de tratamento e um aumento no VE, mas somente após 1 mês de tratamento. Semelhante ao que foi previamente demonstrado após exposição aguda ao CPF, a exposição crônica a baixas doses também prejudica a função cardiorrespiratória em ratos. Esses resultados podem ter implicações clínicas importantes para os trabalhadores, como os agricultores, frequentemente expostos a esses compostos. Palavras-chave: clorpirifós, quimiorreflexo, barorreflexo, VFC, BuChE, AChE, respiratório.
author2 SILVA, V. J. D.
author_facet SILVA, V. J. D.
BATISTA, T. J.
author BATISTA, T. J.
spellingShingle BATISTA, T. J.
Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória
author_sort BATISTA, T. J.
title Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória
title_short Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória
title_full Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória
title_fullStr Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória
title_full_unstemmed Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória
title_sort efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória
publisher Universidade Federal do Espírito Santo
publishDate 2018
url http://repositorio.ufes.br/handle/10/10392
work_keys_str_mv AT batistatj efeitosdaexposicaocronicaaoorganofosforadoclorpirifossobreafuncaocardiorespiratoria
_version_ 1718865710301577216
spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufes.br-10-103922019-01-21T19:30:26Z Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória BATISTA, T. J. SILVA, V. J. D. SANTOS, L. BISSOLI, N. S. SAMPAIO, K. N. Made available in DSpace on 2018-09-11T12:29:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_12554_Dissertação Preliminar - Thatiany Jardim Batista.pdf: 1674010 bytes, checksum: 5508a3c28ef25333dff86985baa8f2b1 (MD5) Previous issue date: 2018-08-31 Estudos prévios do nosso grupo mostraram que exposição aguda a altas doses do composto organofosforado (OP), clorpirifós (CPF), prejudicaram os reflexos cardiorrespiratórios em ratos. Aliado a isso alguns estudos indicam que a exposição prolongada a compostos OP prejudica a função cardiovascular, produzindo hipertrofia cardíaca e alterando as propriedades mecânicas da aorta. Entretanto, permanecia inexplorado se a exposição prolongada ao CPF também afeta a regulação cardiorrespiratória tônica e reflexa. Ratos Wistar foram intoxicados com CPF, por via intraperitoneal (i.p.), por 4 semanas (3 vezes/semana) ou 12 semanas (1 vez/semana), nas seguintes doses: 7 mg/kg (CPF 7; 4 semanas, n=14; 12 semanas, n=14) e 10 mg/kg (CPF 10; 4 semanas, n=9; 12 semanas, n=12). O grupo controle recebeu solução salina (NaCl, 0,9%) para o mesmo período (SAL; 4 semanas, n=9; 12 semanas, n=13). No final do tratamento, a artéria e veia femoral foram cateterizadas sob anestesia com tribromoetanol (250 mg/kg, i.p.), para permitir registros de pressão arterial e administração de drogas, respectivamente. Após 24 horas de recuperação da cirurgia, foi registrada a pressão arterial pulsátil (PAP), da qual foram derivadas a pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC). Neste mesmo período foram feitos registros pletismográficos de frequência respiratória (fR), volume corrente (VT) e volume minuto (VE). As respostas quimiorreflexas foram avaliadas por injeções intravenosas de KCN (10, 20, 40 e 80 μg) enquanto o barorreflexo espontâneo foi avaliado a partir de gravações da PAS e intervalo de pulso (IP) através do método de sequência. Estas gravações também foram utilizadas para avaliar a variabilidade de frequência cardíaca (VFC) no domínio do tempo e da frequência (análise espectral). Por fim, a atividade da acetilcolinesterase (AChE) cerebral e butirilcolinesterase (BuChE) plasmática foram quantificadas. Os resultados mostraram que a atividade enzimática dos animais intoxicados com CPF foi significativamente menor do que o controle. Além disso, os animais tratados por 4 semanas com CPF 10 apresentaram menor ganho de peso. Não foram observadas diferenças nos valores basais de PAD, PAS, PAM, FC e fR, bem como nos índices de VFC no domínio do tempo entre os grupos, tanto após 4 ou 12 semanas de tratamento. Na análise espectral foi observado um aumento apenas para a banda de muito baixa frequência (VLF). Animais tratados com CPF apresentaram um comprometimento no ganho do barorreflexo para rampas ascendentes e no índice de efetividade do barorreflexo (BEI). A resposta bradicárdica quimiorreflexa foi significativamente reduzida nos ratos tratados com CPF em ambos períodos de tratamento quando comparados com os grupos controle. Não houve diferença na resposta pressora quimiorreflexa nem na resposta taquipneica entre os grupos nos dois períodos de tratamento. Por outro lado, o grupo CPF 10 apresentou aumento de VT em ambos períodos de tratamento e um aumento no VE, mas somente após 1 mês de tratamento. Semelhante ao que foi previamente demonstrado após exposição aguda ao CPF, a exposição crônica a baixas doses também prejudica a função cardiorrespiratória em ratos. Esses resultados podem ter implicações clínicas importantes para os trabalhadores, como os agricultores, frequentemente expostos a esses compostos. Palavras-chave: clorpirifós, quimiorreflexo, barorreflexo, VFC, BuChE, AChE, respiratório. 2018-09-11T12:29:37Z 2018-09-11 2018-09-11T12:29:37Z 2018-08-31 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis BATISTA, T. J., Efeitos da exposição crônica ao organofosforado clorpirifós sobre a função cardiorespiratória http://repositorio.ufes.br/handle/10/10392 info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal do Espírito Santo Mestrado em Ciências Farmacêuticas Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas UFES BR reponame:Repositório Institucional da UFES instname:Universidade Federal do Espírito Santo instacron:UFES