AVALIAÇÃO FENOTÍPICA DE CÉLULAS MUSCULARES LISAS VASCULARES DE AORTA DE RATOS ESTIMULADAS POR LIPOPOLISSACARÍDEO

Made available in DSpace on 2018-09-11T12:28:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_12582_Dissertação Felipe Bichi Strela.pdf: 2034014 bytes, checksum: 1cf250eebf9a2222fb47ea6cc895ad78 (MD5) Previous issue date: 2018-09-10 === A sepse é definida como uma disfunção orgânica potencialmente fatal, caus...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: STRELA, F. B.
Other Authors: Carmem Luiza Sartorio
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/10388
Description
Summary:Made available in DSpace on 2018-09-11T12:28:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_12582_Dissertação Felipe Bichi Strela.pdf: 2034014 bytes, checksum: 1cf250eebf9a2222fb47ea6cc895ad78 (MD5) Previous issue date: 2018-09-10 === A sepse é definida como uma disfunção orgânica potencialmente fatal, causada por uma resposta desregulada do hospedeiro frente a uma infecção. Apresenta incidência e número de sobreviventes crescentes nas últimas duas décadas, sendo que estes sobreviventes apresentam risco elevado de desenvolver complicações, como eventos cardiovasculares, e mortalidade aumentada nos anos subsequentes a sepse. O lipopolissacarídeo (LPS) ativa os receptores do tipo toll 4 (TLR4), contribuindo para a resposta inflamatória na sepse. O TLR4 é também expresso em células musculares lisas vasculares (CMLVs), podendo modular o perfil fenotípico destas, e, cooperar para a fisiopatologia da sepse e alterações cardiovasculares no pós sepse. Objetivo: Avaliar os efeitos da estimulação com LPS sobre diferentes fenótipos de CMLVs, em cultura. Métodos: CMLVs primárias de aorta de ratos Wistar foram incubadas com LPS (1μg/mL) em diferentes protocolos experimentais. Duas condições de incubação foram usadas nos ensaios de contração e migração celulares: (1) estimulação aguda: estímulo iniciado nos ensaios; (2) Pré-condicionamento: estimulação por 24 ou 48 horas e retirada do estímulo nos ensaios. A Migração e contração celulares foram avaliadas utilizando os métodos de wound-healing e contração em gel de colágeno, respectivamente. Foram avaliadas também, a produção de óxido nítrico pela reação de Griess, a expressão gênica de citocinas, vimentina, colágeno e SM-22α, por RT-PCR, e a produção de IL-6 por ELISA. Resultados: A incubação com LPS por 6 horas aumentou a expressão de citocinas (IL-1β: 794%, IL-6: 2310%, TNFα: 380%, MCP-1: 99%), e por 24 horas aumentou a expressão gênica de marcadores de fenótipo secretório (colágeno: 27%, vimentina: 29%), e SM22α (53%), molécula relacionada com migração e contração celular. O LPS aumentou a secreção de IL-6 após 24 horas (487%) e 48 horas (418%), e de NO após 8 horas (8%) e 24 horas (52%), aumentos estes na produção de NO revertidos pela aminoguanidina (inibidor da iNOS). A estimulação aguda com LPS reduziu a migração (-20%) e a contração (-38%), achados revertidos pela aminoguanidina. O pré-condicionamento com LPS aumentou a migração (16%) e a contração (154%) das CMLVs, achados estes revertidos com tocilizumabe (inibidor do receptor de IL-6). Conclusão: O LPS exerce efeitos modulando os fenótipos secretório, contrátil e migratório. A estimulação aguda com LPS promoveu redução, dependente do óxido nítrico, da resposta migratória e contrátil, sugerindo que as respostas agudas das CMLVs ao LPS podem contribuir para a fisiopatologia da sepse. Já o pré-condicionamento com LPS, promoveu aumentos, dependentes da IL-6, na migração e contração das CMLVs, com possível participação da SM22α, o que evidência que estas células mesmo após interrupção do estímulo apresentam modificações de fenótipo que podem contribuir para ocorrência de eventos cardiovasculares.