As amarras do tempo em O continente : entre o movimento, a duração e a espera

A presente dissertação investiga a narrativa do tempo em O Continente, romance de Erico Verissimo que abre a trilogia O tempo e o vento. Explora os seus vários aspectos e nuances, buscando decifrar sua relevância e a sua significação. Dessa forma, o trabalho defende a hipótese de que o romance, r...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Erbes, Luiz Carlos
Other Authors: Arendt, João Claudio
Language:Portuguese
Published: 2014
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ucs.br/handle/11338/768
Description
Summary:A presente dissertação investiga a narrativa do tempo em O Continente, romance de Erico Verissimo que abre a trilogia O tempo e o vento. Explora os seus vários aspectos e nuances, buscando decifrar sua relevância e a sua significação. Dessa forma, o trabalho defende a hipótese de que o romance, rico em leituras, trata também da questão do tempo, a partir da organização do texto, em que o cerco ao Sobrado envolve a narrativa; do movimento, ora cíclico ora linear; à experiência da duração, explorando a vivência da passagem de horas, dias e meses; e da própria tematização do tempo, a partir de reflexões, da vivência da espera pelas personagens. Inserido em um espaço específico, o tempo adquire aspectos regionais, à medida que a vivência temporal se modifica. === This paper examines the narrative of time in O Continente, the first novel of Erico Verissimo's trilogy O tempo e o vento. The study explores different aspects and nuances of time with the purpose of understanding its relevance and meaning in the context of such literary work. The paper supports the claim that the novel, plentiful of possible readings, also deals with the issue of time due to the structure of the text, framed by the siege of the Sobrado; to its development, sometimes cyclic sometimes linear; to duration, experienced by the passing of hours, days and months; and to the theme of time itself, verified through characters' thoughts and their experience of waiting. Contextualized in that specific space, time acquires regional features as temporal experience changes.