A linguagem da educação ambiental e a construção da pertença planetária
A presente investigação tem como objetivo principal construir conexões entre os sentidos da linguagem dos educadores de educação ambiental com relação ao manejo dos resíduos sólidos no espaço escolar e a forma como os alunos aprendem a pertença planetária. Para isso, dividimos a dissertação em três...
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2014
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Educação ambiental Educação - Filosofia Environmental education Language Brustolin, Rosane Kohl A linguagem da educação ambiental e a construção da pertença planetária |
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A presente investigação tem como objetivo principal construir conexões entre os sentidos da linguagem dos educadores de educação ambiental com relação ao manejo dos resíduos sólidos no espaço escolar e a forma como os alunos aprendem a pertença planetária. Para isso, dividimos a dissertação em três capítulos. No primeiro capítulo apresentamos a matriz teórica na qual prepondera a Biologia do Conhecer e a Biologia do Amor de Humberto Maturana (1997, 1998, 2001), a partir dos conceitos que embasam a investigação: domínios de ação, acoplamento estrutural, autopoiese, linguagem, conversações, convivência, emoções. Do ponto de vista da educação ambiental, os teóricos que ancoram o estudo desenvolvido dialogam com Maturana no aspecto do paradigma sistêmico na educação ambiental: Gadotti (2000), Vasconcellos (2001), Reigota (1999), Morin; Ciurana; Motta (2003), Carvalho (2006), Leff (2001), Capra e Steindl-Rast (1990), Grün (1996). O segundo capítulo apresenta o percurso metodológico apoiado na proposta de Moraes; Galiazzi (2007) que se efetiva pelo processo de imersão e impregnação nos dados transcritos de grupos focais efetuados na escola de ensino fundamental onde se deu a pesquisa: unitarização e categorização dos elementos encontrados no corpus, análise através da qual procuramos responder a pergunta que constitui o problema e move a reflexão: a linguagem em educação ambiental, da forma como trata a questão dos resíduos sólidos no espaço escolar, possibilita aprender os sentidos de pertencer e habitar? Buscando responder à pergunta, no terceiro capítulo, são apresentados a descrição e a interpretação dos dados do corpus, analisando a linguagem da educação ambiental em seus diversos domínios tendo duas categorias como marcadores: domínios de ação e convivência da educação ambiental que, através de subcategorias, descreve as ações, interpreta o uso dos termos e a legislação, analisa o discurso, os projetos e o cuidado com o ambiente escolar; domínio das emoções na conversação que analisa as emoções de desalento, a negação do outro, a responsabilidade, a aceitação do outro. O diálogo entre as categorias permite concluir que, possivelmente, a educação ambiental no espaço escolar não construa nos alunos a pertença planetária: os domínios de ação na qual acontece a educação ambiental não os perturbam, uma vez que não ocorre a interação com os problemas ambientais do bairro e as emoções que movem as ações são de negação do outro e de desalento. Esse estudo discorre, também, sobre a possibilidade de constituir uma educação ambiental sustentável, que comporte a responsabilidade e a aceitação do outro ao compartilhar e que configure, nos sujeitos, a convivência e a construção da pertença planetária, através de ações pedagógicas no falar e no fazer, tais como: promover o conhecimento, a interação, a transformação e o cuidado com o espaço escolar e com o lugar onde moram, observando o bairro, cultivando hortas, jardins e árvores, segregando e acondicionando adequadamente os resíduos sólidos, bem como provendo a minimização de sua geração e destinação adequada de acordo com a legislação. === The main purpose of this work is to build links between the senses of environmental educators’ language , related to the management of solid waste at school, and the way in which students learn about their belonging to this planet. For that, we divide the work in three chapters. In the first chapter, we present the theoretical matrix, based on the Biology of Knowing and the Biology of Love by Humberto Maturana (1997, 1998, 2001), from the concepts which are the basis of this piece of research: action fields, structural coupling, autopoiesis, language, conversations, living together, emotions. From the point of view of environmental education, the theoreticians who anchor the study developed agree with Maturana in the aspect of the systemic paradigm in environmental education: Gadotti (2000), Vasconcellos (2001), Reigota (1999), Morin; Ciurana; Motta (2003), Carvalho (2006), Leff (2001), Capra e Steindl-Rast (1990), Grün (1996). The second chapter presents the methodological trajectory anchored in a proposal by Moraes; Galiazzi (2007) which becomes effective by the process of immersion and impregnation in the transcriptions from focal groups made at the primary school where this study took place: unitarianisation and categorization of elements found in the corpus, analysis through which we tried to answer the question that constitutes the problem and encourages reflection: Does language used in environmental education, and the way in which it refers to solid waste at school, make possible to learn the senses of belonging and inhabit? Trying to answer this question, in the third chapter, we present a description and an interpretation of the data of the corpus, analyzing the language used in environmental education in its various fields, and we note two categories as markers: fields of action and coexistence of environmental education. Through subcategories, actions are described, the use of terms and laws is interpreted, discourse is analyzed, together with projects and care at school; domain of emotions in conversation which analyses emotions of discouragement, negation of the other, responsibility, and acceptance of the other. The dialogue among categories allows to conclude that, possibly, environmental education at school dos not build in students the consciousness of their belonging to the planet: the fields of action in which environmental education happens do not bother them, as there is no interaction with the environmental problems of their neighborhood, and emotions that lead to actions are those of negation of the other and discouragement. This study also treats the possibility of constituting a sustainable environmental education, which can cope with responsibility and acceptance of the other when sharing, constructing in subjects, cohabitation and building of a planet belonging consciousness, through pedagogical actions in talking and doing, as: promoting knowledge, interaction, transformation, and care of the school , as well as of the place where they live, observing the neighborhood, cultivating orchards, gardens, and trees, segregating and properly conditioning solid wastes, as well as providing the minimization of their generation and adequate destination , according to law. |
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ucs.br-11338-6402019-01-21T18:56:35Z A linguagem da educação ambiental e a construção da pertença planetária Brustolin, Rosane Kohl Pelanda, Nize Maria Campos Stecanela, Nilda Soares, Eliana Maria do Sacramento Educação ambiental Educação - Filosofia Environmental education Language A presente investigação tem como objetivo principal construir conexões entre os sentidos da linguagem dos educadores de educação ambiental com relação ao manejo dos resíduos sólidos no espaço escolar e a forma como os alunos aprendem a pertença planetária. Para isso, dividimos a dissertação em três capítulos. No primeiro capítulo apresentamos a matriz teórica na qual prepondera a Biologia do Conhecer e a Biologia do Amor de Humberto Maturana (1997, 1998, 2001), a partir dos conceitos que embasam a investigação: domínios de ação, acoplamento estrutural, autopoiese, linguagem, conversações, convivência, emoções. Do ponto de vista da educação ambiental, os teóricos que ancoram o estudo desenvolvido dialogam com Maturana no aspecto do paradigma sistêmico na educação ambiental: Gadotti (2000), Vasconcellos (2001), Reigota (1999), Morin; Ciurana; Motta (2003), Carvalho (2006), Leff (2001), Capra e Steindl-Rast (1990), Grün (1996). O segundo capítulo apresenta o percurso metodológico apoiado na proposta de Moraes; Galiazzi (2007) que se efetiva pelo processo de imersão e impregnação nos dados transcritos de grupos focais efetuados na escola de ensino fundamental onde se deu a pesquisa: unitarização e categorização dos elementos encontrados no corpus, análise através da qual procuramos responder a pergunta que constitui o problema e move a reflexão: a linguagem em educação ambiental, da forma como trata a questão dos resíduos sólidos no espaço escolar, possibilita aprender os sentidos de pertencer e habitar? Buscando responder à pergunta, no terceiro capítulo, são apresentados a descrição e a interpretação dos dados do corpus, analisando a linguagem da educação ambiental em seus diversos domínios tendo duas categorias como marcadores: domínios de ação e convivência da educação ambiental que, através de subcategorias, descreve as ações, interpreta o uso dos termos e a legislação, analisa o discurso, os projetos e o cuidado com o ambiente escolar; domínio das emoções na conversação que analisa as emoções de desalento, a negação do outro, a responsabilidade, a aceitação do outro. O diálogo entre as categorias permite concluir que, possivelmente, a educação ambiental no espaço escolar não construa nos alunos a pertença planetária: os domínios de ação na qual acontece a educação ambiental não os perturbam, uma vez que não ocorre a interação com os problemas ambientais do bairro e as emoções que movem as ações são de negação do outro e de desalento. Esse estudo discorre, também, sobre a possibilidade de constituir uma educação ambiental sustentável, que comporte a responsabilidade e a aceitação do outro ao compartilhar e que configure, nos sujeitos, a convivência e a construção da pertença planetária, através de ações pedagógicas no falar e no fazer, tais como: promover o conhecimento, a interação, a transformação e o cuidado com o espaço escolar e com o lugar onde moram, observando o bairro, cultivando hortas, jardins e árvores, segregando e acondicionando adequadamente os resíduos sólidos, bem como provendo a minimização de sua geração e destinação adequada de acordo com a legislação. The main purpose of this work is to build links between the senses of environmental educators’ language , related to the management of solid waste at school, and the way in which students learn about their belonging to this planet. For that, we divide the work in three chapters. In the first chapter, we present the theoretical matrix, based on the Biology of Knowing and the Biology of Love by Humberto Maturana (1997, 1998, 2001), from the concepts which are the basis of this piece of research: action fields, structural coupling, autopoiesis, language, conversations, living together, emotions. From the point of view of environmental education, the theoreticians who anchor the study developed agree with Maturana in the aspect of the systemic paradigm in environmental education: Gadotti (2000), Vasconcellos (2001), Reigota (1999), Morin; Ciurana; Motta (2003), Carvalho (2006), Leff (2001), Capra e Steindl-Rast (1990), Grün (1996). The second chapter presents the methodological trajectory anchored in a proposal by Moraes; Galiazzi (2007) which becomes effective by the process of immersion and impregnation in the transcriptions from focal groups made at the primary school where this study took place: unitarianisation and categorization of elements found in the corpus, analysis through which we tried to answer the question that constitutes the problem and encourages reflection: Does language used in environmental education, and the way in which it refers to solid waste at school, make possible to learn the senses of belonging and inhabit? Trying to answer this question, in the third chapter, we present a description and an interpretation of the data of the corpus, analyzing the language used in environmental education in its various fields, and we note two categories as markers: fields of action and coexistence of environmental education. Through subcategories, actions are described, the use of terms and laws is interpreted, discourse is analyzed, together with projects and care at school; domain of emotions in conversation which analyses emotions of discouragement, negation of the other, responsibility, and acceptance of the other. The dialogue among categories allows to conclude that, possibly, environmental education at school dos not build in students the consciousness of their belonging to the planet: the fields of action in which environmental education happens do not bother them, as there is no interaction with the environmental problems of their neighborhood, and emotions that lead to actions are those of negation of the other and discouragement. This study also treats the possibility of constituting a sustainable environmental education, which can cope with responsibility and acceptance of the other when sharing, constructing in subjects, cohabitation and building of a planet belonging consciousness, through pedagogical actions in talking and doing, as: promoting knowledge, interaction, transformation, and care of the school , as well as of the place where they live, observing the neighborhood, cultivating orchards, gardens, and trees, segregating and properly conditioning solid wastes, as well as providing the minimization of their generation and adequate destination , according to law. 2014-06-06T15:16:19Z 2014-06-06T15:16:19Z 2014-06-06 2012-06-11 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis https://repositorio.ucs.br/handle/11338/640 por info:eu-repo/semantics/openAccess reponame:Repositório Institucional da UCS instname:Universidade de Caxias do Sul instacron:UCS |