Estudo dos efeitos ecotoxicológicos dos fármacos paracetamol e dipirona sódica para organismos aquáticos

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Bibliographic Details
Main Author: LAMEIRA, VANESSA
Other Authors: Maria Beatriz Bohrer-Morel
Format: Others
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ipen.br:8080/xmlui/handle/123456789/10167
Description
Summary:Made available in DSpace on 2014-10-09T12:35:32Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === Made available in DSpace on 2014-10-09T14:04:01Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === O presente estudo avaliou os efeitos letais e subletais de dipirona sódica e paracetamol para organismos de água doce. O efeito letal foi determinado pela realização de ensaios agudos com D. similis, C. dubia, C. silvestrii e D. rerio. A influência da temperatura, tipo de água de diluição e fotoperíodo na ecotoxicidade aguda foram avaliadas. Os efeitos subletais foram determinados por meio de ensaios de embrioxicidade com D. similis (20°C), crônicos individuais e populacionais com D. similis, C. dubia e C. silvestrii. A influência da temperatura na ecotoxicidade crônica individual e populacional foi determinada. Os critérios para aceitabilidade para o controle (número de neonatas) nos ensaios populacionais com D. simlis (20 e 25°C) e C. dubia, foram estabelecidos. Nos ensaios de ecotoxicidade aguda, D. similis (20°C) foi mais sensível a dipirona sódica que a 25°C e, para paracetamol, D. similis (25°C) foi mais sensível. A água de diluição influenciou na ecotoxicidade aguda apenas do paracetamol e o fotoperíodo não influenciou na ecotoxicidade aguda de ambos os fármacos. Os valores de CL(I);96H obtidos para D. rerio foram 3670 e 590mg.L-1 para dipirona sódica e paracetamol, respectivamente. Dipirona sódica e paracetamol induziram malformações nas neonatas e embriões de D. similis e os valores de CI50 obtidos foram 21,1 e 94,00mg.L-1, respectivamente. Os valores de CI50 nos ensaios crônicos individuais com dipirona sódica para D. similis (20°C e 25°C) foram 7,53mg.L e 8,08mg.L-1, respectivamente. Para C. dubia e C. silvestrii a CI50 para ensaios crônicos individuais com dipirona sódica foram 5,38 e 3,57mg.L-1, respectivamente. Nos ensaios crônicos individuais com paracetamol, a CI50 para D. similis (20°C) foi 21,84mg.L-1 e 10,72mg.L-1 para D. similis (25°C). Para C. dubia e C. silvestrii a CI50 nos ensaios crônicos individuais com paracetamol foram 7,24 e 4,15mg.L-1, respectivamente. Como critérios de aceitabilidade para os ensaios crônicos populacionais estabeleceu-se para o controle de D. similis (20 e 25°C) e C. dubia 137, 143 e 80 neonatas, respectivamente. Os valores de CI50 nos ensaios populacionais com D. similis (20 e 25°C), C. dubia e C. silvestrii para dipirona sódica foram 8,84, 10,82, 4,68 e 2,81mg.L-1, respectivamente. Para os ensaios populacionais com paracetamol os valores de CI50 para D. similis (20 e 25°C), C. dubia e C. silvestrii foram 9,57, 10,1, 6,48 e 4,26mg.L-1, respectivamente. Os valores das concentrações que causaram ecotoxicidade aguda e crônica não são superiores as concentrações destes compostos no ambiente porém, de acordo com a classificação baseada na Diretiva Européia 93/67/EEC, estes compostos são classificados como nocivos para o ambiente. === Tese (Doutoramento) === IPEN/T === Instituto de Pesquisas Energeticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP